Resenha Froyen Capitulo 10 Macroeconomia
Por: niclomovtov • 11/1/2017 • Resenha • 688 Palavras (3 Páginas) • 870 Visualizações
O primeiro fator analisado é a Taxa Natural do Desemprego que, na visão de Milton Friedman, existiria um nível de equilíbrio do produto e uma taxa de emprego a ele associada, tais taxas são determinadas por fatores reais, como por exemplo, a oferta de fatores de produção. Deste modo, o equilíbrio seria representado pelo nível do salário real que iguale a demanda por mão de obra a sua oferta. A Taxa Natural do Desemprego pode ser encontrada a partir da subtração da quantidade de trabalhadores empregados e da força total do trabalho.
De acordo com Friedman, os efeitos das Políticas Monetárias no curto prazo podem ser explicados por meio da Curva de Phillips, que é expressa a partir da relação negativa entre a taxa de desemprego e a taxa de inflação. Sendo assim, com o aumento da demanda agregada, elava-se a renda na forma de aumento no produto e no emprego, mas não nos preços, consequentemente o desemprego cai abaixo da taxa natural, já que os empregados trabalham por mais horas e os desempregados aceitam trabalhar por salários nominais anteriores.
Isto é apenas temporário, pois no longo prazo a Curva de Philips volta a curva natural, em que há um equilíbrio no salário real causada pelo excesso na demanda de mão de obra. Já quando ofertantes de mão de obra antecipam a inflação, haverá uma necessidade de reajuste nos salários e assim qualquer taxa de desemprego culminara numa taxa de inflação elevada.
São tiradas diferentes conclusões de política econômica devido a ausência de trade-off no longo prazo entre inflação e desemprego. Outro aspecto considerado pelos keynesianos é que, no longo prazo, o nível esperado de preços depende do comportamento dos preços passados. Já as políticas de demanda agregada visam estabilizar o produto e o emprego ao curto prazo.
É discutido a relevância do conceito da taxa natural de desemprego no modelo Keynesiano, já que não há concordância em atribuir taxas de desemprego variáveis a causas naturais. No curto prazo, a curva de Phillips tem inclinação negativa, no longo prazo, tanto na visão keynesiana quando na análise de Friedman, a curva de Phillips é vertical. A afirmação feita pelos keynesianos é que, ao invés de ser um resultado de qualquer característica essencial do sistema econômico, a taxa de desemprego de um período sofre forte influência de seus valores passados.
A conclusão que se tira desse capítulo é que o formulador de politicas econômicas não pode fixar arbitrariamente uma meta para taxa de desemprego, pois as tentativas de deixar o desemprego abaixo da taxa natural terão efeito apenas a curto prazo e gradualmente o efeito final da politica expansionista será uma inflação mais alta. Friedman demonstrou os limites do trade-off entre inflação e desemprego e demonstrou os perigos de buscar metas arbitrarias para o desemprego. Os keynesianos, não acreditavam na denominação natural utilizada para a taxa de desemprego, bem como uma curva de longo prazo vertical implica diretamente com a política de estabilização de curto prazo.
As políticas de demanda agregada reduzem o desemprego e assim afetam o nível de preços. Uma redução no desemprego causaria uma aceleração na variação da inflação. Tal aceleração tira a demanda agregada do foco. Uma maneira do desemprego não afetar a taxa de variação do nível de preços seria deixar a taxa de desemprego constante.
O pensamento monetarista e keynesiano não demonstram os pensamentos clássicos, pois não supõe o pleno emprego. O ajuste de salários, deveria ocasionar uma mudança no nível de preços, mas muitas vezes a demanda não suporta esta variação e se faz necessário diminuir o mark-up para manter o preço igual. Quando todas as firmas repassam este aumento salarial juntas, ocorre a inflação.
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