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Desenvolvimento Economico Países Do BRICS

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Por:   •  5/11/2014  •  9.050 Palavras (37 Páginas)  •  4.932 Visualizações

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Desafio: Elaborar artigo científico com objetivo de estudar e comparar o desenvolvimento econômico dos países do Agrupamento BRICS e explorar conceitos e índices Econômicos: PIB, Índice Gini & Curva de Lorenz e Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

Introdução: Este trabalho visa contribuir ao desenvolvimento dos agentes da área social e a estudiosos, possibilitando acesso a cenários e conhecimentos relativos a teorias econômicas e pontos de vista de renomados autores nacionais e internacionais; bem como relacionar o desenvolvimento econômico dos países do Agrupamento BRICS - Brasil-Rússia-Índia-China-África do Sul e avaliar sua influência na economia mundial, através de estudos e análises de conceitos, de definições e objetivos, em consonância às contribuições de críticos e autores das mais variadas correntes de pensamentos econômicos-sociais da atualidade, vislumbrando compreensão de teorias, interpretação de textos técnicos, análises, articulações, evoluções de indicadores e índices econômicos e agregando contribuição ao enriquecimento, qualificação e aperfeiçoamento profissional, perante os desafios propostos junto ao mercado de trabalho.

BRICS:

BRICs, é uma designação do economista-chefe da Goldman Sachs, Jim O’Neil, que em 2001 utilizou as iniciais de 4 países considerados emergentes, afirmando possuírem potencial econômico parecidos e “superariam as grandes potências mundiais em 50 anos”. O que seria uma simples classificação utilizada para enfatizar a importância dos quatro países emergentes, com características econômicas em comum, em 2006 passou a ser um mecanismo internacional, pois Brasil, Rússia, Índia e China decidiram dar um caráter diplomático a essa expressão na 61º Assembléia Geral das Nações Unidas, propiciando uma aproximação que culminou em ações econômicas coletivas por parte desses países. Após 2011, a África do Sul também passou a incorporar o BRIC, que passou então a se chamar BRICS, desde então.

Apesar do grupo ainda não ser um bloco econômico ou associação de comércio formal, como a União Européia, existem fortes indicadores de que os países do BRICS têm procurado formar um clube político ou uma "aliança", e assim converter seu crescente poder econômico em uma maior influência geopolítica. Desde 2009, seus líderes realizam encontros anuais.

Caracterização: emergentes, aceitáveis índices de crescimento econômico, parecidas situações econômicas e permanente busca de mercados junto ao cenário político e econômico.

REPRESENTAVIDADE GLOBAL Os países dos BRICS se complementam em termos de suas economias e padrões de negociação. O Brasil tem minério de ferro, a Rússia é rica em recursos energéticos, como petróleo e gás natural. A Índia possui indústria de serviços muito desenvolvida principalmente em software. A China é forte em produção. A inter-dependência entre os membros está crescendo assim como suas economias se desenvolvem. A busca por uma maior cooperação no cenário político internacional reflete o crescimento que estes países obtiveram nos últimos anos, especialmente no âmbito econômico. De acordo com dados do Banco Mundial, em 1990 os países do BRIC representavam 8% Produto Interno Bruto (PIB) mundial e em 2006 representavam 12% da economia global. O comércio internacional é uma das dimensões na qual a importância dos BRIC aumentou visivelmente. No mesmo intervalo de tempo, o peso destes países no comércio mundial passou de 3,9% para 10,6%, excetuando-se deste total a Rússia, cujos dados de 1990 não estão disponíveis. O melhor desempenho econômico entre os países do BRICS na última década foi da China, depois a Índia e a Rússia. O comportamento econômico desses países tem sido muito variável no decorrer dos anos, as taxas médias de crescimento do PIB nestes países entre os anos de 1980-2004, mostram que o Brasil tem tido um desempenho irregular, bem abaixo de seu potencial. A Índia vem crescendo significativamente e de forma mais regular. Por outro lado, a China tem se mantido como a economia que mais cresce. A Rússia vem se recuperando depois da crise sofrida nos anos 90 e a África do Sul com pequena melhora em seu desempenho econômico, mas também abaixo de seu potencial. Quanto às exportações e importações os países aumentaram seus volumes, assim como a participação no PIB nas últimas décadas. O Brasil é um dos maiores exportadores de commodities agrícolas e metálicas do planeta e para a China são intensamente concentradas em produtos como a soja e o minério de ferro. A Rússia é um dos maiores exportadores de petróleo e de gás natural. A Índia é a maior exportadora de software e serviços de programação do mundo. A China é o país com o maior crescimento econômico dos últimos 25 anos no mundo. Com o anúncio do crescimento de 7,5% do PIB brasileiro em 2010, o famoso ‘Pibão’, o Brasil passa a ser a quinta maior economia do mundo, tendo passado a França e a Grã-Bretanha. Esse anúncio foi feito somente alguns meses depois da China ter passado o Japão como a segunda maior economia do mundo. O resultado é que dos cinco países com as maiores economias do mundo, dois são considerados emergentes e estão no BRICS. Isto significa que o G7 está fadado aos livros de história. O G20, grupo que conta com 85% do PIB, 80% do comércio e 2/3 da população mundial é o grupo que define a economia global. Com o crescimento do grupo, cresce a divergência de interesses limitando a capacidade de serem tomadas decisões rápidas e de impacto, característica do antigo G7.

