Política econômica tomadas pelos Governos Dutra e Getúlio e suas conseqüências Macroeconômicas.
Por: Edsonrocha • 15/4/2015 • Resenha • 735 Palavras (3 Páginas) • 1.975 Visualizações
O Governo Dutra se iniciou dentro dos princípios liberais de Bretton Woods, de inspiração liberal. A posição liberal no inicio do Governo de Dutra apoiava-se na conhecida “Ilusão das divisas”, pois Dutra acreditava que as reservas de moedas estrangeiras eram bastante confortáveis. Acreditava-se também que uma política liberal de cambio seria capaz de atrair investimento estrangeiro equilibrando o balanço de pagamentos. Por conta disso o a taxa de cambio foi mantida em aproximadamente 18,5/US$ e foi assim instituído o mercado livre pondo fim no controle de fluxo de divisas por parte do governo central. E o resultado dessa política foi a “queima” de divisas, onde apenas uma pequena parte foi gasta na importação de máquinas e matéria-prima essencial. A política de cambio livre fez com que o câmbio real sofresse valorização significativa, por causa de nossa inflação ser maior que a americana, ocasionando maiores importações e aumento do estímulo ao investimento externo (devido a liberdade de circulação de capitais). O Brasil acumulou reservas internacionais em moedas inconversíveis (difícil troca) impossibilitando cobrir os déficits comerciais com os EUA.
Em julho de 1947 a política cambial começa a se modificar com a introdução de controles cambiais e limitação das importações. Essas reformas reverteram o déficit comercial com países de moeda conversível, entretanto o cambio nominal permaneceu inalterado, resultando em perda de competitividade dos exportadores, diminuindo as exportações. Essa perda estimulou o desvio dos bens anteriormente exportados para o mercado interno. A partir de 1947 foi adotada uma nova política. A combinação de uma taxa de cambio sobrevalorizada com controle cambial produziu três bons efeitos sobre a industrialização substitutiva de importações: um protecionismo contra a importação dos bens equivalentes produzidos no Brasil; um subsídio às importações de bens de capital e bens intermediários (insumos) e um aumento da rentabilidade da produção para o mercado interno. Observando o agravamento dos problemas econômicos do país, Dutra adotou medidas que facilitavam a importação de combustível e maquinário industrial para o país. Em maio de 1947, o Plano Salte pretendia reorganizar os gastos públicos com saúde, alimentação, transporte e energia. Por meio dessas ações de controle, o governo Dutra conseguiu atingir uma média anual de crescimento econômico de 6%.
O inicio do Governo Vargas no período pós-guerra foi marcado por características econômicas internas bem marcantes. A volta do processo inflacionário e pela recorrência do desequilíbrio financeiro do Governo. No cenário externo a situação era mais favorável em vista da elevação dos preços do café e uma possível reaproximação com os Estados Unidos, o que reacendia novas esperanças de crédito internacional. Em 1950 foi criada a Comissão Mista Brasil - Estados Unidos (CMBEU) com a proposta de criar projetos concretos de desenvolvimento para o Brasil financiados pelos Banco de Exportação e Importação e o Banco Mundial. Uma razão pela qual era muito importante a Comissão Mista Brasil - Estados Unidos (CMBEU) para o plano de desenvolvimento econômico brasileiro: Asseguraria financiamento para projetos que visavam melhorar a infraestrutura econômica do Brasil nos setores de energia, estradas e transportes e portos. Com esses gargalos eliminados ou pelo menos minimizados os investimentos e o desenvolvimento viriam com mais facilidade.
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