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Teoria da Agência: Uma Avaliação e Revisão

Por:   •  18/5/2020  •  Resenha  •  1.101 Palavras (5 Páginas)  •  387 Visualizações

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Resenha: Teoria da Agência: Uma Avaliação e Revisão

Eisenhardt, K. M. Teoria da Agência: Uma Avaliação e Revisão. RGC - Revista de Governança Corporativa, (Republicação de artigo originalmente publicado no Acadmy of Management Review, 1989), São Paulo, v. 2, n.1, art. esp, pp. 1-36, abr 2015.

O presente artigo nos traz que a teoria da agência é uma importante teoria, sendo utilizada por estudiosos em contabilidade, em economia, finanças, marketing, ciências políticas, comportamento organizacional, e sociologia, ainda que traga opiniões controversas. O estudo do presente artigo nos traz uma revisão sobre a teoria da agencia, suas contribuições para a teoria das organizações e do trabalho empírico existente bem como desenvolve proposições testáveis.

O presente estudo foi organizado em torno de quatro perguntas que são pertinentes para a pesquisa organizacional, a saber: a) O que é Teoria da Agência?; b) Como a Teoria da Agência contribui para a teoria organizacional?; c) A Teoria da Agência é empiricamente válida?; d) Que tópicos e contextos são frutíferos para os pesquisadores organizacionais?

A pesquisa teve por objetivo descrever a teoria da agência e indicar caminhos em que os pesquisadores organizacionais podem usar seus insights. A relelevância da pesquisa se justifica quanto a apresentação de proposições testáveis, identificar contribuições da teoria do pensamento organizacional e avaliar a extensão da literatura empírica existente.

A teoria de gência emerge do problema de compartilhamento de riscos que surge quando partes cooperantes têm diferentes atitudes em relação ao risco. Sendo direcionada pela relação de agência ambígua, em que uma parte (o principal) delega trabalhos para outro (o agente), que realiza esse trabalho.

A teoria de agência está preocupada em resolver dois problemas, o primeiro é o problema de agência, que que surge quando os desejos ou objetivos do principal e agente se conflitam e é difícil ou caro para o principal verificar o que o agente está realmente fazendo. O problema aqui é que o principal não pode verificar se o agente tem se comportado de forma adequada. O segundo é o problema de compartilhamento do risco que surge quando principal e agente tem diferentes atitudes em relação ao risco.

A teoria da agência tem se desenvolvido ao longo de duas linhas: positivista e principal-agente. As duas correntes compartilham uma unidade comum de análise: o contrato entre o principal e o agente. Eles também compartilham pressupostos comuns sobre pessoas, organizações e informações. No entanto, eles diferem em seu rigor matemático, variável dependente, e estilo.

A teoria positivista da agência foca na identificação de situações em que as partes principais e o agente apresentam objetivos conflitantes e em descrever os mecanismos de governança que restringem o comportamento oportunista do agente, ou seja, resolver o problema de agência. Duas proposições capturam os mecanismos de governança que são identificados na corrente positivista. Uma proposição é de que os contratos baseados em resultados são eficazes no combate ao oportunismo do agente. A segunda proposição é que sistemas de informação também podem conter agentes oportunistas.

Quanto a pesquisa agente principal, os pesquisadores principal-agente estão preocupados com uma teoria geral do relacionamento agente-principal, uma teoria que pode ser aplicada a empregador-empregado, advogado-cliente, o comprador-fornecedor, e outras relações de agência.

As teorias se mostram complementares, porquanto a primeira identifica várias alternativas contratuais e a segunda indica qual contrato é mais eficiente sob variados níveis de incerteza de resultados, riscos, informação.

Em que pese existir afirmação de que a teoria da agência é muito diferente da teoria das organizações, ela tem vários pontos em comum para as perspectivas de organizações. Em suas raízes, teoria da agência é consistente com as obras clássicas, onde o ponto-chave da Teoria da Agência se relaciona ao conflito de objetivos inerentes quando indivíduos com preferências distintas se engajam de forma cooperativa. A teoria da agência também é semelhante aos modelos políticos de organizações. Ambos agência e perspectivas políticas assumem a busca do auto interesse a nível individual e de conflito de metas no nível organizacional. A teoria da agência também é semelhante às abordagens de processamento de informação para a teoria da contingência, ambas se baseiam na informação, assumindo que indivíduos são limitadamente racionais e a informação é distribuída de forma assimétrica pela organização.

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