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Os Conceitos e Princípios Econômicos

Por:   •  9/2/2023  •  Artigo  •  2.937 Palavras (12 Páginas)  •  127 Visualizações

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Introdução à Economia

Conceitos fundamentais

De acordo com a etimologia, a palavra economia vem da palavra grega oikinomos que significa “administração do lar”. Se pensarmos em uma sociedade como um grande lar em que decisões são tomadas todo o tempo no que se refere à administração dos recursos escassos, tendo em vista a satisfação das necessidades, entendemos o porquê do significado da palavra.

De acordo com Garcia e Vasconcellos (2004), economia é:

“Uma ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem empregar recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre as pessoas e grupos da sociedade, a fim de satisfazer as necessidades humanas.”

A Ciência Econômica nasce da constatação de que, em qualquer sociedade, os recursos produtivos ou fatores de produção (mão de obra, terra, capital, matérias- primas, entre outros) são limitados. Por outro lado, os desejos e as necessidades humanas são ilimitados e sempre se renovam, por força do próprio crescimento populacional e pela contínua elevação do padrão de vida. Independentemente do seu grau de desenvolvimento, nenhum país consegue dispor de todos os recursos dos quais necessita.

Tendo em vista que os recursos são escassos e, em contrapartida, as necessidades ilimitadas, a economia tem como parâmetro buscar respostas para o chamado problema econômico fundamental:

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Figura 1 Problemas econômicos fundamentais

Todas essas perguntas se originam simplesmente pelo fato de que existe escassez de recursos.

O que e quanto produzir: dada a escassez de recursos de produção, a sociedade terá de escolher, dentro do leque de possibilidades de produção, quais produtos serão produzidos e as respectivas quantidades a serem fabricadas.

Como produzir: a sociedade terá de escolher quais recursos de produção serão utilizados para a produção de bens e serviços, dado o nível tecnológico existente. A concorrência entre os diferentes produtores acaba decidindo como serão produzidos os bens e serviços. Os produtores escolherão, entre os métodos mais eficientes, aquele que tiver o menor custo de produção possível.

Para quem produzir: a sociedade terá também de decidir como seus membros participarão da distribuição dos resultados de sua produção. A distribuição da renda dependerá não só da oferta e da demanda nos mercados de serviços produtivos, ou seja, da determinação dos salários, das rendas da terra, dos juros e dos benefícios do capital, mas também da repartição inicial da propriedade e da maneira como ela se transmite por herança. (VASCONCELLOS e GARCIA, 2004)

Princípios econômicos

Assim como várias outras ciências, a economia também contém os seus princípios e estes consolidados por grandes autores como Mankiw e Krugman. Os princípios são as ideias centrais que regem a forma de pensar dos economistas.

Princípios I: As pessoas enfrentam escolhas (trade-offs)

“Trade-off” é um termo utilizado para demonstrar que para obter algo, é necessário renunciar a outra coisa e essa escolha decorre exatamente do fato de existir escassez de recursos. Por

exemplo, amanhã você terá uma prova, e consequentemente muito conteúdo para estudar. Você encontra uns amigos e eles o convidam para ir ao um evento que ocorrerá essa única vez na cidade. O que você faz? Essa escolha conflitante, em que você, para escolher algo, tem que renunciar a outra coisa, tendo em vista o seu recurso limitado (que nesse caso é o tempo) é exatamente o trade-off.

Princípio II: Os custos de oportunidade

Tomando como base o exemplo acima, suponhamos que você escolha a segunda opção (o evento). E, como consequência, você acaba indo mal na prova, tendo em vista que não teve tempo para estudar já que esse recurso foi gasto indo ao show. Algum tempo depois seus pais o chamam para conversar a fim de saber o motivo de você ter tirado nota baixa e você lhes diz que foi porque você não teve tempo para estudar o suficiente. Porém, vem à memória deles que naquele período você havia saído com os seus amigos e passado mais de 04 horas fora de casa, tempo, dizem eles, que você poderia ter gastado estudando. E eles o questionam acerca do porquê de você ter tomado aquela decisão. Você faz a sua defesa apresentado os seguintes motivos:

  • Aquela poderia ser a sua única chance de participar daquele evento;
  • A participação no evento não teve custos para você, tendo em vista que os seus amigos pagaram tudo;
  • Você poderia recuperar a nota perdida.

Todos esses motivos que fizeram você dar mais valor a uma decisão do que a outra fazem parte do custo de oportunidade. Em suma, custo de oportunidade é a diferença entre o que se ganha tomando uma decisão e o que se deixa de ganhar, caso a decisão seja outra.

Princípio III: Decisões marginais

Em economia, as decisões sobre o “quanto” fazer partem de alguma situação já existente. Por exemplo, digamos que você tenha para daqui a dois dias três provas, matemática, economia e português. E que você, ao fazer o seu planejamento de estudos, decida dividir o seu tempo da seguinte maneira:

  • 30% para português
  • 35% para matemática
  • 35% para economia

Partindo desse planejamento você inicia os seus estudos, porém você percebe que sua dificuldade maior é em matemática. Você então, com base no seu planejamento, decide alterar as margens. Ficando agora da seguinte maneira:

  • 45% para matemática
  • 30% para economia
  • 25% para português

Ao avaliar de forma racional o benefício de se estudar um pouco mais uma disciplina em função das outras é o que se constitui as decisões marginais.

Princípio IV: Incentivos

Os incentivos são aquilo que nos induzem a agir. Quer sejam recompensas, quer sejam punições. Em economia, geralmente, os incentivos mais importantes são os preços. Alterações nos preços provocam mudanças nas atitudes dos compradores e vendedores. A exemplo disso, temos as frequentes variações nos preços dos combustíveis que serviram de incentivo para a criação de aplicativos de carona como o Bynd que é um app de carona coorporativo que agrupa trabalhadores que dividem trajetos similares.

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