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Trabalho Economia Industrial Análise Netflix

Por:   •  25/11/2021  •  Trabalho acadêmico  •  2.359 Palavras (10 Páginas)  •  181 Visualizações

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PUC-SP

ECONOMIA INDUSTRIAL

ANÁLISE DE MERCADO- SPOTIFY E PLATAFORMAS DE STREAMING NO BRASIL

GUSTAVO PRESCINOTO CAVALCANTE RA00224038

ECONOMIA

15/11/2021

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO        3

NETFLIX        4

NETFLIX E O MERCADO DE STREAMING        5

POSSÍVEIS EMPEÇOS DO MERCADO        7

CONCLUSÃO        8

BIBLIOGRAFIA        10

INTRODUÇÃO

A busca pelo entretenimento por intermédio de plataformas digitais durante a pandemia do ano de 2020 e 2021 aumentou significativamente, haja visto a situação de quarentena domiciliar que a maior parte da população se encontrou. Este trabalho busca deliberar a respeito do vultoso crescimento das plataformas de streaming no Brasil nos últimos anos, em especial, o da empresa Netflix.

Para aclarar o horizonte de crescimento que possivelmente o mercado mencionado tem, uma análise será realizada com intenção de obter Além disso, também realizaremos uma análise do mercado consumidor Brasileiro para entender as reais perspectivas que este mercado tem de crescimento aqui e a que estão atreladas, uma vez que dependem da tecnologia para funcionarem.

NETFLIX

A empresa foi fundada em 1997 e tinha como missão facilitar o acesso a filmes e programas de TV. O modo como fazia isso na época era através da locação de filmes pelos correios. Em 1998, a startup lançou seu site de aluguel e venda de DVDs que foi adaptado ao modelo de assinaturas nos anos 2000, em que um assinante da plataforma poderia alugar filmes ilimitados e sem data de devolução. Com isso, a Netflix criou um algoritmo inteligente que passou a sugerir aos consumidores filmes que combinavam com o gosto individual deles.

A empresa acabou sofrendo com o estouro da bolha da internet em 2000 e uma reunião com o CEO da Blockbuster, John Antioco, poderia ter salvado a Netflix. Eles oferecem a Netflix por US$ 50 milhões para a Blockbuster, mas a empresa recusou a oferta por achar o mercado deles sem futuro (a Blockbuster faliu e a Netflix vale mais que US$ 200 bilhões).  

Em 2002, a empresa começa a funcionar com capital aberto, lançando ações por U$1 na bolsa de valores americana NASDAQ e chegou a bater 1 milhão de assinaturas em 2003, crescendo rapidamente nos próximos anos e atingindo a marca de 5 milhões de assinantes em 2006, ainda no modelo de entregas via correios. A Netflix começou a funcionar como algo mais próximo do formato atual em 2007, quando adotou o serviço de streaming que possibilitou que seus usuários assistissem ao conteúdo do catálogo em tempo real. Pagava-se a assinatura da plataforma de aluguéis de DVD e uma quantidade a mais na mensalidade para ter acesso ao modo de streaming.

A Netflix usa os dados de visualização dos clientes, histórico de pesquisa, dados de classificação, bem como hora, data e tipos de dispositivos usados para prever o que deve ser recomendado a eles. Em 2014, a Netflix usou 76.897 'tagging', forma única de determinar os tipos de gênero de filmes e recomenda a cada um de seus usuários não apenas personalizar sua experiência, mas também fazer com que eles voltem à Netflix para um conteúdo mais personalizado. Por exemplo, se um usuário gosta de assistir a filmes de terror, ele recomenda filmes semelhantes para mantê-lo preso à plataforma. Além disso, ele usa o fator do horário de acesso para recomendar programas de exibição aos seus clientes. Ele sugere programas mais curtos se o usuário efetuar login à noite, em vez de um mais longo. Exibir o conteúdo certo no momento certo não só pode ajudar a aumentar o envolvimento do cliente, mas também melhorar a experiência do usuário

O Brasil é uma das grandes fontes de renda da Netflix, sendo o segundo maior país com maior quantidade de clientes que assinam o serviço de streaming e o terceiro maior em termos de receita para a empresa. De acordo com a pesquisa da CompariTech, a receita média da Netflix por assinante brasileiro é de US$8,05 e o país gerou uma receita total de 395 milhões de dólares no primeiro trimestre de 2020. Em comparação, o Reino Unido gerou no mesmo período uma receita de US$460 milhões, mas possui menos assinantes. A média de ganhos por assinante no país é de US$10,40. O motivo é o problema do câmbio citado anteriormente.

NETFLIX E O MERCADO DE STREAMING

Além dos novos serviços, da busca por conveniência e do desenvolvimento tecnológico, a pandemia de 2020 e 2021 ofereceu mais um impulso na demanda por serviços digitais em geral, inclusive na América Latina, e mesmo em meio à grave crise provocada pelo vírus. Medidas de distanciamento social têm levado as pessoas a buscarem mais diversão em suas casas, e não havia perspectiva de uma recuperação para as salas de cinema, por exemplo, no horizonte.

Algumas empresas prestadoras de serviços de análises para as plataformas de streaming mais famosas esperam que a América Latina seja a segunda região de crescimento mais rápido em termos de aumento proporcional da base de assinantes nos próximos 5 anos, aumentando-a em mais de 100% de 2019 a 2024, perdendo apenas para a África Subsaariana. O crescimento está intimamente ligado à estreia de plataformas respaldadas por gigantes da mídia e da tecnologia. Disney+ foi lançada na América Latina no final do ano passado, enquanto a HBO Max priorizou a região para ser seu primeiro mercado fora dos Estados Unidos em 2021. Ambos oferecem um enorme catálogo para competir com serviços já estabelecidos. Espera-se que o pioneiro Netflix mantenha sua posição de liderança, mas a competição está sendo acirrada com a Amazon Prime Video e Apple TV +, que operam em países da América Latina desde 2016 e 2017, e certamente não serão espectadores passivos da luta. Plataformas regionais, como Claro Video, Blim TV e Globoplay, também farão movimentos importantes na área, seja tentando crescer bases próprias ou firmando parcerias cobiçadas para distribuição de conteúdo.

É previsto que a Netflix, Amazon Prime Video, Disney +, Apple TV + e HBO Max (5 principais plataformas de streaming) dominarão 88% das assinaturas de streaming na América Latina até 2025. Essa previsão foi feita pela Digital TV Research, consultoria que fornece inteligência de negócios para a indústria de televisão.  A empresa estima que o segmento de assinatura, excluindo serviços baseados em publicidade, alcançará 106 milhões de clientes na América Latina em 5 anos, 152 % de aumento em relação a 2019.

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