Trabalho de economia
Por: aresende • 9/9/2015 • Resenha • 3.470 Palavras (14 Páginas) • 463 Visualizações
O LADO MONETÁRIO DA ECONOMIA
MOEDA: SEUS CONCEITOS E FUNÇÕES
A Moeda no livro, é definida como um ativo financeiro de aceitação geral, suas principais funções são o meio ou instrumento de troca, ou seja facilitou a troca de mercadorias ,onde tais passaram de diretas para indiretas, não dependendo mais da coincidência de ambos querer o que o outro tem a oferecer, a moeda também é usada como unidade de medida ,estabelecendo assim ,um valor monetário sobre as coisas, como nela se agrega valores, a moeda pode ser uma reserva de valor, representando um direito de quem a possui sobre outras mercadorias, mas essa poupança é se base no que é chamado de falácia ou sofisma da composição, onde se trata que a reserva é pessoal e que sociedade não tem direito sobre ela. No passado a moeda utilizada era a moeda lastreada, chamado de padrão-ouro, que simplesmente era um estoque de pedras preciosas, mais com o desenvolvimento do comercio, não foi mais possível fazer a conversão da moeda em ouro, por isso foi criada a moeda fiduciária que são as cartas de credito, os cheques etc.
A moeda fiduciária como a moeda normal também e garantida por lei, mas porem sua emissão e livre de qualquer reserva monetária.
2.1 CONCEITO E COMPOSIÇÃO DOS MEIOS DE PAGAMENTO
Como mercadorias, a moeda também tem uma oferta e demanda, a oferta da moeda é o meio de pagamento, definido pela quantidade disponível para uso do setor privado quando o for necessário, tendo como objetivo medir a liquidez e satisfazendo suas transações com bens e serviços. O saldo de pagamento se compõe pelo saldo da moeda em poder público (PP) mais o saldo dos depósitos a vista (DV).
M=PP+DV
Saldo de moeda em poder público também chamado de moeda manual, se dá com a retirada de toda moeda que fica no Caixa das Autoridades Monetárias e no Caixa dos Bancos Comerciais. Depósitos à vista ou em conta corrente podem ser chamados de moeda escritural ou moeda bancaria, pois são movimentadas por simples contabilização, e normalmente representam cerca de 2/3 no total de meios de pagamentos. Não considera-se meio de pagamento o dinheiro que fica com os Bancos e com o governo, pois como dito o conceito de tal é medir a liquidez do setor produtivo privado.
Meios de pagamento se conceitua de várias formas, A mais utilizada é chamado de M1, que é o total da moeda que não rende juros e é de liquidez imediata. Nesses conceitos temos os ativos que rende juros, chamados de haveres não monetários que são M2, M3 e M4, já o M1 é chamado de haver monetário.
*M1 = papel moeda em poder do público (dinheiro vivo) + depósitos à vista
*M2 = M1 + depósitos especiais remunerados + depósitos de poupança + títulos emitidos por instituições depositárias
*M3 = M2 + cotas de fundos de renda fixa + operações compromissadas registradas no Selic (taxa básica de juros anuais fixada pelo Banco Central)
*M4 = M3 + títulos públicos de alta liquidez
Sobre a criação e a destruição da moeda, corresponde a um aumento ou diminuição da oferta de moeda disponível, como criação um exemplo simples é o empréstimo de bancos comerciais ao setor privado, e exemplo de destruição seria o resgate desse empréstimo bancário, são chamados de intermediários financeiros não bancários aqueles que não criam moeda, pois não são autorizados a manter depósitos, apenas os transfere.
2.2 OFERTA DE MOEDA PELO BANCO CENTRAL
O banco central tem como objetivo regular a moeda e o credito, e suas funções são de banco emissor, onde ele é responsável e tem o monopólio das emissões da moeda; banco dos bancos, nele os bancos depositam seus fundos e pegam empréstimos, esses empréstimos são divididos em duas classificações, o redesconto de liquidez ou normal, que visa socorrer os bancos quando de eventual saldo negativo na conta de depósitos voluntários, e também o redesconto especial ou seletivo é aquele utilizado pelas autoridades monetárias para incentivar alguns setores específicos da economia, sobre esses empréstimos o Banco Central cobra uma taxa de juros que se chama taxa de juros do redesconto; banco do governo, no Banco Central é depositado grande parte dos fundos do governo; banco depositário das reservas internacionais, ele é responsável pela defesa da moeda nacional, administrando o câmbio e as reservas de divisas internacionais; guardar o caixa e depósitos voluntários, recomprar títulos (open Market) ,essa operação se dá pelas vendas ou compras por pare do Banco Central, de títulos governamentais no mercado de capitais; e a regulamentação e controle de crédito, onde o Banco Central estabelece as taxas de juros, o prazo e também as regras de financiamentos, como por exemplo a exigência de que os bancos financiem no máximo 90% no valor da compra de um imóvel. No Brasil uma parte das suas funções são executadas pelo Banco do Brasil.
2.3 OFERTA DE MOEDA PELOS BANCOS COMERCIAIS
O surgimento do mecanismo multiplicador dos saldos monetários surge quando os bancos comerciais emprestam mais dinheiro do que têm em depósito. Para isso, utilizam de forma generalizada os cheques, fazendo com que a maior parte do dinheiro permaneça no sistema bancário, e apenas uma pequena parcela é representado por saques numéricos. Dessa forma, o banco comercial passa a criar meios de pagamento pelo fato de poder fazer promessas de pagamento com os recursos depositados pelos seus clientes, já que o banco comercial não pode emitir moeda.
MECANISMO MULTIPLICADOR DA OFERTA DE MOEDA:
O sistema bancário pode criar moeda num valor múltiplo de uma injeção monetária inicial. Por meio do exemplo abaixo, vejamos como isso ocorre.
Suponha que existe um único banco na economia, a razão dos depósitos que os bancos devem manter como reservas é 40% e o depósito inicial neste banco é de R$ 100,00. Destes R$ 100,00, destina R$ 40,00 para reservas e empresta R$ 60,00. Estes R$ 60,00 retornam ao banco na forma de novo depósito; destes, R$ 24,00 viram reservas e R$ 36,00 são novamente emprestados. Estes voltam como depósito e reinicia-se o ciclo. Percebe-se que os R$ 100,00 iniciais de depósitos multiplicaram-se, gerando uma sequência de depósitos nos valores: R$ 60,00; R$ 36,00; R$ 21,60; R$ 12,96; ... Essa sequência constitui uma progressão geométrica (PG) decrescente de razão 0,6, que corresponde à fração livre dos depósitos bancários, isto é, o depósito adicional menos as reservas que devem ser compostas (1 menos a porcentagem de reservas: 1 - 0,4 = 0,6).
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