Virando a propria mesa
Por: agenorsheila • 17/4/2015 • Artigo • 2.665 Palavras (11 Páginas) • 549 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
Resumo de Virando a Própria Mesa .
Este é o resumo da obra, Virando a Própria Mesa, 1988, de Ricardo Frank Semler, publicado pela Editora Best Seller. Nesta obra Semler apresentada de maneira irreverente sua forma de pensar, de como este revolucionário empresário brasileiro virou a própria mesa, demonstrando que os manuais e livros de administração trazem fórmulas, ditas universais, as quais nem sempre são as melhores para se aplicar na empresa de hoje. A obra é dividida em 15 capítulos, que serão aqui apresentados:
1 - Memórias de um Velhinho de 28 anos:
No primeiro capítulo, Semler relata um pouco da sua própria história de vida, de como era uma criança normal, com problemas escolares como muitas outras. Dá algumas lições como o risco de fazer cópias dos outros, sobre trabalho em equipe, sobre a facilidade que existe em optar por alimentar a própria vaidade à custa dos sucessos das outras pessoas.
Fala sobre aprendizados no esporte, na sensação de liberdade e que quando era derrotado tinha certeza que apenas alguns segundos o separava entre a derrota a glória. Faz comparações de corridas de atletismo em que saiu muito rápido no começo e acabou perdendo força na metade da corrida, como alguns empresários que começam a expandir muito rapidamente e acabam falindo. Aprendeu que paciência, perseverança e atenção aos detalhes são essenciais para se chegar ao objetivo. Que se aprende muito quando é acordado de um sonho e cai em realidade.
Mostra que desde o tempo de colegial já tinha gosto e sabia tratar de negócios, quando da administração da lanchonete da escola.
Criou uma lista de objetivos, dos quais dois foram muito perseguidos: estudar em Harvard e escrever um livro. Quanto a Harvard se inscreveu duas vezes sendo recusado, por último enviou uma carta fazendo várias reclamações do modelo de seleção. Passado algum tempo recebe uma carta, achando que era outro texto seco, na verdade haviam o aceitado.
2 – Peixe Fora D’Água
Conta do início da vida empresarial de Semler na empresa de seu pai, de como ele achava que aquilo era tudo tão sério, todos de terno e gravata para se mostrarem sérios. Do choque que levou ao ver os funcionários serem revistados ao final do expediente, totalmente contrário ao seu pensamento de haver mútua confiança entre patrão e empregados. Demonstra que Semler e seu pai possuíam pensamentos diferentes, o pai pensava que a empresa era uma extensão da família enquanto o filho via a empresa em um contexto social onde a família deveria ser afastada para deixar a empresa seguir.
A mudança que fez na diretoria, que estava atrapalhando a expansão e diversificação dos negócios para fazer novas aquisições de outras empresas. Após um tempo a família e outros acionistas passam o controle acionário da empresa a ele, isso dava condições de implantar mudanças mais profundas e começar a crescer. Algumas coisas incomodavam a família, como separar rigidamente o lado pessoal da empresa, se tirava uma cópia para fins particulares, Semler fazia questão de pagar.
Faz alguns comentários sobre o segredo da vida, que para ele é desfrutar a passagem do tempo. Viver o aqui e o agora.
3 – Ficando Grisalho
Retrata um pouco da história da Semco, a qual no início dos anos 80 detinha 90 por cento de seu faturamento na produção de um único produto para a indústria naval e em 1981 passou por um grave abalo pela derrocada sofrida pela indústria naval. Passaram-se dois anos correndo atrás de clientes em diversos países e de diversificação de produtos quando conseguiram recuperar a empresa.
Mostra como ocorreram as quatro incorporações de multinacionais que estavam com problemas financeiros, das várias tentativas sem sucesso de compra de outras empresas e alguns problemas ocorridos com algumas incorporadas.
4 – Rumo à Obsolescência
Começa adjetivando a empresa tradicional de obsoleta. Fala ainda que se administrar uma empresa com base nos conceitos das grandes empresas para procurar se modernizar está fadado a imitar um modelo em extinção. Que há várias empresas no mundo e algumas no Brasil usam métodos ditos revolucionários, mas que nada mais são que o bom senso.
Faz comentários sobre a revolução industrial causada por Ford e outros, que tornaram possível a massificação da produção. Daí nasceu o gigantismo da produção industrial. Mostra que dentro do pensamento industrial e de acionistas foi feito quase tudo corretamente, enriqueceram acionistas, executivos e operadores de bolsas. Que por caridade, ou outro motivo, estes empresários fundaram instituições para ajudar a comunidade de desafortunados que eles mesmos criaram.
Cita que os trabalhadores dos EUA e Europa começam a pensar se vale a pena viver em ambientes insalubres como siderurgia, mineração e outras mais que deterioram a saúde. Disto parte a industrialização para os países de terceiro mundo, para se utilizar mão-de-obra barata para realizar os serviços que o pessoal do 1º mundo não quer mais, nisso entra o Brasil. Mostra como as empresas do 1º mundo estão se adaptando a uma nova forma de tratamento dos funcionários, questionando os métodos tradicionais da administração da empresa moderna. Versa que estas mudanças vão chegar ao Brasil, mas um dos grandes entraves é a forma de administração de nossas empresas com base no coronelismo.
Fala sobre as multinacionais no Brasil afirmando que elas são administradas na base do se deu certo em tal país dará certo aqui. Faz comentários sobre a infinita prosperidade dos gigantes industriais, como a GM, começaram a serem colocadas em dúvida. Já a empresa nacional, administra quase sempre como uma empresa familiar e tem por objetivo dar continuidade a essa administração. Isso causa a incapacidade de atrair profissionais ambiciosos, pois estes sabem que os critérios de promoção nem sempre são justos e por merecimento.
5 – Vai um Fordeco Aí?
Começa citando alguns exemplos para ilustrar a importância e o papel da estratégia nos negócios. Cita condições para que a empresa sobreviva a longo prazo como coragem de implantar mudanças, fazer a empresa funcionar através da participação de seus funcionários e ter uma cultura própria e definida que não mude com o momento que se passa.
Lista como os empresários devem fazer para enxergar a necessidade de mudanças como: administrar o tempo, ler jornais, ler livros sobre mudanças que passam as empresas no mundo, ver além de somente os negócios, entre outras. Que para planejar é preciso tempo e mentalidade de longo prazo.
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