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A República de Platão vs As Redes sociais.

Por:   •  21/11/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.880 Palavras (8 Páginas)  •  369 Visualizações

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A República de Platão vs As Redes sociais.

        A internet que antes era usada apenas como fonte de entretenimento, vem crescendo consideravelmente e estando cada vez mais presente na vida das pessoas, seja para se comunicarem, fazerem pesquisas ou até mesmo compras.

        Em uma era predominantemente tecnológica, é mais do que comum estarmos conectados a todo o momento, compartilhando ideias e informações com todos. A necessidade de expor a vida pessoal na internet tornou-se uma forma de entretenimento tanto para quem produz, quanto para quem consome. O mundo virtual contribuiu para que todos se conectassem com pessoas que tenham os mesmos interesses, gostos, ou até mesmo amigos distantes. Porem se não houver moderação no tempo que se passa navegando nessas plataformas, o uso torna-se nocivo às atividades rotineiras.

        Neste estudo teremos como essência os princípios da administração, publicidade e marketing a cerca da temática: redes sociais e os impactos que elas causam na vida do homem. Para melhor compreensão desse assunto, analisaremos o homem como uma empresa que necessita ser bem gerida para ter um ótimo desempenho. Assim como uma organização, o homem estabelece seus planos e metas para ter uma direção em sua vida. Os processos que levam aos tais fins não podem conter falhas. O tempo de cada ação deve ser bem aproveitado, pois, ele tem se tornado cada vez mais precioso.

         A utilização dessas plataformas em alguns casos, está associado ao estresse do cotidiano, servindo como uma forma de entretenimento, ou até procrastinação de alguma atividade seja na vida pessoal, acadêmica ou profissional. Porém, quando não há uma boa administração desse tempo de conexão com o mundo virtual, por vezes, os planos e metas que são estabelecidos acabam sendo prejudicados.

        Esta etapa do trabalho tem como objetivo analisar algumas particularidades do indivíduo no Instagram (uma rede social de produção e veiculação de imagens e vídeos, que vem sendo usada com exaustão pelos seus usuários), medindo a maneira em que as fotos recordam variados tipos de discursos que são comuns na sociedade contemporânea e imagética, permeada pelo culto ao belo, bem como a necessidade de ser visto admirado, curtido, compartilhado. Podemos avaliar isso através do perfil da blogueira baiana Gabriela Pugliesi famosa por divulgar no Instagram, aspectos da sua vida cotidiana, sempre alvejando o culto ao corpo e a exposição exacerbada do eu. Nota-se o sucesso da blogueira ao procurar pela sua hashtags #geraçãopugliesi, é vista 701.835 até o momento (11/2016). Nosso objeto empírico de análise posta vídeos com atividades realizadas na academia, e faz menção na legenda ao tipo de treino que foi executado, posta fotos rotineiras da sua alimentação e como foi preparada, na piscina exibindo o abdômen definido e divulgando a marca do biquíni, cenas íntimas com seu companheiro sempre focada no lado fitness e à celebrização do corpo. Podemos ver um lado narcisista no que diz respeito à excessiva importância que se dá ao corpo e garantir admiradores. Por outro lado, também se emprega o racionalismo. Bom, se hoje a blogueira Gabriela Pugliesi fosse abordada por Descartes sobre em que consiste sua mensagem de ser fitness baseado nas alimentações e exercícios sugeridos no Instagram, já que a mesma não é profissional na área de educação física ou nutricional, a mesma teria argumentos satisfatórios para o filósofo, já que não se baseia em sentidos e sim nos alimentos que tem seus benefícios cientificamente comprovados seja por proteínas, vitaminas, carboidratos, fibras, entre outros, assim como a atividade física que inclusive foi iniciada pela civilização grega. Os Espartanos tinham o compromisso de fortificar o corpo, preparando-o à guerra e a defesa da polis o que não é muito diferente dos dias atuais.

        Em consequência dessa exposição pública nas redes sociais, nota-se também o surgimento de aplicativos de relacionamentos virtuais, como o Tinder. Uma plataforma a qual usa informações do Facebook e localiza as pessoas geograficamente; Dando início construção de simulacros com o propósito de manter uma identidade “positiva”, que se mostre atraente para os demais usuários, possibilitando o maior número de interessados possível. O aplicativo mostra informações, como nome, profissão, idade e fotos; Uma que as obtém, sugere possíveis pretendentes que estejam relativamente próximos e possuam interesses em comum. A partir de então, o usuário pode buscar por perfis e quando dois usuários estão mutuamente interessados um pelo outro, são informados e podem começar uma conversa. Basta apenas deslizar os dedos sobre a tela do smartphone para ter a possibilidade de iniciar uma relação e descartá-la logo em seguida.

        Outra rede social de suma importância criada há 11 anos atrás por uma dupla de amigos Chad Hurley e Steve Chen onde a principal forma de interatividade é o compartilhamento de atividades através de vídeo, mais conhecida como YouTube. Hoje com mais de um bilhão de usuários, quase um terço de usuários da internet, se rendem a rede e movimentam milhões de visualizações. E com isso conseguem levantar rendas, muitos chegam a se estabelecer financeiramente, através da rede que é pago pelo próprio YouTube por cada visualização dos seus vídeos postados diariamente, dos mais variados temas e assuntos, como Felipe Neto e Kéfera ambos ficaram famosos e foram  os pioneiros no assunto, são donos de canais com um grande número de seguidores, e por consequência disso, conseguem atingir um publico considerável. Suas relevâncias na internet acabou chamando a atenção de grandes marcas, ao perceber que a rede seria também um meio eficiente de comunicação, apesar de no início, especialistas não apostavam que poderia ter resultados significativos através do YouTube. Os profissionais de mídias digitais, identificaram que os YouTubers tinha um forte poder de influência e passaram a utilizá-los como formadores de opiniões.

        Agora falaremos um pouco da era digital, aonde grandes marcas atuam fortemente, perceberam que anunciar no YouTube, traz resultados extraordinários. A partir do momento que foi notado que pessoas passaram a deixar de lado o velho costume de assistir televisão, essa mudança de hábito forçou as empresas a mudarem a sua estratégia de comunicação e ir atrás do seu público.

        Fundado em 2011 por dois alunos de stanford que desistiram de terminar o curso para se dedicar a criação do aplicativo, o Snapchat tem como objetivo criar um chat por imagens e vídeos monitorados a partir do tempo que a imagem fica exposta, visualização de prints tirados e contatos específicos que deseja, o snapchat virou o paradigma da privacidade, voltado para o publico jovem que foge da supervisão dos pais. Atualmente o aplicativo conta com 150 milhões de usuários ativos diariamente. Com a marca, a rede social ultrapassa o Twitter no número de pessoas que publicam ou visualizam conteúdo todos os dias. No Brasil, em um evento social, a cada 10 fotos tiradas 8 delas vão para o snapcha. A empresa, no entanto não divulga seus números oficialmente.

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