Comunicação de Crise e Risco
Por: Tonia Hosana • 8/11/2016 • Pesquisas Acadêmicas • 1.288 Palavras (6 Páginas) • 238 Visualizações
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- O risco à reputação apareceu como a mais significante ameaça ao negócio.
Risco à reputação: O futuro nos ganhos e no capital da empresa, em função de uma opinião negativa – crises são sérias ameaças à reputação organizacional. - Em caso de denúncias, deve-se explicar o problema e não defender a reputação da autoridade – a defesa da reputação da instituição não pode se confundir com a defesa de reputações ameaçadas de autoridades.
- Media training para área pública – recomendação é que se não há uma resposta para dar, melhor não polemizar com a mídia.
- TIPOS DE CRISES – as mais recorrentes:
Relações trabalhistas ou de pessoal: acidente de trabalho com mortes ou feridos graves; greves; passeatas e invasões; não pagamento de direitos trabalhistas; assédios de todo tipos (de raça; moral; sexual).
Catástrofes naturais: enchentes; deslizamentos de encostas; incêndios; seca; terremoto, tsunamis; rompimento de barragens; ressacas.
Segurança pública: violência urbana; acidentes com transportes públicos; greve da polícia ou de outras áreas da segurança; fuga ou revolta de presos; corrupção policial; falta de fiscalização em eventos públicos: shows, competições esportivas.
Imagem: sério dano de imagem ou reputação da organização pública ou privada; problemas de identidade corporativa.
Tecnologia: invasão do site ou dos sistemas; queda do sistema; vazamento de dados sigilosos, que também incluem os de clientes ou fornecedores; grampos irregulares; falhas no armazenamento de dados.
Serviços públicos: apagão elétrico ou desabastecimento de água; falha na coleta de lixo; falta de controle no trânsito ou da segurança; falta de obras de saneamento; caos na saúde; fraudes em concursos públicos. - Identidade: Reflete e projeta a real personalidade da organização; É a manifestação tangível , o autorretrato da organização ou a soma total de seus atributos, sua comunicação, suas expressões; É o que a organização é, faz e diz. Seu dia-a-dia e ação interna.
A identidade consiste no que a organização É: Sua estrutura institucional fundadora; Seu estatuto legal; O histórico de seu desenvolvimento/trajetória; Seus diretores, seu local, patrimônio, capital e filiais.
A identidade consiste no que a organização FAZ: Métodos e técnicas usados para produção; Linhas de produtos e/ou serviços e estruturas de preço. Esses parâmetros correspondem à face racional da identidade. Mas há também a face subjetiva – a que emerge dos públicos e da interpretação destes sobre o que ela faz e é. Ou seja, o que os públicos acham e dizem.
Não podemos esquecer de todos os elementos visuais (nomes, logos, marca expressam a personalidade da organização). - Imagem e identidade devem estar em conjunto. Ex.: Empresa que prega a diversidade, mas só trabalha com louras no receptivo.
- Prevenção: É importante pois tudo começa nela. É parte integrante da gestão de crises – não é uma fase isolada do processo (prevenção, preparação, desenvolvimento do fato negativo, resposta à crise (comunicação) e recuperação pós-crise). Gerir uma crise é mapear os risco. Ex.: de comunicação de crises-> zika.
- Plano de contingências das organizações (gestão de risco): não apenas ações preventivas, mas treinamento da equipe de crise e dos empregados para situações de emergência.
- Se não existe plano preventivo, pelo menos que sejam mapeados os principais fatos negativos que acontecem ou podem acontecer (por mais surpreendentes que pareçam). É melhor investir nessa preparação, porque as pesquisas mostram que as organizações ou governos com gerenciamento de risco superam melhor os momentos difíceis.
- Jamais pode faltar nas crises: comando, treinamento e coordenação das ações.
- Prevenção não é um gasto inútil. Pelo contrário, representa investimento. O planejamento prévio pode ser a diferença entre o lucro e o prejuízo de uma organização, especialmente na hora da crise. Prevenir uma crise é responsabilidade social com seus públicos.
O plano de prevenção não pode ser de conhecimento somente da alta cúpula – a divulgação entre os empregados, terceirizados ou fornecedores deve ser periódica. Soma-se a tudo isso a necessidade da empresa ouvir empregados – isso é capital informacional. - Fala de crise é falar de ameaça – gerenciar risco é reduzir o nível de ameaça.
