Questões sobre Maquiavel, Hobbes e Locke
Por: thaynatmello • 25/10/2016 • Resenha • 1.171 Palavras (5 Páginas) • 1.319 Visualizações
EXERCÍCIOS PARA ESTUDOS DIRIGIDOS E PARA FOMENTAR DEBATES EM SALA
POLITICA I.
- Explique como Maquiavel se diferencia dos pensadores políticos da antiguidade.
R: Maquiavel faz uma ruptura com os pensadores políticos da antiguidade, pois ele fala da verdade efetivas das coisas (examinar a realidade tal como ela é e não como se gostaria que ela fosse) sendo assim, realista e não idealista como filósofos anteriores.
- Qual a distinção efetuada por Maquiavel entre a moral cristã e a moral religiosa?
R: Para Maquiavel, o que confere valor a uma religião não é a importância de seu fundador, o conteúdo dos ensinamentos, a verdade dos dogmas ou a significação dos mistérios e ritos. Importa não a essência da religião e sim sua função e importância para a vida coletiva. A religião ensina a reconhecer e a respeitar as regras políticas a partir do mandamento religioso. Essa norma coletiva pode assumir tanto o aspecto coercivo exterior da disciplina militar ou da autoridade política quanto o caráter persuasivo interior da educação moral e cívica para a produção do consenso coletivo.
- Por que, para Maquiavel, a virtù é mais importante do que a fortuna?
R: Virtù de Maquiavel trata-se de um signo valorativo utilizado pelo autor para refletir a um conhecimento prático, técnico da realidade efetiva das coisas. O sujeito possuidor da Virtù é o que obtém êxito em obter e manter o poder. Os fundadores do principado, sujeitos com tal característica, são homens excelentes – dispostos a agir da forma mais corajosa possível no sentido de se fundar um governo. Segundo Maquiavel, a manutenção e a obtenção do poder torna-se variável, portanto, conforme seja maior ou menor a Virtù de quem o conquistou. Os homens de Virtù receberam da Fortuna não mais do que a ocasião, que lhes deu a matéria para introduzirem a forma que lhes aprouvesse, sendo que aqueles que por Virtù conquistam o poder tendem mais facilmente a conservá-lo.
A Fortuna, antes do Maquiavel, era vista como algo extraterreno, onde as pessoas tinham que agradar para ser concebido da glória, honra e poder e assim ter a virtú. Mas Maquiavel mudou a forma de pensar sendo assim, homens que recebem a fortuna não pelo a ocasião e sim por ter a virtù de saber lidar com as circunstancias, criando estratégia eficaz mantendo-se no poder.
- A despeito de seu nome ter se tornado um adjetivo (maquiavélico), para o pensador Florentino, O Príncipe “não é um ditador; é mais propriamente, um fundador do Estado, um agente de transição numa fase em que a nação se acha ameaçada de decomposição”. Do exposto, explique como, ao contrário do senso-comum, Maquiavel pode ser compreendido como um pensador da liberdade e da República.
R: Para sanar a instabilidade política que se encontrava naquela época era necessário, através da administração do príncipe, ter um governo forte que cria e coloca instrumentos de poder para inibir a vitalidades das forças desagregadoras e centrífugas. Assim, quando encontrar a estabilidade estará preparado para vivenciar a República.
- Em Hobbes o “homem é o lobo do próprio homem”. Explique o que este autor quis dizer com esta afirmativa.
R: Hobbes quis a respeito ao estado de natureza, onde viveriam na “selvageria”. Por não existir regras o homem, por interesse próprio, buscava conquistar aquela determinada coisa sem se pôr no lugar do outro indivíduo, fazendo valer a lei do mais forte. Pois quando ambos tinham interesse em algo eles entravam em guerra. Sem o contrato social, não tinha como reprimir os instintos do homem para obter o que queriam.
- Como e porque os homens naturais criam o homem artificial (Leviatã)?
R: A natureza não depositou no homem o instinto de sociabilidade. Ao ceder os direitos naturais para um soberano, substitui a vontade única em prol ao bem estar de todos criando um contrato social para manter a ordem e a paz e assim, deixa de viver pela a instabilidade.
- Para Hobbes no estado de natureza existe uma irreconciliável relação entre igualdade e liberdade. Por que?
O estado de natureza consiste em que o homem pode fazer aquilo que quiser sem estar errado ou ser julgado a relação fica distante mesmo quando eles são iguais perante os direitos (se ele pode matar o outro também pode), porém a liberdade se perde no contrato social porque eles acabam abrindo mão desse direito q tem estado de natureza para dar o poder ao Soberano em prol da segurança.
- Locke possui uma concepção distinta de Hobbes acerca do estado de natureza. Sendo assim, ele precisa de um momento lockeano para explicar as motivações do pacto social. Qual é esta distinção? Por que os homens pactuam em Locke?
R: Para Locke, o homem nesse estado goza de plena liberdade e igualdade. Esse estado de natureza era uma situação real e historicamente determinada pela qual passaram várias civilizações. Esse estado de natureza é marcado por relativa paz, concórdia e harmonia, em contraste à visão hobbesiana. A razão é a lei da natureza que governa esse estado, segundo a qual sendo todos os homens iguais e independentes, nenhum deve prejudicar outrem na vida, na saúde, na liberdade ou nas posses.
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