Atualmente o BRICS é representa:

a) 21% do PIB mundial e formam o grupo de países que mais cresce no mundo;

b) 42% da população mundial;

c) 45% da força de trabalho e o maior poder de consumo do mundo.

Destacam-se também pela abundância de suas riquezas nacionais e as condições favoráveis que atualmente apresentam para explorá-las que desafiam a ordem econômica internacional.

Em 27 de Março de 2013, por ocasião da V Cúpula do BRICS, os países do eixo tomaram algumas medidas, que desagradaram profundamente os EUA e a Inglaterra:

a) Criação de um Banco Internacional do grupo, decisão a ser oficializada; visa fomentar e garantir o desenvolvimento da economia dos países-membros;

b) Criação de um contingente de reserva no valor de 100 bilhões de dólares; visa garantir a estabilidade econômica dos 5 países-membros;

Com essas decisões é possível avaliar quanto a aproximação que o grupo pretende aplicar e sua importância econômica e política, vislumbrando um futuro promissor, que com certeza exercerá forte concorrência e grande rivalidade do BRICS aos EUA e à União Européia.

Características comuns destes países:

- Economia estabilizada em franco desenvolvimento;

- Situação política praticamente estável;

- Mão-de-obra em abundância e em processo de qualificação;

- Níveis de produção e exportação em crescimento constante;

- Grandes reservas de recursos minerais;

- Forte investimento em setores de infra-estrutura (estradas, ferrovias, portos, aeroportos, usinas hidrelétricas, etc);

- PIB (Produto Interno Bruto) em crescimento;

- Índices sociais em processo de melhorias que diminuição das desigualdades;

- Inclusão digital, com franco acesso populacional aos sistemas de comunicação;

- Excelentes índices de IDE (investimento direto estrangeiro) – Mercados de Capital;

BRICS – Principais informações, tendências e índices:

PIB: Entre 2000 e 2010 a participação do BRICS no PIB mundial cresceu de 8,4% para 18%; acréscimo de 114%, China cresceu 160%, Brasil 135% e Rússia 92%, enquanto a economia mundial cresceu 61%.

Investimentos: Entre 2005 e 2010 a participação do BRICS no volume de investimentos mundial dobrou e chegou a 29,4%, crescendo 170% (China cresceu 202%), enquanto a CEI aumentou 100%, no mundo 40%, e nos países desenvolvidos esse índice cresceu apenas 5%.

BRICS - PIB (Produto Interno Bruto):

0 Produto Interno Bruto (PIB) representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região (países, estados ou cidades) durante um determinado período (mês, trimestre, ano, etc). O PIB é um dos indicadores mais utilizados na macroeconomia, pois objetiva mensurar a atividade econômica da região, considerando-se apenas bens e serviços finais, exceto bens de consumo intermediários, insumos de produção (matérias-primas, mão-de-obra, impostos e energia), evitando o vício da dupla contagem aos valores gerados na cadeia de produção. Expresso em valores monetários (no Brasil em Reais), trata-se de um importante indicador da economia, determinando o crescimento econômico.

Fórmula de cálculo: PIB = C+I+G+X-M.

Sendo: C (consumo privado), I (Investimentos), G (Gastos do governo), X (Exportações) e M (Importações).

O PIB per capita (por pessoa), renda per capita, é calculado pelo cálculo do PIB dividido pelo número de habitantes de uma determinada região (países, estados ou cidades).

AS 15 MAIORES ECONOMIAS DO MUNDO - PIB 2012: US$ trilhões

1. Estados Unidos 16,245 9. Itália 2,013

10. Índia 1,875

11. Canadá 1,821

12. Austrália 1,564

13. Espanha 1,322

14. México 1,184

15. Coreia do Sul 1,130

2. China 8,358

3. Japão 5,960

4. Alemanha 3,426

5. França 2,611

6. Reino Unido 2,472

7. Brasil 2,254

8. Rússia 2,030

Fonte: http://pt.kushnirs.org/macroeconomia/gdp/gdp Obs.:

Entre as

10 maiores economias

do mundo,

em 2012,

constam

4 países

do BRICS.

PIB: Tabela com dados PIB dos países do BRICS em ordem alfabética:

BRICS PIB - 2006 – 2012

Fonte: IBGE - PNUD - BANCO MUNDIAL - US$ trilhões

PAÍS área km² 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

África do Sul 1.221.037 0,286 0,284 0,273 0,284 0,363 0,402 0,384

Brasil 8.515.767 1,089 1,367 1,654 1,620 2,143 2,477 2,254

China 9.536.499 2,793 3,504 4,547 5,105 5,950 7,314 8,358

Índia 3.287.782 0,948 1,206 1,294 1,338 1,705 1,923 1,875

Russia 17.075.400 0,990 1,300 1,661 1,223 1,525 1,899 2,030

Fonte: http://pt.kushnirs.org/macroeconomia/gdp/gdp

BRICS - PIB per cápita - (Produto Interno Bruto por cidadão):

O PIB per capita (por pessoa), renda per capita, pelo cálculo do PIB dividido pelo número de habitantes desta região. O Brasil possui atualmente forte e sólida economia: grande produtor e exportador de mercadorias de multimercados, commodities agrícolas e manufaturados, em franco e emergente desenvolvimento, ocupando o 7º lugar no ranking das maiores economias do mundo (dados de 2011), inserido no processo de globalização.

