As Logicas de Consumo
Por: Marilia Alves • 21/2/2021 • Dissertação • 942 Palavras (4 Páginas) • 231 Visualizações
Como as lógicas de consumo podem influenciar a sustentabilidade da sociedade brasileira?
O que o consumo tem haver com a sustentabilidade social? Talvez achemos que não muito, porém tem muito mais influência do que imaginamos.
Já se perguntou porque uma rápida ida ao shopping te traz tanta satisfação, ou porquê você perde a hora enquanto olha vitrines por lá? Pode não parecer, mas tudo foi planejado para nos sentirmos assim, a vontade o suficiente para consumir e talvez perder as "estribeiras" da sustentabilidade.
Agora você pode dizer que não fica extremamente satisfeito com um cheiro agradável que sente quando chega no shopping, ou uma lojinha simples e aromatizada. Isso porque sua parte racional lhe diz que uma coisa não tem nada haver com a outra. Mas seu lado irracional está fervilhando, pulando de alegria, pois ele achou a satisfação emocional.
Sabe o perfume daquele amor antigo que nunca saiu da sua mente ? Sim, nunca saiu, ele está aí guardado, e se sentir o mesmo aroma agora, seu cérebro irá transmitir milhões de estímulos, sensações e emoções diferentes ao seu corpo.
Se suas lembranças forem boas, você se sentirá à vontade, alegre e até emotivo. Caso tenham sido ruins, no mesmo instante seu cérebro emitirá emoções , sensações e desejos desagradáveis, e você vai desejar nunca ter sentido aquele aroma em sua vida.
Bom, isso tudo já sabíamos, mas no que isso pode influenciar a sustentabilidade social, por que uma emoção pode mudar sua decisão de compra em fração de segundos.
Um estudo desenvolvido por Martin Lindstrom, conseguiu rastrear o comportamento do cérebro humano enquanto ele recebia estímulos de marcas, sabores, aromas, etc. E nesse estudo se chegou à conclusão que tudo que nosso cérebro guardou sobre o que dá sentido à nossa "existência" pode nos fazer mudar de ideia na hora de uma compra.
No livro A teoria de consumo, as verdades e mentiras sobre por que compramos de Martin Lindstrom 2009 editora Nova Califórnia,deixa bem claro como tudo está interligado, isso porque o estudo, onde milhares de pessoas foram entrevistadas porém não do jeito tradicional que conhecemos, mas sim os cérebros foram entrevistados, por que nosso cérebro não mente!.
No estudo foram usados aparelhos de IRMF (Imagem por Ressonância Magnética funcional) e uma versão mais avançada do eletroencefalograma chamada TEE (Topografia de Estado Estável).Ambos aparelhos, mostraram como nosso cérebro reagia aos estímulos apresentados, se a imagem, propaganda, aroma e etc, fossem estímulos negativos para o "paciente" ondas eletromagnéticas eram vistas por esses aparelhos indicando áreas do cérebro que trazem o desconforto a nós, e se o estímulo era positivo outra área era ativada gerando a satisfação.
Assim foi possível identificar como nosso cérebro se comporta e como nós nos comportamos ao mesmo tempo. Por mais que confirmemos que gostamos de um determinado produto, se isso for mentira nosso cérebro emitirá a informação de que não gostamos daquilo. O que tornou mais fácil entender nosso comportamento consumista.
Estamos acostumados a responder a estímulos irracionais ao longo de nossas vidas, pois somos seres emotivos. Ex. Uma grande empresa de seguros de automóveis libera em rede nacional sua propaganda (o que não é nada de mais, pensamos). Porém ao começar o comercial somos levados ao desconforto de pensar que nossa, família, amigos e entes queridos estão correndo perigo, como mostra na propaganda.
Aquela empresa, bombardeou nosso cérebro, o que nos traz emoção, medo, angústia, entre outros sentimentos negativos, e que por consequência nos faz procurá-la para contratar os seus serviços, afinal, não queremos que nossa família corra risco algum.
Então, sabendo
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