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O problema da escolha do regime cambial

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Por:   •  28/7/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  9.678 Palavras (39 Páginas)  •  451 Visualizações

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1 APRESENTAÇÃO

A problemática em torno da escolha de um regime cambial exige uma análise cuidada dos prós e dos contras que essa escolha pode ter na economia de um país, e, em particular, nos países em desenvolvimento, dado o papel que a política cambial pode desempenhar no ajustamento das contas externas e na estabilidade macroeconômica. A análise comparativa de diferentes variáveis macroeconômicas no contexto dos dois principais regimes de taxas de câmbio utilizados após o Plano Real, o regime de banda cambial e o regime de câmbios Flexíveis, permite assinalar o bom desempenho da economia brasileira, sobretudo durante o período de câmbios Flexíveis.

Todavia, nesta alusão argumentativa em prol de um regime de câmbios plenamente flexíveis, não foram suficientemente abordados alguns aspetos macroeconômicos pertinentes e de igual importância para a avaliação do desempenho de um regime cambial. O objetivo desta secção foi essencialmente o de analisar sob o ponto de vista teórico alguns prós e contras da adoção do regime de câmbios flexíveis no Brasil, baseado na leitura de um conjunto de autores cuja exposição foi considerada teoricamente relevante.

Neste sentido, de acordo com esta exposição teórica sobre a problemática da escolha de um regime cambial, é possível retirar a ilação de que nenhum regime de taxas de câmbio é benéfico a uma economia por um período indeterminado de tempo. Uma política econômica eficiente deve estar fortemente relacionada com os objetivos macroeconômicos do país que a adota.

O Brasil apresenta-se hoje como uma das três potências mundiais em termos de desenvolvimento econômico sustentado. Este status fundamenta-se no bom desempenho macroeconômico das últimas duas décadas e no seu mercado interno, mas, certamente, também pela prática de uma política cambial compatível com as políticas monetárias e orçamentais, ambas essenciais ao fortalecimento do Brasil enquanto potência mundial. .

2 HISTORICO

2.1 Escambo

A moeda, como hoje a conhecemos, é o resultado de uma longa evolução. No início não havia moeda, praticava-se o escambo, simples troca de mercadoria por mercadoria, sem equivalência de valor. Assim, quem pescasse mais peixe do que o necessário para si e seu grupo trocava este excesso com o de outra pessoa que, por exemplo, tivesse plantado e colhido mais milho do que fosse precisar. Esta elementar forma de comércio foi dominante no início da civilização, podendo ser encontrada, ainda hoje, entre povos de economia primitiva, em regiões onde, pelo difícil acesso, há escassez de meio circulante, e até em situações especiais, em que as pessoas envolvidas permutam objetos sem a preocupação de sua equivalência de valor. Este é o caso, por exemplo, da criança que troca com o colega um brinquedo caro por outro de menor valor, que deseja muito.

As mercadorias utilizadas para escambo geralmente se apresentam em estado natural, variando conforme as condições de meio ambiente e as atividades desenvolvidas pelo grupo, correspondendo a necessidades fundamentais de seus membros. Nesta forma de troca, no entanto, ocorrem dificuldades, por não haver uma medida comum de valor entre os elementos a serem permutados.

2.2 Moeda-Mercadoria

Algumas mercadorias, pela sua utilidade, passaram a ser mais procuradas do que outras.

Aceitas por todos, assumiram a função de moeda, circulando como elemento trocado por outros produtos e servindo para avaliar-lhes o valor. Eram as moedas–mercadorias.

O gado, principalmente o bovino, foi dos mais utilizados; apresentava vantagens de locomoção própria, reprodução e prestação de serviços, embora ocorresse risco de doenças e de morte.

O sal foi outra moeda–mercadoria; de difícil obtenção, principalmente no interior dos continentes, era muito utilizado na conservação de alimentos. Ambas deixaram marca de sua função como instrumento de troca em nosso vocabulário, pois, até hoje, empregamos palavras como pecúnia (dinheiro) e pecúlio (dinheiro acumulado) derivadas da palavra latina pecus (gado). A palavra capital (patrimônio) vem do latim capita (cabeça). Da mesma forma, a palavra salário (remuneração, normalmente em dinheiro, devida pelo empregador em face do serviço do empregado) tem como origem a utilização do sal, em Roma, para o pagamento de serviços prestados.

No Brasil entre outras, circularam o cauri – trazido pelo escravo africano –, o pau-brasil, o açúcar, o cacau, o tabaco e o pano, trocado no Maranhão, no século XVII, devido à quase inexistência de numerário, sendo comercializado sob a forma de novelos, meadas e tecidos.

No decorrer a história a moeda monetária continua a desenvolver em Metal, Moeda, em Formato de Objetos, As moedas: Ouro, Prata , Cobre, Moeda de Papel, cheques e Cartões de Crédito.

3 INFLAÇÃO

Inflação é um processo pelo qual ocorre aumento generalizado e persistente nos preços dos bens e serviços, provocando perda do poder aquisitivo da moeda. Isso faz com que o dinheiro valha cada vez menos, sendo necessária uma quantidade cada vez maior dele para adquirir os mesmos produtos. A inflação é relativa, e não absoluta.

Existem três tipos de inflação: por demanda, por custo e a inercial.

3.1- Demanda

Como o próprio nome diz, a inflação de demanda é causada por um excesso de procura em relação é oferta disponível.Entre os fatores que podem causar pressão de demanda na economia, cabe destacar:

• Aumento da renda disponível, o que pode ocorrer por meio de aumentos reais de salário, efeito-riqueza, ou mesmo redução da carga tributária (como, por exemplo, menor Imposto de Renda na fonte); um exemplo do primeiro caso (aumentos de reais de salários ) é encontrado no Plano Cruzado, em 1986, quando ficou estabelecido que os salários seriam definidos pela média real dos últimos seis meses, mais um aumento de 8%; o efeito-riqueza esteve presente nos meses que se seguiram à implantação do Plano Verão (1989), pelo menos significativos rendimentos gerados pelas aplicações financeiras; e por fim, a elevação da renda disponível por redução do Imposto de renda na fonte ocorreu em janeiro de 1986 (Véspera do Plano Cruzado) e em janeiro de 1989 (mês de implantação do Plano Verão);

• Expansão dos gastos públicos, dado que o governo é um dos agentes que demandam bens e serviços na economia, um aumento dos gastos públicos

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