PIB (percapita): Tabela com dados PIB percápita, do BRICS ordem alfabética:

BRICS PIB PER CÁPITA - 2006 - 2012

população Fonte: IBGE - PNUD - BANCO MUNDIAL - US$ trilhões

PAÍS milhões/2011 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

África do Sul 50,43 5335 5766 5431 5581 7055 7738 7330

Brasil 199,1 5788 7195 8625 8372 10978 12578 11346

China 1336,7 2106 2626 3386 3778 4376 5345 6069

Índia 1210,0 829 1040 1102 1124 1414 1575 1516

Russia 142,9 6889 9050 11561 8511 10618 13239 14179

Fonte: http://pt.kushnirs.org/macroeconomia/gdp/gdp

BRICS – Estudos dos países - Brasil:

Evolução % do PIB do Brasil nos últimos anos:

Economia Brasileira:

Produtos Agrícolas: algodão, arroz, café, cana-de-açúcar, laranja, soja.

Pecuária: Bovinos, Eqüinos, Caprinos, Asinino, Bubalino, Suínos, Ovinos, Aves, Coelhos.

Mineração: bauxita, ferro, manganês, ouro e petróleo.

Indústria: de transformação, de bens de consumo e bens duráveis.

Conforme o IBGE, o PIB brasileiro de 2012, atingiu R$ 4, 403 trilhões (US$ 2,223 trilhões), sendo R$ 22.400, per capita, com crescimento de 0,9% em relação ao ano anterior; apesar de um desenvolvimento inexpressivo, abaixo dos 2,7% de 2011, é importante considerar que houve crescimento, tendo em vista que vários países da Europa não o conseguiram; graças ao setor de serviços, responsável pela alta de 1,7%. A agricultura registrou queda de 2,3% e a indústria registrou queda de 0,8%. Cabe salientar ainda que o PIB de 2012 apresentou o pior resultado desde 2009 (auge da crise econômica mundial), quando apresentou queda de 0,3%.

A grande extensão territorial do Brasil proporciona possibilidades para a execução de várias atividades econômicas. Além da existência de riquezas minerais, a sua grande extensão territorial pode ser destinada à atividade agropecuária. O Brasil é um país que apresenta economia sólida, exportador de uma grande variedade de produtos, fortalecendo a economia. As atividades de agropecuária, indústria e serviços contribuem para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto); que em 2008, apresentou crescimento de 5,1% em relação à produção de 2007, a quantia totalizada foi de R$ 2,889 trilhões.

As exportações atingiram em 2008 a quantia de US$ 197,9 bilhões, e as importações US$ 173,2 bilhões, o saldo da balança comercial (diferença entre exportação e importação) foi de US$ 24,7 bilhões, ou seja, o país exportou mais que importou. Principais produtos exportados: ferro, aço, soja e derivados, automóveis, cana-de-açúcar, aviões, café, carne bovina e de frango. Principais produtos importados: petróleo bruto, produtos eletrônicos, automóveis e peças, medicamentos, óleos combustíveis, gás natural e motores para aviação.

Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, forma o bloco econômico denominado MERCOSUL (Mercado Comum do Sul). Além desse bloco econômico, o Brasil também integra a OMC (Organização Mundial de Comércio), além do BRINCS.

O Brasil há cerca de quatro décadas tem desenvolvido parcerias com outros países, refletindo em benefícios importantes para setores como transportes, energia, mineração, meio ambiente, agricultura, educação e saúde. Esses projetos têm permitido construir instituições sólidas e aptas a desempenhar funções a nível superior de excelência. Essas cooperações internacionais possibilitam acesso mais ágil a tecnologias, conhecimentos, informações e capacitação. São instrumentos de cooperação capazes de produzir impactos positivos sobre populações, alterar e elevar níveis de vida, modificar realidades, promover o crescimento sustentável e contribuir para o desenvolvimento social. No decorrer dos últimos anos, o Brasil tem apresentado um índice de crescimento menor que os demais países, apesar do reconhecimento de sua expansão no mercado interno, e a melhora dos seus indicadores sociais e sua infra-estrutura.

BRICS – Estudos dos países - Rússia:

Economia Russa:

Produtos Agrícolas: batata, trigo, cevada, outros cereais.

Pecuária: suínos, bovinos, ovinos, aves

Mineração: cobre, minério de ferro, níquel, turfa, alumínio, carvão, gás natural e petróleo.

Indústria: alimentícia, máquinas, siderúrgica (ferro/aço), equipamentos de transporte, química.

Quase duas décadas após o colapso da União Soviética, em 1991, a Rússia ainda se esforça na tentativa de estabelecer uma economia de mercado moderna e manter crescimento econômico acelerado. Ao longo da década 2000, a economia russa registrou taxas de crescimento acima de 7% em 2000 (10%), 2001, 2002, 2003, 2004 e 2007 (8,1%). Em 2008, cresceu 6% e foi a 9ª economia mundial. Esta recuperação junto a um renovado esforço governamental em 2000 e 2001 para fazer avançar as reformas estruturais do setor tributário e trabalhista, aumentou a confiança das empresas e dos investidores. Mas, ainda depende fortemente de exportações de matérias-primas: petróleo (5,15 milhões de barris/dia), gás natural (157,2 bilhões de metros cúbicos/dia), metais e madeira; que correspondem a mais de 80% das exportações russas, alavancou a procura interna e apesar de fortes disparidades na distribuição de renda, cresceu cerca de 12% ao ano entre 2000 e 2004 e reduziu a dívida externa de 90% para 31% do PIB.

