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Por:   •  6/12/2019  •  Artigo  •  841 Palavras (4 Páginas)  •  258 Visualizações

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DO ISEB E DA CEPAL À TEORIA DA DEPENDÊNCIA

(RESUMO)

O processo de “revolução industrial” e nacional dos anos 30 deram uma iniciativa da interpretação nacional-burguesa e/ou do nacional-desenvolvimentismo no Brasil e na América Latina. ISEB e CEPAl, duas linhas de produção teórica parecidas, mas não necessariamente a mesma, faziam a crítica ideológica ao liberalismo, notadamente sob a perspectiva da Inglaterra e EUA, dando protagonismo ao Estado nacional como plataforma de desenvolvimento econômico.

Essa corrente atribuía, portanto, a crítica ao subdesenvolvimento da região não apenas como decorrência da colonização, mas dos interesses dos países centrais a fim de manter a região na produção de bens primários, e que para superar essa lógica, deveria ser adotada a estratégia de uma participação da burguesia nacional e do Estado.

Com o advento dos golpes militares na América Latina entre os anos 60 e 70, os intelectuais concluíram que não havia possibilidade de existência de uma burguesia nacional na região, desenvolvendo a teoria que pensava uma dependência em associação do capital internacional com as elites locais, consolidando uma interpretação da dependência econômica e enfraquecendo a ideia de um conceito de nação na região.

- A separação ou oposição entre os nacionalistas, seja de direita ou esquerda, que buscam desenvolver seus valores e desenvolvimentos de ordem econômica e social sob a premissa do Estado e da nação, e os cosmopolitas de outro lado, que faz a critica de uma sociedade sob essa ótica. “conflito entre as duas oposições ideológicas básicas (ordem e justiça, nação e Cosmópolis).”

INSTITUIÇÕES DE INTELECTUAIS PÚBLICOS

Na década de 50, ISEB e CEPAl se tornariam a visão hegemônica do modelo econômico para a américa latina. Na década seguinte, entretanto, será iniciada uma crítica a essa perspectiva na análise de florestan Fernandes, após os golpes militares.

Os intelectuais dessa ordem deram uma contribuição importante. Qual seja: “o desenvolvimento devia ser o produto de uma estratégia nacional de industrialização. Para legitimá-lo, porém, seria necessário fazer a crítica da lei das vantagens comparativas, demonstrando que, ao contrário do que pressupunha essa lei ou a teoria econômica ortodoxa, sua aplicação não permitia que os ganhos de produtividades que ocorriam com a industrialização nos países centrais se transformassem em baixa dos preços, beneficiando os países em desenvolvimento. Nos países industriais, o valor adicionado já é maior porque a indústria exige um trabalho mais qualificado do que o da produção agrícola e mineradora. Somava-se a isto o fato de que, ao contrário do que previa a teoria do comércio internacional, os aumentos de salários nos países centrais não resultavam apenas em baixa de preços, mas em aumento de salários proporcionais aos aumentos de produtividade, devido à boa organização dos trabalhadores, enquanto o mesmo não acontecia nos países em desenvolvimento com os ganhos de produtividade. Daí resultava a tese de que havia uma tendência secular à deterioração dos termos de intercâmbio. Os dois grupos filiavam-se à “teoria do imperialismo” — ou seja, à teoria que explica o subdesenvolvimento principalmente como resultado da ação imperialista das grandes potências, que busca manter os países da periferia exportadores de produtos agrícolas e matérias-primas”.

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