Os anos de 1871 e 1914 não houve na Europa combates em que os exércitos de grandes potências
Por: nayarafrazao • 17/2/2016 • Ensaio • 1.303 Palavras (6 Páginas) • 388 Visualizações
Uma guerra que começa em 1914 com o assassinato de Francisco Ferdinando e termina com as bombas Américas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki em 1945.
Entre os anos de 1871 e 1914 não houve na Europa combates em que os exércitos de grandes potências cruzassem alguma fronteira, embora o Japão tivesse vencido a Rússia no ano de 1904, conhecida como Revolução Russa, e diversas expedições agressivas de potências imperiais tivessem ocorrido, estas resultavam apenas em lutas especularmente unilaterais, em absoluto, neste período não ocorreram guerras mundiais.
Foram relativamente 100 anos de paz, entre os anos de 1870 e 1914, o mundo viveu uma grande euforia, conhecida como Belle Epóque (Bela Época), um período em que se experimentava um grande progresso tanto no campo econômico quanto no tecnológico, grande potências viveram momentos de esperança, crentes de que iriam impor seus desejos aos países mais pobres. Porém, fortes tensões que vieram a deflagrar aquela que também ficou conhecida como a Guerra das Guerras, um dos maiores acontecimentos da história mundial, a eclosão da Primeira Guerra Mundial, em 1914, no qual o mundo vai entrou em uma guerra que durou 31 anos e deixou milhões de mortos no mundo todo literalmente.
Eric Hobsbawm, em seu livro A Era dos Extremos, tem como objetivo explicar como ocorreram as guerras mundiais e como elas se relacionam entre si. Segundo o autor, a Primeira Guerra Mundial eclodiu semanas após o aparecimento de forma inesperada do presidente Mitterrand, da França, em Saravejo, no dia do aniversário de assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando da Áustria-Hungria, para qualquer europeu culto da geração Mitterrand, no qual havia uma ligação entre a data e o lugar e a evocação de uma catástrofe histórica precipitada por um erro político e de cálculo.
A Primeira Guerra Mundial envolveu todas as grandes potências, essencialmente europeia entre a tríplice aliança (França, Grã Bretanha e Rússia) e potências centrais (Alemanha e Áustria Hungria), com exceção da Espanha, os Países Baixos, os três países da Escandinávia e a Suíça. Embora a ação militar fora da Europa não fosse muito significativa a não ser no Oriente Médio, a guerra naval foi sem dúvida global, assim como na Segunda Guerra Mundial. O plano alemão era liquidar rapidamente a França no Ocidente e em seguida a Rússia no Oriente, em uma guerra relâmpago. A Frente Ocidental tornou-se uma máquina de massacre, sem procedentes na história das guerras, foram dois anos de impasse, uma guerra ininterrupta. Contudo, formou-se as primeiras fileiras ultradireitas do pós-guerra, com ideias fortificadas, como para Adolf Hitler que um frontsoldad era a experiência formativa da vida, a reação oposta teve conseqüências negativas, de cunho político os massacres não seriam mais tolerados pelos eleitores, esta ideia favoreceu os alemães a ganhar a Segunda Guerra Mundial no Ocidente em 1940. O lançamento da bomba atômica sobre Hiroshima e Nagasaki em 1945 não foi justificado como indispensável para vitória e sim para salvar a vida dos soldados americanos. No entanto, enquanto a Frente Ocidental permanecia em um impasse sangrento, a Frente Oriental continuava em movimento, os russos foram os que mais perderam homens com a guerra. Em 1917, quando o país entra em sua própria revolução, se retira da guerra após acordos com a Alemanha e a guerra no oriente é cessada apenas por alguns anos.
No ano de 1917 os Estados Unidos decidiram entrar na guerra com uma superioridade tecnológica e numérica, com submarinos, aviões e tanques. Eles se posicionaram ao lado da Tríplice Entente (França, Rússia e Inglaterra), já que tinham acordos comerciais milionários envolvidos com países, esta união foi crucial para a vitória da Entente, o que acabou forçando os países derrotados a assinarem a rendição. Ao final da guerra surgiu um problema recorrente: como dividir as “pilhagens” de uma guerra. Foi então que um acordo de paz foi criado, o Tratado de Versalhes, discutido e assinado pelas potências vencedoras, gerando grande revolta dos países perdedores, principalmente da Alemanha que sai humilhada do conflito: perde território, tem que pagar indenizações, seu exército é limitado, dentre outros. Criou-se a Liga das Nações, um verdadeiro fracasso da diplomacia da época. Seu principal objetivo era evitar uma nova guerra daquelas proporções, e menos de vinte anos depois, o mundo já estava mergulhado em uma guerra mais violenta ainda, segundo Hobsbawm, uma continuação da primeira.
As origens da Segunda Guerra Mundial produziram uma literatura histórica incomparavelmente menor sobre as causas da Primeira Guerra. A Alemanha, o Japão e a Itália foram os agressores, os países em conflito eram basicamente os mesmos contra os mesmos nos meados da década de 30, o Japão queria expandir seu império, ser potência do Oriente por ser um país dependente, a Itália, insatisfeitas com os ganhos da primeira guerra, e quem iniciou a agressão mais uma vez foi a Alemanha. O mundo sentia os efeitos da Crise de 1929 e, a Alemanha e Itália encontraram maneiras inéditas para saírem desta crise econômica: o fascismo. Todo o partido na Alemanha, dos comunistas extrema esquerda aos nacional-socialistas de Hitler na extrema direita, condenavam o Tratado de Versalhes como injusto e inaceitável. Outro motivo também apontado pelo autor foi a Política do Apaziguamento, uma política de não-intervenção na expansão nazista proporcionou que Hitler ganhasse cada vez mais poder. As potências Aliadas acreditavam que seu verdadeiro inimigo era a URSS, a guerra foi revivida pela invasão da URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) por Hitler em 22 de junho de 1941, a data decisiva da Segunda Guerra Mundial.
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