Fortes exportações de petróleo bruto também permitiram ao governo russo aumentar reservas internacionais em 168 bilhões de dólares - de 12 bilhões para 180 bilhões - reduzindo a sua vulnerabilidade perante crises externas e ao humor de investidores externos.

Com a maior extensão territorial do mundo, 17.075.400 Km2, faz parte de dois continentes, o Leste Europeu e Norte da Ásia e a população de 140,8 milhões de habitantes gera a densidade demográfica de 8,2 habit./Km²; a maioria da população, 78%, reside na parte européia, formada por 21 Repúblicas com varias etnias e a república mais importante é a Rússia.

Recentemente tornou-se referência em noticiários, com respeito a crescimento econômico, caminhando a tornar-se, uma das maiores economias do mundo. Oriunda da dissolução da URSS deixou de ser socialista por completo, beneficiando-se em aproveitar as aberturas provocadas pela globalização do capitalismo, ao dispor de altas taxas de produtividade com baixos custos, principalmente de mão de obra, através de baixíssimas taxas de encargos e benefícios, tornando seus produtos muito bem aceitos e competitivos para comercialização no mundo todo. Fortaleceu de tal maneira a sua economia, que consegue exportar atualmente, 25% do petróleo e derivados consumidos pela União Européia. Possui como grande destaque, o sistema educacional, herdado ante o socialismo, acessível a todos, com índice de analfabetismo, considerado um dos melhores do mundo, na ordem de 6%, embora o país esteja se deparando com um sério déficit na área da saúde pública, principalmente por falta de investimentos; a saúde pública hoje possui um atendimento precário e ineficiente, profissionais insuficientes, forte demanda de serviços, extrema população de idosos, atributos agravados por flutuações climáticas severas, onde os casos de doenças relacionadas ao frio se tornam permanentes.

BRICS – Estudos dos países - Índia:

Economia Indiana:

Produtos Agrícolas: algodão em pluma, arroz, chá, castanha de caju, juta, café, cana-de-açúcar, legumes e verduras, trigo, especiarias, feijão.

Pecuária: bovinos, ovinos, caprinos, suínos, eqüinos, camelos, búfalos, aves.

Mineração: minério de ferro, diamante, carvão, asfalto natural, cromita. O principal produto de mineração é o minério de ferro.

Indústria: alimentícia, siderúrgica (ferro e aço), têxtil, química e medicamentos.

A economia da Índia é a 10º maior economia do mundo. O PIB em 2007, chegou à casa dos U$800 bilhões, com um crescimento de 9% em relação ao ano anterior. A economia indiana é a 2ª que mais cresce no mundo. Contudo, a desigualdade social no país, ao invés de diminuir, aumenta cada vez mais. O PIB per capita em 2007, foi de U$2,700. A taxa de inflação foi de 5,9% ao ano em 2007. O principal responsável pelo crescimento econômico na Índia é o setor de serviços, embora seja o setor agrícola o responsável por 3 em cada 5 empregos no país. Contudo, o índice de desemprego na Índia foi de 7,2% em 2007.

O setor industrial na Índia está cada vez mais diversificado. As áreas que mais se desenvolvem: aço, equipamentos e máquinas, cimento, alumínio, fertilizantes, têxteis, juta, biotecnologia, produtos químicos, softwares e medicamentos. A economia da Índia passou a crescer após as reformas econômicas que ocorreram em 1991. Desde então, os níveis de pobreza, desnutrição e o analfabetismo históricos no país, estão diminuindo lentamente, embora permaneçam muito altos.

Apesar do grande desenvolvimento econômico da Índia nos últimos anos, o governo continua gastando mais do que arrecada, o que aumenta a dívida externa do país. Além disso, o rápido crescimento da população resulta em maior necessidade de investimentos sociais, ambientais e econômicos por parte do governo.

A Índia já pode ser considerada uma potência em sua região e é apontada como capaz de se tornar uma das grandes potências mundiais do século XXI.

BRICS – Estudos dos países - China:

Economia Chinesa:

Produtos Agrícolas: arroz, batata-doce, trigo, milho, soja, cana-de-açúcar, tabaco, algodão em pluma, batata, juta, legumes e verduras. A agricultura e silvicultura são responsáveis por 1/4 do PIB; rica em arroz, cultura desenvolvida ao longo de uma complexa rede de diques às margens do Rio Amarelo.

Pecuária: eqüinos, bovinos, búfalos, camelos, suínos, ovinos, caprinos, aves

Mineração: carvão, petróleo, chumbo, minério de ferro, enxofre, zinco, bauxita, asfalto natural, estanho, fosforito.

Indústria: têxtil (algodão, materiais de construção (cimento), siderúrgica (aço), eletrônicos.

