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Trajetória da economia brasileira a partir da década de 30

Por:   •  20/8/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.211 Palavras (5 Páginas)  •  693 Visualizações

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Trabalho de Estudos sócio-econômicos políticos do Brasil

CSPP2B

Trajetória da economia brasileira a partir da década de 30

                 Trajetória da economia brasileira a partir da década de 30

Até a década de 30, a economia brasileira se baseava no comércio exterior, principalmente do café, o que tornava a dependência do Brasil em relação aos países importadores muito grande. Além disso, sua produção industrial era pouco desenvolvida, possuía um caráter artesanal.

Vale ressaltar, que o país passava por um impasse: a herança da escravidão. O grande desafio era inserir um trabalho constituído por uma mão-de-obra assalariada, visto que, os grandes produtores agrícolas ficariam, claramente, em desvantagem.

Outro fator importante é que com o fim da Monarquia, instituiu-se uma política de créditos, possibilitando o surgimento de indústrias. Tal medida também teve o intuito de compensar os agroexportadores pelos prejuízos causados devido o fim da escravidão.

Com a Grande Depressão, causada pela crise de 29, houve uma desestabilização da economia, uma vez que os países que importavam os produtos agrícolas brasileiros estavam ‘’quebrados’’, diminuindo consideravelmente seu poder de compra. Tal fato refletiu drasticamente na situação econômica do país, ocasionando a queda de preços e de exportação dos bens primários.

Esse cenário de caos internacional gerou uma política de intervencionismo do Estado na economia, denominada Keynesianismo, dando fim ao modelo liberal econômico.

A produção industrial brasileira, até esse momento, era unicamente de bens de consumo, ou seja, para produzir, o país necessitava importar produtos. Dessa forma, a grande barreira a ser vencida era montar as indústrias de bens de produção.

A partir de 1930, com o Governo de Getúlio Vargas, inicia-se um processo de investimento efetivo na industrialização do país. A principal estratégia, que se sustentou até os anos 70, foi a substituição de importações. Esta medida dependia da expansão do mercado interno, uma vez que o comércio no Brasil era local, isto é, não existia conexão entre as diferentes regiões, o que limitava a produção industrial. Além disso, era preciso gerar empregos, para que aumentasse o poder de consumo do povo, estimulando o crescimento da economia.

A gestão de Vargas foi marcada também pelo intervencionismo estatal nas relações trabalhistas, isto é, realizou ações que aproximaram seu papel político das classes trabalhadores do país. Entretanto, os direitos estabelecidos pelo governo criaram uma doutrina que impedia o conflito de interesses entre os trabalhadores e os donos das indústrias, denominado corporativismo.

É importante lembrar que Getúlio adotou uma politica nacionalista, investindo na criação de empresas estatais de base, como a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional).

Com a ascensão de Juscelino Kubtischec ao poder, na década de 50, houve a implantação da indústria automobilística no país, com a chegada das grandes montadoras internacionais. Tal fato estimulou a construção de estradas, o que unificou o território brasileiro, tornando possível a comercialização em âmbito nacional. Além disso, indústrias de base, como ferro, aço e vidro, foram implantadas para suprir as necessidades dessas montadoras. Também investiu em importantes áreas da economia como aeronáutica e construção naval.

O governo JK foi marcado por uma politica desenvolvimentista, com investimento nos setores da educação, transporte, energia, indústria de base e alimentação. Ainda instaurou projetos estatais de infraestrutura e investimentos de capital privado de origem nacional e internacional, que ficou conhecido como tripé econômico. Tal medida tinha o intuito de tornar o Brasil exportador de produtos manufaturados.

Instaurou, também, o plano de metas, conhecido pelo lema ‘’ 50 anos em 5’’, tendo como principal meta a construção de Brasília, uma vez que buscava romper com o caráter agrícola do país, conferindo um aspecto de modernidade.

Em 1968 até 1973, o Brasil viveu um período de intenso desenvolvimento do PIB e da produção industrial, denominado ‘’milagre econômico’’. Neste momento, a economia brasileira torna-se exportadora de produtos manufaturados, voltando-se, mais uma vez, para o exterior.

Apesar do intenso crescimento, agravaram-se as questões sociais, com o aumento da concentração de renda e, por sua vez, a deterioração do bem-estar social.

Vale ressaltar, que as multinacionais aproveitaram-se do cenário de baixo custo da mão-de-obra dos países semi-industrializados para produzirem em seus territórios, configurando uma nova divisão internacional do trabalho (DIT).

Em 1973, com a crise do petróleo, o mundo viveu um momento de forte desestabilização econômica. No Brasil, esse momento marcou o fim do milagre econômico, ocorrido na ditadura militar. A crise cessou os altos índices de desenvolvimento do país, aumentando sua dívida externa.

Durante a época da crise do petróleo, o Brasil era totalmente dependente da importação do combustível. Cerca de 80% de seu consumo era importado e o petróleo era a principal matriz energética do país, que vinha crescendo a taxas altíssimas. Com o aumento dos preços, a crise de demanda foi brutal e o governo Geisel elaborou o II PND. 

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