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Tempo e discipliná a de trabalho

Por:   •  22/11/2015  •  Resenha  •  1.571 Palavras (7 Páginas)  •  471 Visualizações

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1300-1650: foco das mudanças intelectuais da concepção do mundo, tempo e etc.. (“Nova disciplina puritana e exatidão burguesa”/ “A mudança certamente existe”)

Século XIV em diante: “São bastante antigas as imagens elisabetanas (imagens do reinado de Elisabeth na Inglaterra) do tempo como devorador, desfigurador, tirano sangrento, ceifeiro, mas há um novo senso de imediatismo e insistência”

“Entre os povos primitivos, a medição do tempo está comumente relacionada com os processos familiares no ciclo do trabalhou das tarefas domésticas. ” / “A passagem do tempo são basicamente a sucessão destas tarefas: tarefas pastorais”

“Em Madagascar, o tempo podia ser medido pelo cozimento do arroz (cerca de meia-hora) ou pelo fritar de um gafanhoto (um momento). ”/
“Registrou-se que os nativos de Cross River dizem: ‘o homem morreu em menos tempo do que leva o milho para assar’ (menos de quinze minutos). “/
“No Chile do século XVII, o tempo era frequentemente medido em ‘Credos’: um terremoto foi descrito em 1647 como tendo durado o tempo de dois credos; enquanto o cozimento de um ovo podia ser estimado por uma Ave-Maria. “/

“A noção de tempo que surge nesses contextos tem sido descrita como orientação pelas tarefas” / “É possível propor três questões sobre a orientação pelas tarefas. Primeiro, há a interpretação de que é mais humanamente compreensível do que o trabalho de horário marcado. O camponês ou trabalhador parece cuidar do que é uma necessidade. Segundo, na comunidade em que a orientação pelas tarefas é comum parece haver pouca separação entre o ‘trabalho’ e a ‘vida’ (o dia de trabalho se prolonga ou se contrai segundo a tarefa). Terceiro, aos homens acostumados com o trabalho marcado pelo relógio, essa atitude para com o trabalho parece perdulária (dissipar) e carente de urgência. “/


“A questão da orientação pelas tarefas se torna muito mais complexa na situação em que se emprega mão-de-obra. O tempo está começando a se transformar em dinheiro e é visível a transformação da orientação pelas tarefas no trabalho no horário marcado. “/
“ Essa medição de ‘dias de trabalho’ incorpora uma relação simples. Aqueles que são contratados experienciam uma distinção ente o tempo do empregador e o seu ‘próprio’ tempo. E o empregador deve usar o tempo de sua mão-de-obra e cuidar para que não seja desperdiçado:
o que predomina não é a tarefa, mas o valor do tempo quando reduzido a dinheiro. O tempo é agora moeda: ninguém passa o tempo, e sim o gasta”

Situação do trabalho nas normas do século XIX e XX: “Não temos pausa em nosso trabalho” “Olhem aqui, seus patifes! Acham que isso basta? Os seus vizinhos debulham duas vezes mais que vocês” (nas industrias) e na agricultura: “Nosso mestre satisfeito considera a visão com alegria”, ou seja, envolvimento e alegria do trabalho.

“A maioria das paróquias inglesas devia possuir relógios de igreja no final do século XVI. Mas a exatidão desses relógios é motivo de discussão; e o relógio de sol continuava em uso. “/
“ No século XVII, continuavam a ser feitas doações generosas para que soassem os sinos de manhã e os sinos de recolher. Assim em 1664, Richard Palmer de Wokingham doou terras com a finalidade de pagar o sacristão, para que tocasse o grande sino durante meia hora, todas as noites às oito horas e todas as manhas às quatro horas, de 10 setembro a 11 de março de cada ano. “

“O som era mais eficaz que a visão” (trompa para acordar a população de manhã)

“Um grande progresso na exatidão dos relógios caseiros veio com o uso do pêndulo após 1658 (...) com a expansão em 1660, mas os relógios com ponteiro dos minutos só se tornaram comum depois dessa época. ”
1674 -> melhoramento do relógio de pulso
“A fabricação dos relógios nascera das habilidades do ferreiro. “

“[...] Havia os inúmeros artesoes engenhosos e altamente competentes que desempenham um papel crucialmente importante na inovação técnica durante as primeiras fases da Revolução industrial. (por isso os relojoeiros pediam a isenção do pagamento de impostos)
“ [...] as manufaturas de algodão e lã são inteiramente gratas aos relojoeiros pelo estado de perfeição das suas maquinarias , pois, nos últimos anos, grandes números desses relojoeiros têm sido empregados para inventar e construir, bem como para supervisionar essa maquinaria [...]”

“A fabricação de relógios portáteis estava concentrada em alguns centros como Londres, Coventry, Prescot e Liverpool. [...] uma subdivisão do trabalho facilitou a produção em grande escala (mercado de exportação) e a redução dos preços. “
1796 -> competição com os relógios portáteis da França e da Suíça.
Os relógios portáteis era destinado para a camada mais alta da sociedade, mas as mercadorias baratas provenientes do
contrabando chegariam às classes mais pobres. Entretanto “o tempo marcado pelo relógio (suspeita-se) ainda pertencia a gentry, aos mestres, aos fazendeiros e aos comerciantes [...] como um simbolismo de status. “

Havia a taxação sobre os relógios (relógio portátil de metal e prata; relógio de ouro; relógio não-portátil), pois eram considerados sinais de luxo e, assim, as pessoas que o possuíam tinham a capacidade de pagar. Mas o imposto era considerado loucura, criador de um sistema de espionagem, e um golpe contra a classe média -> GREVE DOS CONSUMIDORES -> REVOGAÇÃO DA LEI.

1790: mudança de “luxo” para um artigo de “conveniência”, mas, mesmo assim, os preços dos relógios continuavam por décadas fora do alcance dos artesoes + momento em que a revolução requeria maior sincronização do trabalho

“ O pequeno instrumento [...] era umas das mais urgentes dentre as novas necessidades que o capitalismo exigia para impulsionar o seu avanço. “

“Clube do Relógio – para compras em prestações coletivas
“O relógio era o banco do pobre, o investimento das poupanças”
“Sempre que um grupo de trabalhadores entrava numa fase de melhoria do padrão de vida, a aquisição de relógios era ima das primeiras mudanças notadas pelos observadores. ”

“Trinta anos mais tarde, [...] o empregador esclarecido dava ao seu empregado um relógio de ouro gravado. ”

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