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Resumo embasado no livro Realções Sociais e Serviço social no brasil , aplicando teorias de economia no mesmo.

Por:   •  30/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.279 Palavras (10 Páginas)  •  670 Visualizações

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INTRODUÇÃO

        Esta obra é resultado de um trabalho em conjunto de Marilda Iamamoto e Raul de Carvalho em parceria com o Centro Latino Americano de Trabalho Social- CELATS no ano de 1979. O material apresentado analisa o Serviço Social como profissão no contexto histórico da sociedade capitalista na década de 30 e 60. Tem o propósito de investigar as mudanças ocorridas com a profissão no Brasil, exibindo questões de gestão, desenvolvimento e enfatizando os processos econômicos, sociais e políticos da conjuntura Brasileira das épocas acima citadas.

Com o decorrer da leitura será possível perceber que o Serviço Social surge como um dos mecanismos utilizados pela Burguesia para dominar a classe operária, trabalhadora. Dinâmica que tem mudado com as novas configurações da sociedade e que sofreu forte influencia do movimento da Reconceituação quando se trata da profissão.

Como metodologia os autores fazem uso de discursos institucionais, relatórios, debates e resultados de intervenções. Além de fazer referencia e usar citações de Karl Marx que garante o rigor conceitual do texto, oferecendo ao leitor a possibilidade de aprofundar uma série de conceitos importantes para compreensão e melhor exploração da obra.

Neste resumo elaborado para disciplina de Fundamentos de Economia Política, apresentaremos uma síntese dos recortes principais da obra estudada, principalmente da primeira parte Proposta de Interpretação Histórico – Metodológica que dará ênfase  a algumas concepções marxistas, as transformações de mercadoria em capital e a relação entre capital e trabalho dentre outras.

Palavras chave: Forças produtivas; relações sociais; força de trabalho; mais-valia; exército industrial de reserva; .

        Segundo os autores o capital se expressa em duas formas de mercadorias que são os meios de produção e os meios de vida que têm relevância na reprodução da força de trabalho. Essas mercadorias são consideradas úteis apenas quando apresentam essas três características: atendem a uma necessidade social, possuem trabalho concreto e tem valor de uso que é o conteúdo material da riqueza. Tais valores de uso são considerados como apoio para os valores de troca.

As mercadorias podem ser compreendidas como grandezas sociais por possuírem trabalho abstrato e valores que estão relacionados ao trabalho humano e socialmente necessário para sua produção. Dessa forma, quanto mais trabalho humano mais grandezas sociais. Em relação ao valor de uma mercadoria, ele se expressa de forma relativa e equivalente que se concretiza numa relação quantitativa de mercadoria á medida que é estabelecido movimentos de troca, que por sua vez, converte a mercadoria em dinheiro e torna-se valor de uso para todos.

Ao se tratar de trabalho social, o texto apresenta duas características que permite as mercadorias serem equiparado e estabelecerem um ciclo de troca sem perderem seu valor. Essas características são: o satisfazer uma necessidade social e integração no trabalho coletivo; possibilidade da mercadoria ser trocada por trabalho útil que seja equivalente e que se abstraia das desigualdades destes trabalhos materializados.

Sendo assim, a relação estabelecida pelos homens com seu trabalho, é marcada como uma relação entre objetos materiais, social e concreto. Essa relação de materiais entre pessoas e relações sociais entre coisas, recebe o nome de Fetiche da mercadoria.

[... as relações sociais entre pessoas... assumem a forma de relação entre produtos do trabalho.] Karl Marx.

Esse tipo de fetiche origina a mistificação do capital no qual as mercadorias, produto do capital ganha novas formas e determinações.

Ao se referir sobre a transformação da mercadoria em capital, os autores deixam claro que o primeiro passo e ter claro que nem toda soma de mercadoria é capital. O contrário só é possível quando essa mercadoria se conserva e se multiplica comoparte da sociedade através da força de trabalho.

Quando o capital é incorporado na força de trabalho ele se transforma em capital real e efetivo por meio do processo de produção que tem tendência a crescer. O produto dessa produção capitalista é a mais-valia, ou seja, o valor excedente de uma mercadoria que caracteriza o fim do processo de produção capitalista, alcançado com o trabalho acrescido e não pago ao operário.

Todo esse processo contribui com a transformação do dinheiro em capital que se decompõe em três passos: compra e venda dos meios de produção e força de trabalho, produção e reprodução do capital com a criação d a mais-valia e a transformação da mercadoria em dinheiro.

“Essa transformação se opera por meio da circulação condicionada pela compra de força de trabalho no mercado de mercadoria” Karl Marx

Uma das exigências desse processo que inclui a transformação do dinheiro em capital é que o capitalista encontre no mercado a força de trabalho livre. Livre para que ele possa usufruir dessa força como mercadoria e para obrigar o trabalhador a vender sua força de trabalho. Esse trabalhador assim o faz para sobreviver. Vende parte de si para sua própria subsistência e recebe um valor equivalente  através do salário.

O processo de produção do capital é um processo de trabalho com perfil especifico pois:

  • O capitalista transforma seu dinheiro em mercadoria e dá existência ao seu capital. Quanto a força de trabalho, é uma potencia que se exterioriza no contato com os meios de produção. A produção capitalista é determinada pelo meio de produção, concentração e centralização dos meios de produção.

Tanto as condições de trabalho como o próprio trabalho pertencem ao capitalista. O trabalhador por sua vez, entra em relação com o capital e não entre si.

  • O dinheiro é transformado em capital variável quando trocado por trabalho que é a substância criadora de valor em uma mercadoria.

Analisando o processo de produção capitalista subtende-se que ele é um processo de valorização que cria valor de troca do capital e que diferencia do valor de troca da mercadoria por causa da parte variável do capital. O valor de troca da força de trabalho é expresso no salário e o valor de uso no consumo. Como a força de trabalho não pertence mais ao trabalhador e sim ao capitalista, o mesmo cria uma valor superior que é a mais-valia. Essa por sua vez, pode ser absoluta quando implica o prolongamento da jornada de trabalho e relativa quando se potencializa o trabalho do operário.

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