Resenha: Tecnologia é sociedade: contra a noção de impacto tecnológico
Por: Júlia Guedes • 16/10/2019 • Monografia • 822 Palavras (4 Páginas) • 516 Visualizações
Instituto Federal de Goiás
Aluno (a): Júlia Guedes
Matrícula: 20181080050117
Professor (a): Marizângela
Disciplina: CT&S (ciência, tecnologia e sociedade)
Turma: Química 2018
Resenha: Tecnologia é sociedade: contra a noção de impacto tecnológico
Luziânia- GO, junho de 2018
Tecnologia é sociedade: contra a noção de impacto tecnológico:
A autora inicia o texto conceituando o caráter social da tecnologia e da técnica e os impactos que as mesmas causas na sociedade. Ela afirma que os impactos sociais da técnica logo conduziram à crítica ao mesmo conceito e tal crítica se desenvolveu principalmente nos Estados Unidos e em alguns países europeus, possuindo como princípio a afirmação de que sua utilização se sustentava numa concepção equivocada da técnica, pois se baseava em um forte viés determinista e a partir disto geraria supostos impactos na sociedade. Em contrapartida perguntavam para os críticos a justificativa de estabelecer limites entre a tecnologia e a sociedade se a técnica sempre possui um caráter social. Uma das principais consequências dessas discussões em torno dos impactos da tecnologia se desenvolveu um estudo denominado sociologia da técnica.
No Brasil a sociologia da técnica é pouco desenvolvida e o uso do impacto é utilizado sem a interferência de muitas críticas. Em seguida Tamara explicita o objetivo do artigo, que segundo ela é discuti sobre os limites da técnica e ao mesmo tempo apresentar as principais contribuições teóricas da sociologia empregada na mesma. A autora afirma que responsabilizar a técnica pelos seus impactos tanto positivos quanto negativos é a mesma coisa que desconhecer que ele é constituído por fatores sociais, ou seja a própria sociedade que cria os impactos, que por consequências são voltados para a ela mesma.
O interesse da sociologia pela técnica não é uma novidade, pois pode-se afirmar que que seus “pais fundadores” como por exemplo: Marx, Durkheim e Weber, já estavam conscientes da importância da técnica para o estudo das relações sociais, porém os mesmos privilegiavam as consequências sobre a sociedade, deixando de lado o estudo sobre o desenvolvimento técnico e apenas no anos 80 que surgiria novas formas de tratar da questão, então surgiu uma nova metáfora para o propósito das pesquisas: “abrir a caixa preta da técnica” e nesse sentido foi definido três princípios, procurando tratar de forma simultânea os aspectos técnicos, sociais, econômicos e políticos do processo de inovação. A autora cita que o artigo foi estruturado com a mesma forma de divisão, onde são apresentados os principais argumentos das abordagens, seus principais representantes e seus principais conceitos, bem como os impactos proporcionados.
Então Tamara apresenta diversas abordagens e as conceitua, observe-se, porém, que entre estas abordagens existem vários pontos em comuns, graças à colaboração entre seus diversos pesquisadores, do mesmo modo que também existem divergências entre os pesquisadores identificados a uma mesma abordagem, a partir disso ela consegue chegar a algumas conclusões como: a abordagem em geral possui um caráter assumidamente político, que possuem a dificuldade em evitar um enfoque determinista na medida supõe a noção de autonomia e etc.
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