Comportamento do Consumidor em Relação à Economia

O comportamento do consumidor afeta diretamente o desempenho da economia das empresas, pois o cliente acaba sendo a ponte entre o produto ou serviço oferecido e o lucro a partir disso.

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) desde o ano de 2003 os brasileiros vêm aumentando seu poder de compra. Tal acontecimento foi possível por conta de ações governamentais como o Bolsa Família, ProUni e Fies, entre outros, que oferecem respectivamente ajuda de custo para famílias de baixa renda, bolsas de estudo em universidades e financiamento estudantil para que seja possível alcançar uma qualidade de vida melhor e mais oportunidades no mercado de trabalho. Além disso, o Brasil conseguiu diminuir a taxa de juros que facilitou o financiamento de imóveis e automóveis e fez com que compras parceladas passassem de quatro vezes sem juros, que antes não ocorria e pagava-se um valor muito maior do que o real pelo produto.

A taxa de Inflação durante esse período estava mais controlada, os investimentos no Brasil eram altos, grande parte da população estava empregada e a compra de produtos importados e viagens internacionais se tornaram mais frequentes.

A situação econômica reverteu-se drasticamente no ano de 2014 e vêm sendo arrastada até o atual momento. Pela falta de credibilidade na política brasileira os investidores retiraram suas finanças do país e isso fez com que o valor do dólar aumentasse, por isso as importações ficaram mais caras e o lucro dos empresários diminuiu. Os produtos começaram a serem repassados para o consumidor com valores maiores e sem aumento de salário a melhor forma de reverter a situação foi diminuir os gastos supérfluos e comprar apenas o útil e necessário. O resultado da atitude do consumidor causou a diminuição da demanda de vários produtos e as empresas para se mantiveram no mercado demitiram muitos de seus funcionários e cortaram gastos, outras não suportaram a queda nas vendas e faliram por falta de verba.

O cliente que ia á uma loja de roupas e levava três camisetas em uma só compra, agora procura levar uma só para economizar. É perceptível que antes com cem reais fazia-se uma compra razoável, com produtos básicos para passar o mês e hoje com a mesma quantia é possível levar apenas metade da quantidade anterior e com produtos de menor qualidade.

Por consequência da crise que estamos vivenciando atualmente, não há mais o consumo por impulso na mesma quantidade que havia antes, fazendo assim com que as empresas lucrem menos, ou então que pelo menos produzam produtos com maior vida útil. Ou seja, as pessoas estão comprando mais os produtos de longa durabilidade, do que os produtos basicamente descartáveis. Tendo em mente que pagar mais de uma vez por um produto ou serviço acaba sendo desperdício. Também podemos ver como a crise causou um impacto nos preços de produtos antes inelásticos (de necessidade básica) como os produtos alimentícios, por exemplo, deixando o valor deles muito maior. A alta dos preços tem como consequência o consumo mais pensado, deixando o “luxo” de lado.

Temos a publicidade e propaganda e o marketing como ferramentas de divulgação a fim de atrair cada vez mais pessoas que possuem uma alta porcentagem de chance de consumir o produto oferecido, e podemos definir como estratégia de venda qualquer uma das ferramentas por esses citados. Como por exemplo, podemos ser atraídos por uma embalagem mais moderna, por um comercial na TV que nos passou o desejo de consumir determinado produto, ou uma vitrine de loja que se destaca das outras; causando o impacto de consumo com ou sem necessidade.

As empresas e os vendedores fazem de tudo para tomar nossa atenção, tempo e dinheiro. Existem diversos tipos de consumidores, e diversos tipos de técnicas para se concluir uma venda com sucesso, mas para isso é preciso criatividade.

Com isso é necessário utilizar medidas para driblar a crise e manter-se no mercado. Os varejistas estão buscando expor mais seus produtos para que o cliente conheça, tenha contato para depois consumir, estão trocando o “não toque” pelo “pode pegar”. Outra tática é tornar o ambiente mais confortável, porém sem ostentações, utilizar produtos recicláveis, adesivos e cores chamativas também ajudam a atrair a atenção e tornar o ambiente o mais confortável possível para quem está passando por perto e nem tinha a intenção de comprar.

Para prospectar novos clientes é necessário ir mais longe. Com pouco dinheiro para investir é interessante apostar em publicidade mais eficaz e barata, para isso as redes sociais podem ser grandes aliadas dos varejistas, pois levarão ás compras novos clientes, com novos conceitos e diferentes poderes aquisitivos. Outra técnica é atrair o consumidor com mimos como degustações em porta de loja e dentro da loja também, colocar placas e etiquetas de promoções em torno da loja, atender em horários alternativos e oferecer produtos que surpreendam. Estar antenado com o que está acontecendo mundo a fora é de extrema importância para os negócios para mostrar ao cliente que a todo tempo a loja está interessada, no que ele gosta e quer. Com a onda de produtos “fitness” e naturais, é interessante para restaurantes oferecerem opções light, diet, integral, sem açúcar, sem glúten e sem corantes e conservantes entre outros, dessa forma será possível manter a clientela que mudou os hábitos rotineiros e atrair mais pessoas para o negócio.

E por que não ampliar o estoque da loja física e oferecer produtos também pela internet?! Quem compra pela internet procura analisar o produto em seu tempo, por muitas vezes sentir-se acanhado de olhar muitos produtos numa loja e acabar não levando nada. Além disso, os gastos nas vendas pela web são bem menores, até por que quem paga o frete é o próprio cliente e é uma nova forma de ele conhecer melhor a loja em que vai adquirir produtos.

Chamar novos clientes é o primeiro passo, depois é preciso fidelizá-los, é possível fazer isso criando, por exemplo, cartões-fidelidade para que quem os possua obtenha descontos ou oferecer