Política Monetária - Breve Resumo
Por: Phelipe Nogueira • 11/5/2018 • Trabalho acadêmico • 3.189 Palavras (13 Páginas) • 261 Visualizações
Sumário
Sumário 1
Política Monetária: O que é? 2
Política Monetária: Restritiva e Expansiva 2
Regime de Câmbio Fixo e Câmbio Flutuante 4
Banco Central: O que é - Atuação e Criação 5
Instrumentos da Política Monetária 6
Considerações Finais 7
Referências Bibliográficas 8
Política Monetária: O que é?
Política Monetária pode ser definida como o controle da oferta da moeda e das taxas de juros, no sentido de que sejam atingidos os objetivos da política econômica global do governo. Em outras palavras, podemos definir a política monetária como sendo o controle do sistema bancário exercido por um governo na busca da estabilidade do valor da moeda, para evitar um balanço de pagamento (registro do todas as transações de caráter econômico-financeiros realizado por residentes de um país com os residentes dos demais países) adverso, para obter o pleno emprego.
Na maioria dos países, o principal órgão executor da política monetária é o Banco Central, encarregado da emissão da moeda, da regulação do crédito, da manutenção do padrão monetário e do controle do câmbio.
A política monetária age diretamente sobre o controle da quantidade de dinheiro em circulação, visando defender o poder de compra da moeda e pode ser restritiva e expansionista.
Política Monetária: Restritiva e Expansiva
A política monetária restritiva visa diminuir a quantidade de moeda em circulação ou a mantém estável, ou seja, tenta conter a demanda interna para evitar algum efeito colateral. Com isso, tem o objetivo de desaquecer a economia e evitar o aumento dos preços, que traz a preocupação de manter os níveis de inflação em baixa, possibilitando a estabilidade da economia e o desenvolvimento do país.
Por meio de alguns instrumentos financeiros, o Brasil mantém sua situação econômica favorável de acordo com o momento que está enfrentando. O incentivo e a restrição ao crédito, que possuem efeito direto sobre determinados setores da economia, são utilizados pelo governo como instrumentos de desenvolvimento microeconômico. Concedendo facilidades de crédito para determinados setores, eles se expandem; contudo, restringindo o acesso ao crédito para compra de seus produtos, eles recuam. Através da compra e da venda de títulos públicos, o Banco Central também influencia de maneira direta na circulação monetária do país. Comprando títulos, a instituição coloca mais moeda na economia, pois entrega dinheiro em troca desses papéis. Todavia, vendendo títulos, o Banco retira dinheiro do mercado, ofertando papéis e tirando moeda de circulação. Ainda com o objetivo de exercer o controle monetário, o Banco Central dispõem dos Depósitos Compulsórios, que consistem no recolhimento compulsório de parte dos depósitos efetuados pelos clientes não bancários nos bancos comerciais. Seu papel principal é diminuir o poder que os bancos comerciais possuem de multiplicar o dinheiro em circulação através dos empréstimos.
Outra opção do Banco Central para direcionar o mercado é atuar sobre a Taxa de Redesconto, valor exigido pela entidade para cobrir os eventuais déficits nos caixas dos bancos comerciais. Quando a taxa praticada é baixa e o prazo é longo, os bancos podem se expor a riscos maiores, aumentando os empréstimos e, por conseguinte, a quantidade de dinheiro em circulação. Sendo a taxa alta e o prazo curto, os bancos precisam de riscos menores, diminuindo os empréstimos, logo, a quantidade de moeda em circulação.
A taxa de juros brasileira, que exerce grandes efeitos sobre a poupança, influenciando a remuneração do capital, e sobre os investimentos, influenciando o custo do capital, é um dos principais instrumentos utilizado pelo Banco Central para tirar ou colocar moeda na economia. Adotando-se uma política monetária restritiva, a elevação da taxa diminuirá a quantidade de dinheiro em circulação, estimulando a poupança e elevando os custos dos investimentos. Contudo, para estimular o consumo e os investimentos, as taxas de juros devem ser mais baixas.
A política monetária expansiva, ou expancionista, é um método usado pelo Banco Central do Brasil, que é responsável pela supervisão e fiscalização das instituições financeiras nacionais, com o propósito de aquecer a economia. Onde há o aumento da quantidade de moeda em circulação, assim como, por efeito, o aumento da demanda para incentivar o consumo levando ao crescimento econômico. Isto ocorre por meio de instrumentos, são eles a diminuição do recolhimento compulsório, assistência financeira de liquidez e a compra de títulos públicos.
Com a assistência financeira de liquidez o Banco Central do Brasil diminui a taxa de juros e aumenta o prazo de pagamento dos empréstimos concedidos aos bancos comerciais. Este instrumento é utilizado com o propósito de diminuir a taxa de juros da economia e elevar a velocidade e facilidade com a qual um bem pode ser convertido em dinheiro em espécie.
Outro instrumento empregado na política monetária expansiva é a compra de títulos públicos. Este instrumento tem como consequência uma redução na taxa de juros e um aumento na liquidez, pois tem efeito direto em relação á quantidade de moeda em circulação. Quando o Banco Central do Brasil efetua uma compra de títulos públicos há um aumento na circulação do dinheiro que estava em seu poder, o que aumenta a renda das famílias incentivando-as a consumir mais, assim como as empresas que consomem mais fatores de produção para produzirem mais.
Com a diminuição da taxa do recolhimento compulsório, os bancos comerciais enviam menos dinheiro ao Banco Central, o que aumenta as reservas bancárias dos mesmos. Isso possibilita que os bancos comerciais emitam mais moeda e aumente o crédito disponível á população, o que também a incentiva ao consumo.
A Política Monetária Expansiva tem a finalidade de aquecer a economia nacional em períodos de recessão, promovendo possibilidades para que o consumidor evolua economicamente, o que possibilita o crescimento da economia como um todo. Porém essa atitude tem um risco, pois ela pode gerar efeito inflacionário e o que seria uma forma de aquecer a economia pode causar grandes transtornos a ela. Isso ocorre quando a taxa de juros se torna mais baixa do que a taxa de equilíbrio. Isso gera "aumento de preços de ativos que em algum momento torna-se insustentável e configura-se uma bolha”. Foi o que ocorreu nos Estados Unidos com a bolha de crédito imobiliária, que surgiu devido há intensa liberação de crédito e liquidez, além dos ofertantes menos criteriosos em relação aos seus clientes, pois muitos deles não tinham condições de pagar.
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