A China, o quarto maior país do mundo em extensão, após Rússia, Canadá e Estados Unidos e o mais populoso do mundo, com 1,336,7 bilhão hab. em 2012, com IDH de 0,699, o 101ª no ranking, cada vez mais atuando no mundo: um dos mercados mais emergentes da economia global, mantém-se como a principal área de crescimento do mundo em desenvolvimento, crescendo a taxas de 10% ao ano, mais de uma década; surpreende em ter realizado a reforma de suas estruturas, escapando da crise que se abateu sobre os países socialistas e projetando-se como um novo e gigantesco parceiro global, a caminho do mundo industrializado e em franco desenvolvimento; constitui a quarta parte da humanidade, fascina tanto quanto estimula a imaginação e o interesse de todo o mundo. Alguns teóricos importantes estimam que dentro de 20 anos, a China tornar-se-á um pólo de poder mundial, devido principalmente ao seu gigantismo populacional, extensão continental e seu povo, com características peculiares da mais rica tradição histórica e cultural, acumulada pela humanidade através de uma evolução civilizacional “multimilenar”, que surge, no século XXI, com o mesmo ímpeto renovador com que no começo de tudo, transformou uma confederação de reinos em um vasto império.

BRICS – Estudos dos países – África do Sul:

Economia Sul Africana:

Produtos Agrícolas: milho, cana-de-açúcar, uva, laranja e outras frutas.

Pecuária: bovinos, aves, caprinos e ovinos.

Mineração: carvão, minério de ferro, petróleo, ouro e diamante.

Indústria: química, petroquímica, carvão,alimentícia, equipamentos de transporte, siderúrgica,

máquinas, equipamentos agrícolas e metalúrgica.

A África é o continente mais pobre do mundo. Cerca de 1/3 dos habitantes da África vivem com menos de 1 dólar ao dia, abaixo do nível da pobreza definido pelo Banco Mundial. O avanço de epidemias, o agravamento da miséria e os conflitos armados levam esta região a um verdadeiro caos. Além disso, quase 2/3 dos portadores do vírus HIV do planeta vivem neste continente. O atraso econômico e a ausência de uma sociedade de consumo em larga escala, colocam o mercado africano em segundo plano no mundo globalizado. O PIB total da África é de apenas 1% do PIB mundial e o continente participa de apenas 2% das transações comerciais que acontecem no mundo. Porém, a África do Sul é um dos maiores produtores de ouro e diamantes e durante muito tempo foi associada ao regime do Apartheid, segregação entre brancos e negros; com o fim do Apartheid em 1994 e através da eleição democrática do primeiro presidente negro, Nelson Mandela, o país libertou-se das sanções econômicas da ONU e alavancou o turismo como setor importante da economia, mas ainda existem grandes diferenças entre a população oriunda da Europa mais rica e a população africana mais pobre. O país é o 45º no ranking de competitividade do Fórum Econômico Mundial, com forte base agrícola, sendo o elemento-base de subsistência da população o milho. O clima temperado e a grande superfície de terras férteis permitem abundantes culturas e colheitas.

BRICS: Análise Econômica:

Rússia, Índia e China são superpotências militares, ao contrário do Brasil, que não entrou na corrida armamentista. Mas, o Brasil é um país exportador de produtos agropecuários, como soja, carne bovina e cana-de-açúcar, além de produzir combustíveis renováveis, entre os quais álcool e biodiesel. Fornece ainda matérias-primas essenciais aos países em desenvolvimento, como petróleo, aço e alumínio, e tem reservas naturais de água, fauna e flora.

A Rússia é importante fornecedora de hidrocarbonetos e também teria, segundo o estudo do Goldman Sachs, papel importante na exportação de mão de obra altamente qualificada e tecnologia de ponta. Já a Índia tem a maior média de crescimento entre os BRICS, devendo ficar atrás somente da China, e investe na profissionalização de sua população, com tradição nas ciências exatas. O estudo prevê que a China será a maior economia mundial em 2050, tendo como base seu acelerado crescimento econômico, com grande desenvolvimento nos setores de indústria e tecnologia.

Haveria, portanto, uma divisão de funções entre os BRICS, cabendo ao Brasil e a Rússia o papel de produtores de alimentos e de petróleo, além de fornecedores de matérias primas. A Índia e a China seriam os maiores responsáveis pelo fornecimento de serviços e manufatura, devido a sua concentração de mão de obra e tecnologia, respectivamente.

A África do Sul representa a maior economia do continente africano. Com oferta abundante de recursos naturais, particularmente na área da mineração, tem bom desenvolvimento nos setores financeiro, jurídico, de comunicações, energia e transportes, além de uma bolsa de valores classificada entre as vinte melhores do mundo.

Em síntese, o BRICS abre para seus cinco membros espaço para o diálogo, identificação de convergências, concentração de forças, ampliação de contatos e negócios e cooperação em setores específicos. O BRICS ainda tem muito fôlego para frente, para avançar, e muito.

BRICS PIB PAÍSES DO AGRUPAMENTO BRICS

US$ trilhões CRESCIMENTO ECONÔMICO - % - 2011 a 2014

PAÍS 2012 2011 2012 2013 2014estimado acumulado

África do Sul 0,384 3,1% 2,6% 2,8% 4,3% 12,8%

Brasil 2,254 2,7% 1,5% 4,2% 3,5% 11,9%

China 8,358 9,2% 7,8% 7,8% 8,4% 33,2%

Índia 1,875 6,8% 4,9% 5,7% 6,6% 24,0%

Rússia 2,030 4,3% 3,7% 2,3% 3,6% 13,9%

Fonte: Organização Cooperação e Desenvolvimento Econômico OCDE divulgado em 29/05/2013 - Paris-França

BRICS - Índice de Desenvolvimento Humano (IDH):

