ANÁLISE TÉCNICA E CRITICA DO FILME CISNE NEGRO
Por: Stefan Mouzinho • 29/3/2018 • Trabalho acadêmico • 1.866 Palavras (8 Páginas) • 885 Visualizações
UNIVERSIDADE PAULISTA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO – ICSC
CURSO DE PROPAGANDA E MARKETING
Campus Santos
CRIAÇÃO E PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
PROF. DARIO FELIX
SANTOS
2015
LUCAS STEFAN MOUZINHO ALMEIDA - C046GI0
ANÁLISE TÉCNICA E CRITÍCA DO FILME
CISNE NEGRO
SANTOS
2015
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 04
2 ANÁLISE 05
2.1 Roteiro 05
2.2 Fotografia 05
2.3 Montagem/Edição 06
2.4 Trilha Sonora 07
2.5 Arte 07
1. INTRODUÇÃO
Nesta análise irei abordar alguns aspectos do filme, tais como Roteiro, Fotografia, Montagem/Edição, Trilha Sonora e Arte.
O filme escolhido para análise foi o Cisne Negro (Black Swan) – 2010, que tem como diretor Darren Aronofsky e é estrelado pela maravilhosa Natalie Portman que pela sua poderosa atuação, ganhou o Oscar e Globo de Ouro na categoria melhor atriz. Cisne Negro retrata a vida de Nina, uma bailarina dedicada porém contida, que sonha em ganhar um papel de destaque na companhia de balé, Nina sofre de alguns distúrbios psicológicos que vão se revelando com o desenrolar da trama.
Com uma mãe extremamente controladora, um diretor mais que exigente e a conquista do papel principal na apresentação de abertura da temporada, Nina luta contra seu lado mais obscuro em busca da tão sonhada perfeição que no caso leva nossa protagonista a verdadeira loucura.
2. ANÁLISE
2.1 Roteiro
Analisando o roteiro do filme temos um dialogo honesto e cotidiano, por se tratar de um filme sobre balé, não vemos a utilização massiva de termos técnicos da dança, mas também o roteiro não nos deixa sentir falta do mesmo. Focando mais na vida, visão e ações da protagonista e não nos elementos de dança, podemos dividir o roteiro do filme em duas partes: Cisne Branco e Cisne Negro.
A primeira parte, o Cisne Branco, foca mais no cotidiano da bailarina, nos apresentando a rotina de Nina e mostrando outros personagens que compõem a história. Esta primeira parte do roteiro nos faz criar apreço pela protagonista, nos mostrando sua dedicação pela dança e suas angustias em relação a si mesma. Podemos notar que o roteiro desde o inicio não se mostra arrastado ou massivo, sempre nos dando pistas do que está por vir e nos cativando tanto com o desenrolar da trama quanto a protagonista.
A segunda parte do roteiro, o Cisne Negro é a definição de tudo que vem acontecendo com a personagem durante a trama, é parte em que todas as peças se encaixam e nos fazem perceber a transição que a historia nos levou, sendo extremamente competente, nos mostrando a verdadeira obscuridade da personagem e nos fazendo questionamentos. Será que Nina sempre teve esse lado negro? Será que foi a exigência do seu diretor que a fez enlouquecer, ou a superproteção de sua mãe? Esta segunda parte começa quando Nina enfrenta sua mãe e sai com sua colega de companhia Lily, que por muitas vezes é vista por Nina como o cisne negro, a síntese da perfeição na dança e citada pelo seu diretor como “natural” e não forçada e contida como ele julga Nina.
Os roteiristas do filme conseguiram unir a obra do balé de Tchaikovsky com a trama, unindo os elementos do Lago do Cisne com a historia de Nina e sua loucura. Como roteiristas do filme Mark Heyman, Andres Heinz, John McLaughlin, que fizeram um trabalho excelente, contamo uma historia fluida, com diálogos sinceros e um desfecho impressionante e questionador.
- Fotografia
Aqui temos uma fotografia bela e intrigante, que nos leva a um aprofundamento da historia, nos fazendo mergulhar na trama. Como já citado, o roteiro divide a historia em duas partes e a fotografia nos faz inconscientemente mergulhar nisso. Quando tratamos da primeira metade do filme, vemos uma fotografia mais clara, ainda que no tom obscuro e intrigante da obra. Mesmo assim podemos notar um tom um pouco mais calmo e claro que no restante das cenas.
Nessa metade também conhecemos a rotina da personagem Nina e, é perceptível tons mais claros e modestos, a fotografia nessa metade nos mostra o sentimento de inferioridade e fragilidade que a personagem sente em relação as suas companheiras de companhia e seus mentores, isso pode ser visto nas primeiras cenas dentro do camarim, onde os takes são feitos sempre diminuindo Nina e quando a engrandece ela sempre está fora dos diálogos, mostrando uma aparência frágil.
A utilização de planos sequencia é sempre vista desde a primeira cena onde vemos a personagem dentro de um pesadelo, nos dando uma sensação de angustia, os planos de sequencia são bem utilizados em cenas solo da personagem, geralmente as que a mesma está caminhando, mesmo que calma, julgo que a utilização desse tipo plano seja para mostrar a angustia que a protagonista sente, já que a mesma apresenta no decorrer do filme um psicológico abalado.
Na segunda metade do filme podemos perceber uma fotografia mais obscura, optando por cortes mais rápidos entra as cenas, muita utilização de planos de sequencia, dando dinamismo no filme e angustiando o espectador, o negro é o tom, finalmente a personagem chega ao seu ápice.
Por se tratar de um filme sobre uma bailarina vemos a utilização de planos detalhe, focando os pés, olhos e expressões dos personagens. A utilização da luz é impressionante, nos passando naturalidade e diferenciação de ambientes e emoções. Quando Nina está sozinha, temos uma utilização mais clara de luz, já quando a personagem está sobre algum tipo de pressão, os jogos de câmera e de luz nos passam uma sensação obscura, como nas cenas em que a personagem está acompanhada pela mãe, ou é assediada pelo seu mentor, temos uma sensação acinzentada nas cenas, nos angustiando.
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