- O processo de gestão de crise começa com a gestão de risco – “vigilância constante para evitar o pior.
- Riscos (ameaças potenciais): acidentes, fraudes e roubos, incêndios, vazamentos com poluição – qualquer agressão ao meio ambiente. Não podemos esquecer de ameaças à marca decorrentes de escândalos, mau comportamento de dirigentes, empregados ou questões judiciais.
- Compliance com a legislação e regulamentos internos. Departamento que visa fiscalizar se a empresa está de acordo com a legislação e regulamentos interno. Estar absolutamente em linha com as normas. Estar absolutamente em linhas com normas, controles externos e internos, além de todas as políticas e diretrizes estabelecidas para o seu negócio. É a atividade de assegurar que a empresa está cumprindo à risca todas as imposições dos órgãos de regulamentação, dentro de todos os padrões exigidos de seu segmento. E isso vale para as esferas trabalhista, fiscal, contábil, financeira, ambiental, jurídica, previdenciária, ética etc.
- “Accountability é pegar a responsabilidade para si, é uma virtude moral, pensamento de dono. Cuidar da empresa como se fosse dono. Sentimento de pertencimento.
- Comunicação de risco – direcionada para suprir o público com as informações necessárias para tomar decisões sobre riscos de saúde, segurança e meio ambiente, entre outros – obrigação das organizações e dos governos. A comunicação de risco insere-se no processo de gestão de crise, mas ela precede a ocorrência de crises.
- Plano de contingência (planejamento de riscos) – plano com ações preventivas cujo objetivo é controlar uma situação de emergência e minimizar as consequências negativas para a organização – desenvolvido como o intuito de treinar, organizar, orientar e facilitar as ações necessárias às respostas de controle e combate às ocorrências anormais.
- Plano de crise – aponta como a crise deve ser gerenciada quando efetivamente instalada – definir o papel e as responsabilidades de cada membro board da organização e da equipe de crise. Se complementa com o plano de comunicação de crise.
- Elementos básicos considerados decisivos para uma boa gestão do evento negativo:
plano simples e flexível;
necessidade de liderança;
porta-voz preparado;
estabelecer relação com os stakeholders;
timing da resposta; - Plano de comunicação (prioritariamente a comunicação interna e a relação com a mídia). Deve contemplar as ações necessárias para informar a opinião pública e tentar reduzir o impacto negativo.
- Comunicação de crise – ato de processar as informações sobre um evento negativo para os stakeholders: empregados, mídia, clientes, acionistas, fornecedores etc. – criação de uma versão para circular no mercado.
- O que contempla, em linhas gerais, um plano de comunicação de crise?
escolha da equipe de comunicação de crise;
plano de comunicação interna;
a estratégia de mídia;
lista de potenciais fragilidades da organização e como lidar com elas em relação aos stakeholders;
informações atualizadas sobre a organização e seus programas de negócio. - Uma primeira alternativa é enviar um comunicado à imprensa contemplando os aspectos básicos da crise – deve demonstrar preocupação por qualquer vítima envolvida ou danos causados. As informações confirmadas sobre a crise devem ser passadas nos primeiros momentos, até para aliviar a ansiedade dos stakeholders.
O erro é o silêncio, a falta de qualquer informação. - A equipe de comunicação de crise deve distribuir comunicados internos que mostram o que o empregado deve fazer se procurado pela mídia, como recomendar que repórteres entrem em contato com o porta-voz oficial.
- Os empregados precisam conhecer o plano de comunicação de crise, pelo menos aqueles diretamente envolvidos com o comitê de crise.
O plano de comunicação de crise deve ser atualizado periodicamente. - Timing das informações – administração de crises não bate com burocracia, lentidão e indefinição.
- A resposta precisa ocorrer nos primeiros momentos do evento – recomendação: os primeiros comunicados devem ocorrer de 15 a 30m – porque a opinião pública se forma nos primeiros momentos – Golden hour, antes de completar um hora da ocorrência do evento. Se a organização não assumir o controle dessa informação, outras explicações circularão e essas versões podem ser definitivas.
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