Desenvolvido em 1990 pelos economistas Amartya Sen (Nobel Economia 1998) e Mahbubul Haq, como alternativa de avaliar a performance de desenvolvimento humano de uma região, com mais eficácia sobre o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, por considerar apenas a dimensão econômica do desenvolvimento, que não esgota todos os aspectos, mas serve de forte referencial à matéria do desenvolvimento social, vem sendo usado desde 1993 pelo Programa das Nações Unidas para estudos e análises de Desenvolvimento Humano (PNUD) em seu relatório anual, sendo publicado em mais de cem países, como medida comparativa usada para classificar os países pelo seu grau de "desenvolvimento humano":

a) países desenvolvidos (IDH alto);

b) em desenvolvimento (IDH médio); e

c) subdesenvolvidos (IDH baixo).

A estatística busca estudar não somente a dimensão econômica, (PIB), mas outras fontes e aspectos que influenciam a qualidade de vida humana, com dados a nível nacional e regional, válida inclusive para classificar países membros da ONU. Varia de 0 a 1: IDH igual a 0 (zero) representa total inexistência e igual a 1 representa total desenvolvimento humano.

É mensurado através de 3 dimensões:

1. Renda calculada pelo PIB per capita;

2. Longevidade medida pelos números de expectativa de vida ao nascer;

3. Educação, medida pelo índice de analfabetismo e taxa de matricula nos níveis de ensino.

No Brasil, o índice pode ser consultado através do Atlas do Desenvolvimento Humano.

Há um conceito estabelecido como método de avaliação, para classificação geral dos países:

• Países com IDH entre 0 e 0,499 são considerados de desenvolvimento humano baixo;

• Países com IDH entre 0,500 e 0,799 são considerados de desenvolvimento médio;

• Países com IDH superior a 0, 800 são considerados de desenvolvimento alto;

Assim o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida básica, para avaliar o Desenvolvimento humano de uma região a longo prazo, calculada através de três dimensões:

• renda; educação; e saúde.

Tabela com dados IDH dos países do BRICS:

BRICS % alfabe

tização Índice de Desenvolvimento Humano - 1995 - 2012

Fonte: PNUD

Ranking 2012

/ PAÍS 2011 1995 2000 2005 2009 2010 2011 2012

121º África do Sul 88,7% 0,745 0,707 0,674 0,683 0,597 0,619 0,629

85º Brasil 90,0% 0,599 0,649 0,678 0,693 0,699 0,718 0,730

101º China 94,0% 0,518 0,567 0,616 0,655 0,663 0,687 0,699

136º Índia 62,8% 0,415 0,440 0,482 0,512 0,519 0,547 0,555

55º Russia 99,6% 0,644 0,662 0,693 0,740 0,719 0,755 0,788

Obs.: Epidemia de AIDs, fez cair drasticamente o IDH da África do Sul a partir de 2000.

IDH Comparativo Brasil, BRICS e Mundo (fonte PNUD):

10 MAIORES IDH NO MUNDO - 2012

PAÍS RANKING IDH

Noruega 1º 0,955

Austrália 2º 0,938

EUA 3º 0,937

Holanda 4º 0,921

Alemanha 5º 0,920

Nova Zelândia 6º 0,919

Irlanda 7º 0,916

Suécia 8º 0,916

Suíça 9º 0,913

Japão 10º 0,912

Brasil 85º 0,730

IDH PAÍSES DO BRICS - 2012

PAÍS RANKING IDH

Rússia 55º 0,788

Brasil 85º 0,730

China 101º 0,699

África do Sul 121º 0,629

Índia 136º 0,554

IDH - OS 6 ÚLTIMOS PAÍSES DO RANKING

Mali 182º 0,344

Burkina Faso 183º 0,343

Chade 184º 0,340

Moçambique 185º 0,327

Níger 186º 0,304

Congo 186º 0,304

O Programa das Nações Unidas ao Desenvolvimento (PNUD) é uma rede global da ONU, contra a pobreza, que opera junto a governos e sociedades, propiciando conhecimentos, recursos e experiências, estimulando acesso à cidadania, oportunidades e capacidades, com cooperação mútua e melhoria de vida a todos os envolvidos.

Conforme tabela acima, comparativa IDH, verificamos o Brasil colocado em 85° no ranking mundial e comparando sua performance com outros países, vimos que ainda há muito a fazer em busca de melhores índices, com investimento mais diretamente relacionados a área social. Vide os 10 primeiros e os 6 últimos do ranking mundial, para análise comparativa dos índices.

Obs.: O Brasil em 2009 ocupava a 75º posição, depois em 2010 passou a ocupar a 73º, em 2011 passou a ocupar o 84º lugar, porém, subiu de 0.718 para 0.730 e em 2012 ficou em 85º lugar em uma lista de 186 países; continuando inclusive na categoria "alto IDH"

BRICS - Índice de Gini:

Índice desenvolvido pelo estatístico italiano Corrado Gini, destinado a medir desigualdades de renda, publicado em 1912, no documento "Variabilidade e Mutabilidade", variando de 0 e 1, onde 0 (zero) representa completa igualdade de renda, (todos com mesma média) e 1 representa completa desigualdade de renda (concentrada somente a uma pessoa); podendo também ser expresso em pontos percentuais (coeficiente multiplicado por 100).

