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POLÍTICA, MÚSICA E PROTESTOS: A ARTE REPRESENTATIVA DE UM POVO NO CAMPO E NA CIDADE

Por:   •  12/12/2016  •  Artigo  •  4.996 Palavras (20 Páginas)  •  379 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA CIÊNCIAS ECONÔMICAS – TURMA 2012

ANDREZZA CAROLINE BONKEVICH SUZIM JULIANA BENVENUTTI DE ANDRADE

POLÍTICA, MÚSICA E PROTESTOS: A ARTE REPRESENTATIVA DE UM POVO NO CAMPO E NA CIDADE


UNIVERSIDADE FEDERAL DA INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA CIÊNCIAS ECONÔMICAS – TURMA 2012

POLÍTICA, MÚSICA E PROTESTOS: A ARTE REPRESENTATIVA DE UM POVO NO CAMPO E NA CIDADE DA AMÉRICA DO SUL

Trabalho Final apresentado à disciplina Fundamentos da América Latina II como requisito à aprovação semestral.


RESUMO

Este trabalho buscou responder à seguinte questão: quais as influências do meio rural  e urbano na  música  de protesto na América  do Sul?  Para tanto,  realizou-se pesquisa bibliográfica sobre o contexto histórico da América Latina na década de 1960, as músicas e os principais artistas da Argentina, do Brasil e do Chile, com ênfase na história brasileira. Conclui-se que o ambiente urbano é do qual a música de protesto tem mais influência devido às Universidades e os grupos políticos de esquerda. Entretanto, no caso brasileiro, ainda que os ritmos rurais não estejam tão presentes, o sertanejo é também objeto das canções. Já na Argentina e no Chile, a música folclórica é a raiz das canções de protesto, aproximando então os ambientes urbanos e as comunidades mais tradicionais.

Palavras chaves: música de protesto, ditadura militar, política, América do Sul.


ÍNDICE

Introdução................................................................................................................. 05

Capítulo I: A década de 1960 na América do Sul: contexto histórico....................... 06

I.1 Música de protesto: Surgimento e Importância Cultural........................ 09

Capítulo II – A música de protesto na cidade e

no campo: gêneros musicais e envolvimento político …..........................................10

II.  1 Argentina e Chile – representações artísticas.................................13

Considerações Finais.................................................................................................16

Bibliografia................................................................................................................17

Referências na internet ….........................................................................................18


INTRODUÇÃO

A América Latina da década de 1960 está imersa em um ambiente político influenciado pela Guerra Fria, pela luta dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, o movimento feminismo e o começo do movimento hippie e da juventude pacifista.

Este trabalho tem como objetivo refletir sobre a seguinte questão: quais as influências do meio rural e urbano na música de protesto na América do Sul? Para tanto, realizou-se pesquisa bibliográfica sobre o contexto histórico da América Latina na década de 1960, as músicas e os principais artistas da Argentina, do Brasil e do Chile, com ênfase na história brasileira.

Divide-se em dois capítulos. O primeiro capítulo – acerca do contexto histórico da América do Sul – discorre sobre o cenário internacional provocado pela Guerra Fria e pelos movimentos de consolidação dos direitos civis dos negros e das mulheres. A partir disso, relata-se as ditaduras militares no Brasil, na Argentina e no Chile, e a influência delas para a música de protesto. Conta-se ainda o surgimento das canções de protesto e a sua importância cultural.

O  segundo  capítulo  –  sobre  a  natureza  das  canções  nos  respectivos  países  –  traz    os principais ritmos envolvidos nas canções de protesto e a nova estética e harmonia da música surgidas com a movimentação cultural dos anos 1960. Quando trata do Chile e da Argentina, discorre brevemente sobre a música folclórica.

Conclui-se, enfim, que a música de protesto esteve, no Brasil, bastante ligada às Universidades, aos teatros, aos movimentos de esquerda organizados, tendo, então, como referência geográfica a cidade. Entretanto, o campo também estava presente como objeto das canções de protesto, pois pretendia-se relatar a vida do proletário e também dos desafios do camponês. A música não está exclusivamente ligada às ditaduras militares; o protestos nas canções pode também ser visto através da denúncia da vida precária e dos problemas sociais e econômicos da população.


CAPÍTULO I: A década de 1960 na América do Sul: contexto histórico

Os anos de 1960 estão marcados pela Guerra Fria, que foi o confronto político, econômico, ideológico e militar indireto entre o capitalismo, liderado pelos Estados Unidos e o socialismo, sob direção da União Soviética.

A Guerra Fria favoreceu a política imperialista dos EUA e da URSS, fornecendo uma

"justificativa" ideológica para agressões militaristas a países do Terceiro Mundo.

A crise de governos populistas, e os sucessivos golpes de Estado responsáveis pela implantação de ditaduras militares na América Latina teve o apoio logístico militar e financeiro dos Estados Unidos que "se esqueceu" de seu liberalismo e seus ideais democráticos e sustentou esses regimes autoritários no continente latino-americano.

Ocorreram também grandes acontecimentos e movimentos sociais na mesma década, como, por exemplo, a mobilização a favor do homossexualismo, dos negros e do feminismo. Fatos que até a década de 1950 eram inaceitáveis e vistos com muito preconceito, e a partir dos anos 1960 já não mais, pois as pessoas se mobilizam e lutam por seus ideais e princípios, buscando a consolidação de seus direitos.

Na década de 1970, ocorre, no continente latino-americano, uma verdadeira “avalanche” de ditaduras militares, como no Brasil, Argentina, Uruguai, Chile, Peru, Bolívia, Paraguai, Nicarágua e Panamá. Salvaram-se dessa tragédia pouquíssimos países, como a Venezuela. A Argentina e o Chile, no entanto, tiveram regimes militares muito cruéis. Os generais Jorge Videla e Augusto Pinochet, respectivamente, destruíram a democracia em seus países a custo de muitas vidas.

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