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Abertura da economia aos produtos estrangeiros

Artigo: Abertura da economia aos produtos estrangeiros. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  3/10/2014  •  Artigo  •  1.019 Palavras (5 Páginas)  •  446 Visualizações

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JORNAL A CRÍTICA

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Abertura da economia aos produtos estrangeiros obrigou antigos importadores a reinventar modelos de negócios (Foto: Arquivo/AC)

Até o fim dos anos 80, a capital do Amazonas era conhecida pela efervescência do comércio central da cidade por conta da braço comercial da Zona Franca. Empresários que vivenciaram o período relembram como o turismo comercial da época movimentava a cidade.

É o caso do presidente das lojas Drugstore, Ismael Bicharra Filho. Descendente de libaneses, o antigo funcionário da Varig decidiu há 25 anos investir no setor comercial, abriu uma pequena drogaria e perfumaria de artigos importados que foi instalada no Tropical Hotel Manaus.

O local, cuja ocupação chegava a ser superior a 100%, hospedava muitos turistas que chegavam a Manaus atraídos pelo baixo preço das mercadorias importadas, compradas tanto para consumo próprio, quanto para revenda em suas cidades de origem. Com os negócios em franca ascensão, a família Bicharra abriu a segunda loja na Rua Guilherme Moreira, no Centro.

Investir neste ramo, segundo Ismael Bicharra, foi uma alternativa ao comércio de eletrônicos que era o alvo principal dos compradores. Os negócios se expandiram com outras lojas em vários pontos da cidade.

Os empresários locais realizavam feiras em outros Estados para divulgar seus produtos. A oportunidade rendeu à Drugstore a chance de abrir franquias Brasil afora, comercializando marcas até então desconhecidas que ainda hoje são sucesso de público.

“De tudo nós importávamos. Trabalhávamos no marketing desses produtos que se tornaram muito conhecidos”, disse o empresário. Com tempo, a empresa precisou se reinventar. A abertura da economia trouxe consequências imediatas no comércio.

O Ministério da Saúde impôs restrições para controlar a entrada dos produtos estrangeiros. “Todos os medicamentos, perfumarias que trazíamos sem dificuldades tinham que ter tradução, etiqueta, inspeção de farmacêutico brasileiro, teste qualitativo. Ficou muito difícil o pequeno comerciante arcar com essas despesas extras”, disse o empresário.

Ramsons

No início da década de 80, o indiano Bhagwan Ramchand Mirpuri, chegou a Manaus para prestar serviço em uma empresa. A tradição comercial do oriental falou mais alto. Em 1985, o empresário viu em uma pequena estrutura na Rua Guilherme Moreira uma grande oportunidade para trabalhar com importação.

Montou sua primeira loja que trazia relógios e óculos de países como Estados Unidos, China e Índia. Nos cinco primeiros anos, começou a importar equipamentos eletrônicos e, mais tarde, bens de informática. À medida que os negócios cresciam, a Ramsons inaugurava na década de 90 mais quatro lojas no Centro. Bhagwan evita destaque na mídia.

E designou o gerente de novos negócios da rede, Marcelo Salum, para contar a história da empresa que hoje com 16 filiais em Manaus, se tornou uma grande rede varejista especializada em artigos eletrônicos e do lar.

O nome se originou da junção do sobrenome hindu Ramchand com a palavra inglesa "sons", que significa "filhos". Ou seja, "filhos de Ramchand". De acordo com Salum, a empresa tem planos de abrir mais seis lojas na cidade nos próximos cinco anos, além de expandi-las para outras regiões do País.

A Ramsons também possui uma importadora que revende seus produtos para lojas do interior do Amazonas e para estados como Roraima e Pará.

Adaptação aos novos tempos

A importação, que representava 100% dos negócios da Drugstore, hoje é apenas metade das operações da marca que está consolidada há 25 anos.

A abertura da economia permitiu a importação a partir de qualquer ponto do País, obrigando a importadora a se adaptar. Além das duas lojas no shopping Manauara e outra no Amazonas Shopping, há também uma revendedora de produtos para cabeleireiros profissionais.

A atividade principal da empresa dos Bicharra é voltada para uma distribuidora de produtos importados, que comercializa desde artigos para o lar, limpeza, higiene pessoal, perfumaria, cosméticos, entre outros.

Atualmente, além de comprar das empresas do Polo Industrial

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