O Brasil em 2012 apresentou um índice de 51,9, demonstrando que apesar de alguns avanços apresentados na economia dos últimos anos, ainda há uma forte concentração de renda; destacando porem um certo avanço, tendo em vista que em 2008 apresentava 53,0.

Em 2008 - O relatório sobre desenvolvimento humano para a América Latina, o Programa das Nações Unidas ao Desenvolvimento (Pnud) constatou que a região continua sendo a mais desigual do planeta. Dos piores 15 países do mundo, 10 estão na América Latina. O Brasil tem o 3º pior índice do mundo, com 0,53, empatando com o Equador, embora tenha caído, pois em 2001 indicava 0,60. Concentração de renda pior somente na Bolívia, Camarões e Madagascar, com 0,60; seguidos de África do Sul, Haiti e Tailândia, com 0,59.

Comparando com os países do BRICS: Em 2008: China 0,48; Rússia 0,42; África do Sul 0,59 e Índia 0,37. O relatório acusou os motivos de baixos índices: falta acessos a serviços básicos e infraestrutura, baixa renda, estrutura fiscal injusta e falta de mobilidade educacional às gerações. No Brasil, por exemplo, a escolaridade dos pais influencia em 55% o nível educacional dos filhos. Africa e Índia têm a maior concentração de renda do mundo. Em 2011, a desigualdade na África é tão grande que quase a metade dos adultos vivem abaixo da linha da pobreza, enquanto alguns africanos estão entre os top 1% mais ricos do mundo.

Índice de Gini Brasil:

Curva de Lorenz: demonstrações gráficas do índice de Gini:

A Curva de Lorenz é um gráfico que utiliza o índice de Gini, para demonstrar a distribuição relativa de uma variável em um domínio determinado, como exemplo, renda de pessoas de uma região ou país; desenvolvida pelo economista dos EUA, Max O. Lorenz em 1905.

Em termos práticos, para obter a Curva de Lorenz, seguem-se os seguintes passos:

a) Ordena-se a população por renda domiciliar per capita.

b) No eixo horizontal (abscissas x), acumula-se a porcentagem da população de 0% a 100%.

c) No eixo vertical, (ordenadas Y), acumula-se a porcentagem da renda detida pela população.

A

B

S

C

I

S

S

A

S

Ordenadas Para renda de distribuição uniforme e perfeitamente equitativa, a curva é traçada junto a linha de 45 graus, (curva de igualdade absoluta); caso houver desigualdade total, somente um detentor de toda a renda, a curva é traçada junto ao eixo das ordenadas. Quanto mais próxima a curva estiver da Curva da Igualdade, mais igualitária é a distribuição da renda.

Influência da Ciência e Tecnologia ao desenvolvimento do BRICS:

O desenvolvimento tecnológico é considerado um fator preponderante da competitividade e estratégias de desenvolvimento dos países. Diversos têm sido seus esforços para engendrarem o processo de produção e difusão dos conhecimentos científicos e inovações geradas por eles, concomitantes ao estabelecimento de políticas de apoio apropriadas às atividades de Ciência, Tecnologia e Inovação (CTI). O BRIC caracterizado como grupo de países heterogêneos no que diz respeito aos esforços em CTI, apresentam comportamento similar a algumas tendências, com diferenças substanciais nas magnitudes do esforço e do resultado tecnológico.

A Rússia em 2006 gerou gastos com P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) de 1,08% do PIB, superior aos do Brasil de 1,02% do PIB, em busca de forte sustentáculo na educação superior, visando obter retorno em atividades científicas, de alta tecnologia com eficiência e eficácia.

A China através de indicadores vem demonstrando, forte investimento em “inovação”, em busca de melhorias educacionais, pesquisas e registros do conhecimento comercial nesta área. Os grandes montantes de exportações em produtos CTI, demonstra a ênfase dada ao projeto de desenvolvimento tecnológico nacional e ao aumento de capacitação em setores de alta tecnologia, inclusive sendo o maior país, em número de patentes registradas em escritórios de marcas, visando salvaguardar a sua geração de conhecimento tecnológico.

A Índia concentra investimentos na formação de engenheiros e cientistas e ocupa a segunda posição frente aos países do BRICS, em nº de artigos publicados (2,1% da produção científica mundial). Destaque ainda aos gastos do governo em CTI, (70% do total dos gastos do país).

O Brasil, em 2006, apresentou baixos gastos em P&D, em torno de 1,02% do PIB, ocupando a terceira posição no BRICS, de tímida exportação em CTI e patentes internacionalmente registradas. Assim, o país busca modestamente aprimorar o seu Sistema Nacional de Inovação através da Lei da Inovação e programas de fomento gerados pela FINEP e BNDES; sofre com a baixa competitividade de produtos brasileiros, fragilidade na produção e na exportação em setores de valor agregado e alta tecnologia e ineficácia nos programas de financiamento a longo prazo, gerando falta de autonomia macroeconômica e financeira, competitividade de mercado, inovação e desigualdades sociais, sem um sistema de políticas de CTI.

Nesse sentido, pode-se afirmar que apesar da heterogeneidade, existe grande esforço comum ao BRICS em investir em projetos científicos e de inovação, capaz de propiciar e promover inserções internacionais de conhecimento científico e tecnológico.

BRICS – Considerações finais:

Após tantas análises, não se faria necessário comentar sobre o peso econômico dos BRICS.

