Teses do Empreendedorismo
Por: Pedronegrao • 25/11/2018 • Projeto de pesquisa • 612 Palavras (3 Páginas) • 271 Visualizações
Projeto de pesquisa em empreendedorismo – resumo do capítulo 2.4 da Tese de Doutorado de Paulo da Cruz Freire dos Santos
No capítulo 2.4 da tese, Paulo menciona o pesquisador Maslow, que construiu uma teoria focada na motivação dos indivíduos, segundo as necessidades humanas, a saber: fisiológicas, segurança, amor/afeto, estima e auto-realização. Ele ligou a motivação humana ao atendimento de determinadas necessidades, algumas básicas (materiais), outras imateriais. Assim, conforme o indivíduo consegue suprir suas necessidades básicas, ele parte para a busca do atendimento de outros tipos de desejos, como a auto-realização. Muitas vezes por meio do empreendimento.
O desejo de autonomia, independência e autocontrole estão ligados ao perfil empreendedor, e da mesma forma, ligados as necessidades de auto-realização. Provando que a recompensa dessa função não deve apenas ser essencialmente monetária (visando o lucro), o empreendedor pode ser recompensado de outras maneiras: tanto psicologicamente, com a admiração, o respeito e a aprovação, quanto com a conquista de um estilo de vida desejado, com os horários de trabalho flexíveis, a inexistência de um chefe etc.
Os empreendedores são classificados em duas categorias: por oportunidade e por necessidade. O que empreende por oportunidade é o indivíduo que descobriu e aprendeu a solucionar um problema, e aproveitou a circunstância favorável para abrir um negócio. Já o que empreende por necessidade é aquele que, por perder o emprego, ou outra causa econômica, resolveu abrir seu negócio. É possível relacionar isso com a teoria do Maslow, relacionando o empreendedor por oportunidade sendo aquele que tem necessidade de auto-realização, e o que empreende como alternativa de sobrevivência possivelmente está relacionado a necessidade fisiológica e de segurança.
Como o empreendedor aprende? Segundo Bandura, um teórico da aprendizagem observacional, existem dois modos de aprendizagem ao empreendedor. O primeiro é através do ensino formal, de estudos e tentativas com erros e acertos. O segundo é um estudo observacional, observando os outros e vendo o resultado gerado pelo comportamento deles, e assim, suprindo o que há de bom nas suas ações.
O sucesso de um empreendedor está diretamente ligado com sua autoconfiança e sua auto-eficácia. Dois pensadores conduziram uma bateria de 114 estudos, objetivando verificar a relação entre auto-eficácia e desempenho no trabalho. Os resultados indicaram que há correlação significativa entre auto-eficácia e desempenho no trabalho. Logo, acreditar no seu potencial e na sua capacidade de atingir metas traça o perfil do empreendedor e é primordial para conduzir um seu negócio.
Rotter criou a teoria do locus de controle, ou centro de controle. Ele explica como sendo o grau pelo qual as pessoas esperam que um resultado de seu comportamento seja dependente do seu próprio comportamento versus o grau pelo qual as pessoas esperam que o resultado seja função do acaso, sorte, ou azar, estando o controle debaixo do poder de outros, ou simplesmente imprevisível. Quando se aplicou um estudo baseado nessa teoria em diferentes tipos de pessoas, observou-se que o empreendedor tem maior locus de controle interno, responsabilizando-se por seus atos com maior intensidade. Paulo concluiu que mesmo com críticas a essa teoria, e resultados contraditórios, o conceito de locus de controle mostra-se adequado para estudos ligados à intenção e ao potencial empreendedor.
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