RESENHA DO ARTIGO A ECONOMIA CIRCULAR COMO ALTERNATIVA À ECONOMIA LINEAR

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

 George Lucas Lima

 

 RESENHA DO ARTIGO A ECONOMIA CIRCULAR COMO  ALTERNATIVA À ECONOMIA LINEAR

 

                                         

                                 

     CORNÉLIO PROCÓPIO

2021

A economia circular como alternativa à economia linear

 

A presente resenha foi feita com base no artigo escrito por Taynara Martins  Gonçalves e Ana Flávia da Fonseca Barroso, de nome “A economia circular como  alternativa à economia linear”, o qual foi divulgado por meio dos anais do XI Simpósio  de Engenharia de Produção do estado do Sergipe no mês de novembro, em 2019.  

O texto de Gonçalves e Barroso explica através de uma pesquisa bibliográfica  exploratória, as diferenças sobre a economia circular e linear, além de demonstrar como  é a economia circular e como ela pode ser utilizada nas empresas, trazendo os benefícios  que esta pode vir a oferecer. Com uma abordagem direta e clara, o artigo possui oito  páginas, fazendo com que o leitor possa absorver o conteúdo proposto.

As autoras, dividiram o artigo, a fim de mostrar separadamente os conceitos de  economia circular, economia linear, e empresas com práticas da economia circular em  sua gestão. Explica-se que o atual modelo de produção econômica linear, está atingindo  seu limite, porque não leva em consideração os recursos limitados de materiais e energia,  além da degradação ambiental (que também é causada pela destinação inadequada de  resíduos), esse modelo também pode intensificar a competição por bens, elevar os preços  e instabilidade do mercado, já o modelo econômico de produção circular, propõe a  regeneração e não só extrair esse valor, ou seja, o equilíbrio entre economia e meio  ambiente, buscar a eficiência e eficácia de todo o sistema produtivo.

Ressalta-se que o modelo proposto não está relacionado apenas a redução de  custos ou redução, e sim na competitividade entre as empresas e a produção de valor.  Esperar recursos não renováveis não são a melhor escolha, não apenas para os aspectos  econômicos, mas a avaliação inclui os aspectos ambientais do bem-estar social.

A Ellen Macarthur Foundation (2017) explica que a economia circular contém três  princípios básicos, o primeiro diz que quando o sistema necessita de recursos, a  preservação e o aumento do capital natural produtividade, estes são determinados pelo  fornecimento de tecnologia e processos, onde desempenham e usam recursos renováveis,

essas funções são executadas através das condições necessárias para a sua regeneração.  O segundo princípio se refere aos produtos, ingredientes e materiais do ciclo biológico e  tecnologia para que a produção de recursos seja otimizada. O terceiro e último princípio,  baseia-se na eficácia do sistema, que só é possível identificando e eliminando  externalidades negativas.

Na economia linear, as matérias-primas são extraídas e transformadas em  produtos e descarte, independentemente dos recursos limitados, além das energéticas. Um  produto eliminado em aterro, tem toda sua energia residual perdida, ao contrário do que  ocorre quando há reutilização, processo que permite a economia significativa de energia,  ou seja, perdas desnecessárias de recursos, resultantes de várias etapas dos ciclos de vida  produtivo. Soma-se aos problemas ecológicos, o aumento do preço e da volatilidade dos  recursos naturais. (ELLEN MACARTHUR FOUNDATION, 2013).

Por fim, as autoras do artigo, Taynara Gonçalves e Ana Flávia Barroso, concluem  que é urgente e necessário repensar a linearidade do atual processo produtivo, pois este  modelo de produção sempre foi um dos principais motivos da escassez e da alta dos  preços das matérias-primas e os recursos minerais têm efetivamente promovido a  degradação do meio ambiente. Portanto, aguardar o esgotamento dos recursos não  renováveis não parece ser a melhor alternativa, não só por razões puramente econômicas,  mas também por sustentabilidade e bem-estar social.