O RIO 2016 Olimpíadas e Paraolimpíadas

                  RIO 2016 Olimpíadas e Paraolimpíadas

A profissão do psicólogo, por vezes, é rejeitada e vista como desnecessária por muitos. Esse pensamento também acontece no campo do esporte, muitos atletas dispensam o atendimento psicológicos, pois pensam que conseguem se preparar emocionalmente por si só. Na realidade, isso não funciona bem assim. Podemos pegar o exemplo da Seleção Feminina de Futebol, que se preparou física e psicologicamente para as Olímpiadas 2016 por dois anos, enquanto que a Seleção Masculina dispensou completamente o acompanhamento psicológico. Ficou muito claro a diferença em como os mesmos lidaram com as frustrações durante os jogos e como pareciam desmotivados em relação à outra equipe.

Outro exemplo é a medalhista judoca Rafaela Silva, que começou um acompanhamento psicológico em 2012 após ter sofrido diversas agressões racistas e ter sido desclassificada das Olimpíadas de Londres. Ela conta em várias entrevistas sobre esse acompanhamento, como foi essencial na vida dela como atleta, e como isso fez com que ela não desistisse da carreira e superasse a depressão. O trabalho do psicólogo, nesse caso, foi intenso e dedicado e, por fim, ela conseguiu realizar o sonho da medalha de ouro.

O tempo e o preparo são fundamentais no atendimento, o psicólogo não faz milagres. É preciso força de vontade e comprometimento do atleta, assim como do psicólogo, para que, juntos, possam recuperar um equilíbrio emocional que já está bastante prejudicado. O ideal seria que o psicólogo fosse procurado a fim de evitar problemas futuros, e não em último caso, como é feito na maioria das vezes.

Também neste sentido, é importante falar sobre os avanços psicológicos no caso da pratica esportiva de deficientes físicos. Além das vantagens para a saúde física e qualidade de vida, também gera grandes ganhos psicossociais, como por exemplo: se relacionar com pessoas novas, ter motivação para sair de casa, maior autonomia, pertencer a um grupo com os mesmos interesses e habilidades e também uma melhora significativa na autoestima. Muitos descobrem um novo sentido para a vida dentro do esporte e passam a compreender o seu papel na sociedade.

No campo das competições, como, por exemplo, nas Paraolimpíadas Rio 2016, o psicólogo segue sendo fundamental para a preparação emocional dos atletas e para que consigam alcançar bons resultados. Este trabalho tem que vir de um longo período e não apenas durante as competições. Um bom atleta necessita não só de uma boa alimentação e preparação física, a saúde mental também é essencial.

Bibliografia: http://www.crpsp.org/site/fique-de-olho-interna.php?noticia=1248&titulo=O%20que%20esperar%20do%20trabalho%20da%20Psicologia%20do%20esporte%20nas%20olimp%EDadas/paralimp%EDadas?

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