O PENSAMENTO DE KARL MARX
Por: Larissa Marinho • 13/6/2018 • Trabalho acadêmico • 558 Palavras (3 Páginas) • 442 Visualizações
O Pensamento de Karl Marx
Karl Marx era um filosofo alemão que foi fortemente influenciado pelas ideias de Georg Wilhelm Friedrich Hegel, o socialismo francês e a economia política inglesa. Seu principal objeto de estudo era a economia e o socialismo, em sua tese, Marx seguiu uma linha, aprimorando os conceitos de David Ricardo e Adam Smith.
Para Marx, o sistema capitalista se caracterizava pela compra e venda da força de trabalho, quando a burguesia se torna proprietária exclusiva dos meios de produção e o proletariado não tendo mais como produzir o necessário para sua sobrevivência, se ver obrigado a vender sua força de trabalho. Através desta relação os meios de produção se tornam capital, e a força de trabalho se torna mercadoria, onde o valor da mercadoria é igual ao tempo de trabalho socialmente necessário para produzi-la mais o seu custo de produção, já a força de trabalho tem um valor que é medido pelo tempo de trabalho necessário para sua reprodução. Acontece que, no fim da jornada de trabalho, a cesta de bens que o trabalhador entregava ao capitalista era maior que a cesta de bens que o capitalista devolvia ao trabalhador como pagamento de sua jornada, esse excedente, Marx denomina de mais valia. O capitalista pode conseguir trabalho extra de dois modos, prolongando a jornada de trabalho, mais valia absoluta, ou diminuindo o tempo de trabalho necessário, mais valia relativa.
A principal preocupação de Marx é desvendar as leis do movimento do capital na sociedade capitalista, para isso ele dividiu o capital em dois componentes, capital constante, que se destina a construção de fabricas, compra de maquinas e equipamentos, e o capital variável, que se destina a compra da força de trabalho. Esse esforço é para mostrar a essência da realidade capitalista que é a formação e ampliação do valor e apropriação da mais valia pelo capital, assim, ele pode relacionar a taxa de mais valia, que mede a razão entre trabalho excedente e trabalho necessário, a composição orgânica do capital, que mede a taxa de substituição de mão-de-obra por maquinas e a taxa de lucro, que é a razão entre o trabalho excedente, o capital constante e o capital variável. Dessa maneira consegue mostrar que a remuneração do trabalho não está mecanicamente vinculada a produtividade do trabalhador, para ele o nível salarial oscila acima e abaixo do nível de subsistência, essas oscilações são causadas por um excesso de trabalhadores que não consegue emprego ficando à disposição do capitalista e impedindo que os salários subam muito, essa reserva de trabalhadores é denominada exército industrial de reserva. Nos momentos de crise o desemprego aumenta e no momento de expansão econômica a situação se inverte e os salários tendem a subir acima do nível de subsistência, aumentando a folha salarial e deprimindo o lucro. A tendência será, então, substituir homens por maquinas ou simplesmente não investir, em ambos os casos, o exército industrial de reserva aumenta por conta da luta entre capitalistas e operários e por causa da competição intercapitalista para conquistar, ampliar e manter mercados. É esta dupla competição que explica o aumento do capital constante com relação ao capital variável, o aumento da composição orgânica do capital, bem como o progresso tecnológico.
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