Tony Judt
Por: Bruno Tavares • 3/6/2016 • Trabalho acadêmico • 283 Palavras (2 Páginas) • 257 Visualizações
Tony Judt foi um dos grandes intelectuais do tempo presente, que passou boa parte de sua vida estudando como outros intelectuais públicos tiveram posição intrigante (mais especificamente, como tantos intelectuais franceses brilhantes puderam ser complacentes com algo tão chocante como o stalinismo).
Com a crise de 2008, Judt acreditava que o thatcherismo deve perder espaço e os social-democratas devem recobrar a confiança no legado dos “trinta anos gloriosos”. A obra é um estímulo pela retomada da visão que inspirou os social-democratas do século XX.
A social-democracia foi um sucesso espetacular. Por toda Europa, e em especial na Escandinávia, onde os filhos dos pobres puderam ser atendidos por bons hospitais, puderam frequentar boas escolas e passaram a ter oportunidades de ascensão social o que era totalmente impossível para qualquer outro pobre em qualquer outra época. Tudo isso aconteceu não apenas em um ambiente indiscutivelmente democrático, como por iniciativa de partidos com muito mais direito de dizer que representavam os trabalhadores do que os partidos comunistas jamais tiveram.
Para o Judt, as grandes utopias falharam, porém foram importantes, pois direitos que pareciam utópicos no passado, como educação e saúde pública para toda a população, hoje são fundamentais.
Judt descreve os fatores que levaram à crise dos “trinta gloriosos”. Os anos pós-73 não foram todos, como diz Judt, “devorados por gafanhotos”. Os países asiáticos, que concentravam uma parte imensa da miséria do mundo, cresceram exponencialmente. A Rússia, de fato, saiu muito mal do socialismo, mas outros países da Europa Central, como a República Tcheca, se saíram bem melhor. A América do Sul fez a transição para a democracia e, em alguns casos, conseguiu progressos notáveis em diversas áreas. Houve importantes transformações na economia e a consolidação do projeto europeu.
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