RESUMO CAP. IX FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL
Por: Sandra Ferreira Almeida • 9/5/2017 • Relatório de pesquisa • 755 Palavras (4 Páginas) • 577 Visualizações
CAPÍTULO IX
FLUXO DE RENDA E CRESCIMENTO
- Produção açucareira e o impacto da renda
Processo de formação e consolidação dos engenhos no Brasil na gênese da indústria açucareira, as muitas dificuldades impostas aos produtores os obrigavam a operar em um processo mais caro e lento. Primeiramente, porque as importações eram mais constantes e dispendiosas, desde a venda de maquinas até a mão de obra especializada da Europa. Outro ponto vital é o uso de índice no trabalho. Além de serem mais difíceis de capturar e de manter cativos, eram menos eficientes nos trabalhos que tinham que executar.
Esse panorama mudaria com a importação de mão de obra africana e a estabilidade nas importações de capitais.
- A singularidade no processo de inversão na Economia Açucareira
Diferentes dos engenhos antilhanos, os engenhos luso-brasileiro não foram construídos com o intuito de ser o responsável por movimentar uma economia local, exceto na geração de lucro para o Senhor do Engenho. No caso de uma economia industrial, e o processo de “invasão” é responsável por gerar a economia, pois nela está determinada o pagamento a fatores de produção, dispersando a renda em mais setores e pessoas.
Na economia escravista isso não ocorre, pois, retirando o preço de importação dos escravos a mão de obra não possuirá remuneração, nem ter qualquer manutenção ostensiva. O único montante gerado pertencia ao empresário, cuja renda real mesmo com um sistema bruto, procurava sempre ser maximizada.
- O mercado externo e a expansão do açúcar
A aparência pouco refinada do método de produção açucareira pode induzir um pensamento aos leigos, de que a unidade produtora era medieval, praticamente uma instituição feudal. Ao analisarmos, porém, o sistema em que está inserida, a fazenda se torna completamente avessa ao conceito de propriedade feudal. Enquanto os servos plantavam e colhiam para subsistência, com poucos excedentes a serem trocados, a unidade produtora era completamente voltada à exportação, produção massiva para atender ao mercado externo. Pouco que era produzido permaneceria na propriedade.
Sendo o mercado internacional a razão de existir do sistema, torna-se implícito de que este era o fator determinante quando se tratava de expansão dos negócios. Quanto mais era requisitado, mais era comprado, mais a propriedade anexava terras para o plantio e venda.
Apesar dessa larga absorção de território, o sistema pouco mudou. O modelo rustico não permitia nem as mais sensíveis alterações, nem mesmo o lucro do empresário era afetado.
“ Esse crescimento se realizava sem que houvesse modificações sensíveis na estrutura do sistema econômico. Os retrocessos ocasionais tampouco acarretavam qualquer modificação estrutural ” (FURTADO,1920, p.51).
Devido a isto nem mesmo as perdas eram inconvenientes. Mesmo se o mercado internacional interrompesse suas encomendas, os custos baixos do negócio não seriam um problema, e quase toda despesa ou necessidade do Senhor estava garantida pela utilização de seu contingente de escravos. Na pratica, o sistema era pesado o suficiente para durar longos períodos de recessão, já que era vantajoso produzir mesmo em ritmo mínimo, pois não importava quão brusco fosse o lucro, ainda superava os custos de produção e serviria a acumulação monetária do proprietário de terras.
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