As Teorias da Comunicação

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        Com o surgimento das comunidades em massa e o grande desenvolvimento os meios de comunicação, cientistas sociais iniciaram estudos que colocam em analise a relação entre a massa e a mídia.

        No período entre guerras, a mass midia teve grande influência sob a população. A propaganda, por exemplo, era considerada uma ferramenta política de grande poder em meio à sociedade.

        A partir de estudos, foram criadas as chamadas teorias da comunicação para tentar explicar os fenômenos relacionados a estes meios. As três primeiras teorias baseavam-se no comportamento dos indivíduos em relação à mídia.  Os conceitos da Teoria Hipodérmica foram desenvolvidos em 1930 na Escola Norte-Americana tendo como foco os efeitos que a mídia causava no individuo que era visto apenas como alvo, colocando-a como meio de manipulação. A teoria consistia na ideia de que a informação era injetada na mente das pessoas, como se fosse uma injeção - dai o termo Agulha Hipodérmica, e como o individuo era considerado na época, alguém isolado incapaz de filtrar qualquer informação, esta teoria afirmava que as informações tinham os mesmo efeitos em todo e qualquer individuo integrado à sociedade em massa.

        Este modelo de teoria passou apresentar falhas após o surgimento do Modelo de Lasswell então, logo após, surge uma nova teoria, a da Persuasão. Ela defende que a informação não é assimilada diretamente pelo individuo, pois este se interessa pelas informações que estejam inseridas no seu meio sócio-cultural.

        Já a Teoria dos Efeitos Limitados, baseada na teoria anteriormente citada, afirma que os indivíduos são capazes de filtrar as informações lançadas a eles, de acordo com o seu caráter sociológico, assim colocando-se contrária a ideia de que o efeito causado era o mesmo em todos. Põe a mídia como ferramenta persuasão, não de manipulação como exposto na primeira teoria. Dentre os conceitos expostos por esta teoria está o surgimento dos líderes de opinião, que ainda presentes em nosso cotidiano, são vistos como figuras bem informadas e por isso os indivíduos de um grupo depositam toda sua confiança nestes líderes. Porém hoje em dia, apesar do grande avanço dos meios de comunicação, muitas pessoas não tem acesso direto a informações e por isso infelizmente, estas figuras de credibilidade em meio a um grupo são capazes de influenciar os demais e muitas vezes influenciando-os a tomar alguma decisão que não os traga apenas consequências positivas.

        Acredito que entre as teorias desenvolvidas, esta seja a que melhor contribui para o entendimento sobre as mídias em nosso cotidiano, pois os aspectos abordados não priorizam apenas o comportamento dos indivíduos, mas sim abrangem a análise da função da mídia e qual a sua contribuição para manter o equilíbrio da sociedade. Era esta a chamada Teoria Funcionalista, que fez o foco do estudo mudar do comportamental para o estudo da ação social. Um exemplo para tentar entender melhor é: hoje em dia campanhas de vacinação são lançadas por meio de programas de televisão, após assisti-las, a população vai aos postos para tomar a vacina, mas não por ter sido manipulada, e sim porque de acordo com os seus valores sabe que aquele ato é algo importante para a sua saúde.

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