TRABALHO DE NOÇÕES DE ECONOMIA POLÍTICA RESUMO DAS PERGUNTAS
Por: Enzo de Matheus • 24/5/2020 • Pesquisas Acadêmicas • 1.904 Palavras (8 Páginas) • 232 Visualizações
PONTIFÍCIA UNIVERCIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS
FACULDADE DE DIREITO
ENZO BARRETO DE MATHEUS
RA: 20131884
TRABALHO DE NOÇÕES DE ECONOMIA POLÍTICA
RESUMO DAS PERGUNTAS
CAMPINAS
2020
Os anos de 2015 e 2016 foram dramáticos para economia brasileira, durante os quais houve uma queda de mais de 3% no PIB brasileiro.
[pic 1]
Com alavancagem de crédito (imobiliário e não imobiliário), houve o aumento do consumo e da construção civil, resultando em grande aumento de endividamento e oferta de imóveis.
As desonerações agravaram o problema, causando um desequilíbrio fiscal, tirando mais de 120 bilhões de reais do orçamento público.
O represamento de preços (principalmente da gasolina e do setor elétrico) andaram na mesma mão.
Em 2015 essas políticas foram revertidas, o que causou um grande choque de juros, o realinhamento de preços livres e administrados (diminuindo drasticamente o consumo), a forte desvalorização cambial e aumento nos índices de desemprego, que chegou a 14 milhões de desempregados em 2016. Todos esses fatores causaram grande diminuição no consumo.
Já em 2019, com o governo Bolsonaro pretendendo colocar as contas públicas em ordem, a economia passou a dar sinais de reação. Através de algumas Medidas Provisórias, o Estado pretendeu facilitar o ambiente de negócios, para restaurar a confiança da iniciativa privada, para que a economia voltasse a ter um crescimento duradouro e que resultasse em geração de emprego e renda.
Contudo, por mais que estivesse havendo uma melhora gradativa dos índices, a situação econômica do país ainda estava longe da ideal. Com o início da pandemia de COVID-19, a situação se agravou ainda mais.
A pandemia está trazendo diversos gastos para o Estado, forçando o Governo Federal a socorrer empresas privadas, trabalhadores e Estados da Federação, além de injetar dinheiro para os bancos e aumentar a liquidez desses citados.
Em um cenário onde não é possível a execução de trabalhos braçais ou a reunião de funcionários nas empresas, muitas famílias vão passar por problemas financeiros. Para parcela da população que não tem condições de sustento sem os salários que supostamente receberia todos os meses, o Governo Federal adotou a renda básica emergencial de R$600, por até três meses, que consumirá 98,2 bilhões de reais.
A prioridade do Governo Federal é também garantir que todos os Estados e Municípios tenham recursos direcionados à saúde, o que aumenta ainda mais os seus gastos. Desta forma, o texto-base aprovado pelos deputados propõe a recomposição de perdas de arrecadação daqueles Entes Estatais, por seis meses, num montante de R$89,6 bilhões.
Além de impactos na economia local, o Brasil vem sofrendo com a diminuição da exportação. A venda de commodities, que representa 65% do valor de exportação do Brasil, diminuiu drasticamente tendo em vista que os principais compradores são a China e o Estados Unidos, respectivamente, como mostra o gráfico abaixo, países extremamente afetados pelo COVID-19:
[pic 2]
Todos esses fatores elevam ainda mais os déficits primários do governo central (composto por Previdência Social, Tesouro Nacional e Banco Central e empresas estatais federais) para aproximadamente 500 bilhões em 2020, equivalente a 5,55% do PIB.
Outro fator que aumenta ainda mais o déficit do governo é a queda brutal da arrecadação de impostos com os comércios fechados, situação que fica cada vez mais complicada com a procrastinação para a respectiva reabertura regular, considerando, ainda, que o retorno aos patamares anteriores não será imediato.
Assim, a previsão das instituições financeiras consultadas pelo Banco Central é de desaceleração no crescimento econômico do país, ainda em 2020. Além disso, a cotação do dólar, que vem atingindo recordes históricos, provavelmente estabilizará em grande alta, que tornará evidente a clara a desvalorização da nossa moeda.
Além dos problemas econômicos que o Brasil vem enfrentando, a COVID-19 abala a economia mundial, devendo impactar em custos estimados em US$1trilhão, como prevê a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad).
Nesse primeiro semestre do ano, teremos uma retração da economia global, algo que não ocorria em 10 anos, pois a economia depende do fluxo de pessoas, algo que está notoriamente interrompido.
Com a quarentena, diversas pessoas no mundo inteiro estão sendo afetadas, com a perda direta de empregos, corte de gastos pessoais, de maneira que ocorre o enorme prejuízo aos setores industriais, uma vez que não há escoamento da produção.
Gráfico de desemprego EUA:
[pic 3]
Essa situação atípica causa uma grande incerteza no comportamento atual e futuro das pessoas, mormente no que se refere ao consumo. Tal quadro reflete, sobretudo, na atuação dos investidores, que certamente evitam aplicar em locais que experimentam referida situação.
Com o fechamento das fábricas chinesas houve uma diminuição de mais de 17% na exportação local. Sendo a segunda maior economia mundial, a desaceleração da produção e exportação pode travar a economia global, pois diversas indústrias em todo o mundo dependem do que é produzido naquele país.
A diminuição da oferta acarreta, notoriamente, a respectiva elevação dos preços.
Exemplos claros dessa narrativa são os produtos farmacêuticos, cuja grande parte da matéria-prima chega ao país através de importações chinesas. No Brasil, já houve um aumento de 30% dos preços desse setor, quando há a disponibilidade, já que muitas vezes o fornecedor não tem o produto para atender a demanda de seus clientes, em razão da escassez.
O comércio de roupas e eletrônicos também está sofrendo com o mesmo problema, pois a maioria das marcas possuem suas fábricas na China, também atingidas pelas restrições impostas pela pandemia mundial.
Por seu turno, as empresas de turismo não ficam de fora da crise. Com o aumento do número de casos e em cada vez mais países, muitos lugares têm adotado restrições de deslocamentos, viagens, fechamento de fronteiras, tudo para tentar conter o avanço do surto.
Já no início de março do corrente ano, o medo de infecção e as restrições de fronteira atingia grande parte do planeta:
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