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A Inflação: Os custos, a demanda e a inércia inflacionária

Por:   •  21/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.802 Palavras (12 Páginas)  •  422 Visualizações

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Caro aluno, você deve lembrar que em nossa Web Aula Unidade I vimos que os estudos de economia se dividem em Microeconomia e Macroeconomia. Pois bem, nesta unidade vamos estudar a Macroeconomia. O grande agente da Macroeconomia é o governo, ele atua por meio da política econômica e desta forma interfere na atividade produtiva. Ao elaborar a política econômica o governo é guiado pelos objetivos que deseja atingir e os instrumentos de política que ele pode utilizar para isso. É com o objetivo de entender a atuação do governo na economia que vamos estudar esta primeira unidade.

O governo adota políticas visando atingir objetivos. Vários são os objetivos de política econômica, entretanto, vamos nos ater a quatro objetivos fundamentais que englobam as principais necessidades de participação do Estado para o real atendimento do papel de um governo, que são: crescimento da produção e do emprego, controle da inflação, equilíbrio das contas externas e melhor distribuição da renda gerada no país.

[pic 1]O primeiro destes objetivos é o crescimento econômico, ele é entendido como “aumento da capacidade produtiva da economia e, portanto, da produção de bens e serviços de determinado país ou área econômica.” (SANDRONI, 1999, p. 141). A forma mais tradicional de se medir o crescimento econômico dos países é acompanhando o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e também pelo PIBper capta, isto é, o PIB dividido pela população do país. O PIB representa a soma de tudo o que foi produzido no país. O crescimento do PIB é medido em termos percentuais que representam a variação da produção do país de um período em relação a outro período anterior.

 

PARA SABER MAIS

Renda per capita significa a média da renda do país, ou seja, em média quanto cada habitante teria de renda. Resulta da divisão da Renda Nacional pelo número de habitantes do país.

 

O segundo objetivo de política macroeconômica é o controle da inflação. Na maioria dos países sempre existe inflação, portanto, o ideal é mantê-la sobre controle e em níveis aceitáveis, isso porque o descontrole inflacionário pode trazer uma série de consequências para a economia. As principais consequências da inflação são: afeta a distribuição de renda; eleva a taxa de juros nominais; desconfigura a noção de preços relativos; reduzem os prazos das aplicações financeiras; aumentam a dívida do governo, entre outros que você pode encontrar pesquisando na internet. Podemos dizer que a inflação é o aumento contínuo e generalizado nos preços registrado por um índice de preços e que, se os preços sobem, compraremos cada vez menos com o dinheiro que temos em mãos.

 

QUESTÃO PARA REFLEXÃO

Mas, afinal, qual seria a origem da inflação?

 

[pic 2]Os estudos apontam para três fontes de inflação: os custos, a demanda e a inércia inflacionária. A Inflação de custos é um “processo inflacionário gerado (ou acelerado) pela elevação dos custos de produção, especialmente das taxas de juros, de câmbio, de salários ou dos preços das importações” (SANDRONI, 1999, p. 302). A Inflação de demanda: causada por excesso de procura pelos bens e serviços em relação à oferta disponível no mercado, isso ocorre devido a alguns fatores, tais como: aumento na renda, expansão do crédito e financiamento, redução das taxas de juros, expectativas otimistas por parte dos consumidores, aumento dos gastos públicos. A inflação inercial está associada aos mecanismos de indexação da economia, nas garantias legais de reajustar preços existentes na economia, ela se autoalimenta da inflação passada, por meio dos reajustes aplicados com base em algum índice de preços.

O terceiro objetivo de política macroeconômica é o equilíbrio das contas externas. Os países mantêm relações comerciais e financeiras, estas transações são registradas no balanço de pagamentos (BP). Podemos dizer que tanto superávits quanto deficit excessivos constituem-se em problemas para os países. Quando um país tem superávit no BP há um excesso de dólares que entram no país. Estes serão trocados por reais, aumentando a quantidade de moeda em circulação. Assim, ocorre a desvalorização do real frente ao dólar e, no momento seguinte, as importações podem reduzir. Quando um país tem deficit em suas contas externas, ele precisará de mais dólares para pagar as transações realizadas com o exterior. Se ele tiver reservas poderá recorrer a elas, caso contrário, terá que recorrer a fontes de financiamento internacional para conseguir os dólares que estão faltando. E isso pode limitar a capacidade de importação deste país. Assim, para minimizar os efeitos tanto do superávit quanto dos deficits sucessivos é muito importante buscar ter equilíbrio nas contas externas.

[pic 3]Por fim, o quarto objetivo de política econômica é a melhoria na distribuição de renda. Caso a renda de um país seja melhor distribuída, isso significa que seus cidadãos terão acesso a melhoria no padrão de vida. Assim, eles terão acesso aos benefícios gerados pelo esforço de seu trabalho. Numa economia com melhor distribuição de renda, os demais indicadores tendem a melhorar como, por exemplo: escolaridade, expectativa de vida, saúde, e crescimento econômico. Mas a melhoria na distribuição de renda depende de políticas voltadas para isso, bem como do fortalecimento das instituições do país.

Para atingir os objetivos de política macroeconômica, o governo dispõe dos instrumentos de política. Os mais conhecidos são a política fiscal, política monetária, política cambial e de comércio exterior e política de rendas.

Política Fiscal refere-se aos instrumentos de que o governo dispõe para formar sua receita e controlar suas despesas. Ela pode ser dividida em política tributária e política de gastos públicos. Quando o governo aumenta seus gastos na economia, sejam eles de custeio (despesas correntes) ou de investimento, ele está aplicando uma política fiscal expansionista, ao contrário, seria uma política contracionista. O objetivo que o governo pretende com sua política de gastos é que vai determinar se ela será expansionista ou contracionista.

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