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Resenha Tecnologia e Desenvolvimento

Por:   •  12/7/2022  •  Resenha  •  1.305 Palavras (6 Páginas)  •  153 Visualizações

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Resenha tecnologia e desenvolvimento

O autor destaca que para Schumpeter, a teoria do desenvolvimento econômico é entendida como um processo de transformações estruturais, que se utiliza de uma combinação de fatores determinantes da inovação que contribuem para o aumento de atividade e produtividade econômica, assim o texto inicia conceitualizando que o desenvolvimento econômico e as mudanças estruturais na economia são partes de uma mesma dinâmica, isso porque o que garante o desenvolvimento econômico, também promove as mudanças estruturais, que observamos. É citadas outras contribuições para a teoria de Schumpeter, nos trabalhos de Syrquin, o autor cita a sistematização dos elementos que participam dessa mudança estrutural: O aumento na taxa de acumulação, mudanças na composição setorial do produto, mudanças no mercado, urbanização e demografia. No entanto há uma maior atenção nas analises das mudanças da distribuição setorial do emprego e do produto. Kruger foca em quatro elementos para a caracterização da analises, o crescimento da produtividade, a elasticidade renda da demanda, a taxa de acumulação e a relação capital trabalho. Ao paralelo que as teorias sobre a mudança estrutural estavam surgindo a indústria se destacava por apresentava um nível alto de produtividade do trabalho, quando comparado aos demais setores, o que consequentemente fazia que nações com esse setor mais desenvolvidos tivessem níveis de acumulação de capital maiores. Essa observação de que o desenvolvimento do certo setor seria um bom caminho para o crescimento econômico inspirou as três leis de Kaldor, que nos dizem que há relações positivas entre taxa de crescimento do produto nacional e do produto industrial, que caracteriza que quanto maior os números produzidos pela indústria, maior o crescimento do produto nacional, é destacado também que a relação positiva entre crescimento da indústria e crescimento de produtividade é consequência das economias de escalas existentes e que quando fatores da indústria são compartilhados entre outros setores a uma tendência de aumento na produtividade dos setores.

Apesar das teorias apontadas, mesmo com as relações estabelecidas por Kaldor, verificava que na década de 1960 havia uma redução do crescimento na produtividade das economias maduras, o surgimento desse fenômeno levou a questionamentos sobre a relação de crescimento da produtividade e crescimento do produto industrial. O processe de desindustrialização em economias maduras, obteve varias contribuições na literatura,

o autor cita os estudos de Baumol o qual se baseava em um modelo de dois setores, um setor dinâmico e um setor estagnado, o qual se conversam livremente o resultado da queda de produtividade seria distribuição de mão de obra, os trabalhadores que eram expulsos do setor dinâmico a indústria, perdiam em produtividade real, quando alocados no setor estagnado, essa expulsão ocorre devido ao surgimento de formas alternativas que tendem a aumentar a produtividade do setor dinâmico. É mencionado também os estudos de Alvarez-Cuadrado e Proschke que se fundamentam nas hipóteses para esse compartilhamento de mão de obra. Indicam que os trabalhadores podem ser demandados em maior quantidade por outros setores e que como mencionou Baumol por decorrência do aumento de produtividade do setor com maior dinamismo. Essa desproporção observada em termos de crescimento de determinados setores é explicada no texto pela conjugação dos diferencias setoriais de crescimento da produtividade e de elasticidade renda da demanda. Assim a dinamicidade da indústria e seus efeitos sobre os demais setores, dependem do seguimento das características mencionadas.

Com os estudos e teorias sobre o processo de desindustrialização, o autor cita os estudos de Rowthorn e Ramaswany que exploram a preocupação emergente quanto a relação entre esse processo e a entrada de países em desenvolvimento como atores comerciais, na desindustrialização dos países centrais o que estaria substituindo por intermédio de suas exportações, a produção industrial dos países centrais. Na desindustrialização dos países periféricos, a preocupação também está voltada para o comercio internacional, em questões de alteração na relação câmbio-salário, onde a valorização da moeda implica em um aumento relativo do custo do trabalho. Economistas da América latina, exploram os argumentos para essa sobrevalorização, aqui são descritos dois fenômenos que originariam essa valorização, a diferença entre produtividade entre setores, e a adoção de um regime de metas de inflação. Assim para eles, a única alternativa seria uma desvalorização forçada do câmbio, para que fosse possível retomar o crescimento do setor industrial.

Entretanto para que a desvalorização proposta ter efeitos, é necessário que o crescimento do setor industrial estivesse associado a uma economia de escala, retroalimentando a produtividade e o crescimento industrial, entretanto deve – se ter atenção quanto aos efeitos negativos dessa politica de desvalorização que deverão ser compensados com o aumento das exportações, ou seria necessário haver uma mudança na especialização das exportações, em direção a segmentos de maior elasticidade-renda da demanda.

A terceira parte do texto é dedicada ao desempenho comercial do Brasil, enfatizando a inserção do país no comercio internacional. A seção inicia fazendo um breve resumo sobre as oscilações da balança comercial brasileira, evidenciando os superávits do início dos anos 2000, o qual representaram um importante estimulo sob o ponto de vista de demanda agregada. Esses bons números observados, são resultados do aumento das exportações. Esse aumento é descrito pelo autor como consequência da presença forte da china nos mercados internacionais, e como parceiro comercial do Brasil. Para conseguir relevância nos mercados internacionais a China seguiu a dinâmica de que se fundamentar nas industrias de montagem que possuía vantagens em relação aos custos, afetando muitos países que mantinham vantagem em linhas de montagem, devido à alta concorrência chinesa. O que resultou na perda de exportações em determinados países devido a ascensão do mercado chines.

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