Analisando a performance BRICS, entre 2003 e 2007, o crescimento dos quatro países passou a representar cerca de 65% do PIB mundial. Em paridade de poder de compra já supera hoje o dos EUA ou o da União Européia; vemos que em 2003 os BRICs respondiam por 9% do PIB mundial, em 2009 passou para 14% e em 2010 com a entrada da África do Sul, totalizou US$ 11 trilhões ou 18% da economia mundial. Se considerarmos o PIB-PPC, (paridade de poder de compra), o índice passa a US$ 19 trilhões, ou 25%; considerando que até 2006, os BRICs não se haviam totalmente articulados, havia um certo conceito, mas nada de projeto definido.

Isso mudou em 23/09/2006 a partir da 61ª. Assembléia Geral das Nações Unidas, quando Brasil, Rússia, Índia e China começarão a trabalhar coletivamente. Daí o “BRICs” passou a existir como um grupo de cooperação entre seus países e a atuar no cenário internacional. Em 2011, com o ingresso da África do Sul, tornou-se BRICS (com "s" maiúsculo no final).

Apesar do caráter informal, não constitutivo, é sustentado pela vontade política de seus membros que se define, à medida que os países intensificam sua interação; as perspectivas de crescimento econômico serão ainda maiores para o século XXI, possuem todas as premissas a se tornarem potencias mundiais como: EUA, União Européia e Japão e podendo fazer frente ao G7, formado pelos EUA, Reino Unido, Canadá, Alemanha, Japão, Itália e França.

Eis alguns comentários do próprio O´Neill, basicamente o “mentor” gerador do agrupamento:

"Globalmente as coisas andaram mais rápido que eu imaginava, em particular para a China e a Rússia. Há cinco anos a taxa de crescimento destes dois países ultrapassou nossas previsões. Neste domínio, só o Brasil não foi melhor do que previmos. Entretanto subestimamos há cinco anos a simbiose natural que existe entre estes países, por que a Rússia e o Brasil são ricos e possuem tudo que a Índia e a China necessitam. Isto se traduz em forte desenvolvimento do comercio entre estes países. Em 2001, acreditávamos que seu PIB ultrapassaria os países do G7 em 2042. Hoje, não podemos mais afirmar, quando. Apesar de nossas previsões razoáveis e o crescimento do Brasil nos decepcionar um pouco, o que explica o nosso modesto objetivo: 3.2% por ano para este decênio. O estado é muito presente, muito influente, mesmo porque ele tem a seu crédito a estabilização do ambiente macroeconômico, notadamente a inflação. Progressos que os pessimistas subestimam totalmente”.

Nas palavras da Presidenta Dilma Rousseff, proferidas durante a Cúpula de Sanya:

“Os BRICS não se organizam contra nenhum grupo de países. Na verdade, trabalhamos por mecanismos de cooperação e governança global sintonizados com o século 21”28. Assim, o grupo está aberto ao diálogo e à cooperação com outros países extra-BRICS e com organizações internacionais, conforme registrado na Declaração de Sanya. Os países do grupo não se bastam, e não constituem um condomínio de poder nos moldes de outros “Gs” conhecidos. Não se trata de uma coalizão ou aliança nos moldes oligárquicos, mas de uma associação de países que representam quase metade da população do planeta e parcela crescente da economia mundial, e que entende sua responsabilidade na construção de uma ordem internacional renovada.

E ainda como sugere o Ministro Celso Amorim:

“Os BRICS são um exemplo de como países com culturas diversas podem se unir em torno de projetos comuns em favor da paz, do multilateralismo e do respeito ao direito internacional”

Principais considerações sobre Leituras de Textos

Conceito histórico de Desenvolvimento Econômico:

Luiz Carlos Bresser Pereira: Professor Emérito da FGV em Economia. Doutor em Ciências Econômicas - USP.

O desenvolvimento econômico é o processo de sistemática acumulação de capital e de incorporação do progresso técnico ao trabalho e ao capital que leva ao aumento sustentado da produtividade ou da renda por habitante e, em consequência, dos salários e dos padrões de bem-estar de uma determinada sociedade; para haver um desenvolvimento econômico, é necessário haver contínuas e profundas transformações econômicas, políticas e sociais, com crescimento automático e autônomo inclusive do padrão de vida da população; um conjunto de fenômenos políticos com liberdade, paz, segurança, justiça social e proteção à natureza; que em conseqüência faz gerar:

1. acumulação de capital;

2. incorporação de progresso técnico ao trabalho e ao capital;

3. aumento sustentável da produtividade e da renda per capita;

4. melhoria de salários e padrões de bem-estar da sociedade.

Luiz Carlos Bresser-Pereira.

Para Bresser as expressões crescimento econômico e desenvolvimento econômica, são sinônimas e devem exprimir um progresso generalizado; não apenas de aumento de renda per capita, mas com transformações estruturais na economia alcançadas somente pelo capitalismo por ocorrer efetivamente: acumulação de capital, salários e sustentabilidade da produtividade, fontes inerentes ao desenvolvimento, na medida que estes mecanismos, fomentam incentivos continuados ao aumento de capital e ao conhecimento técnico; círculo vicioso que gera altas taxas de desenvolvimento e utilização de recursos próprios, em busca de novos mercados. Afirma que estudos clássicos de Adam Smith e Karl Marx sobre desenvolvimento focavam análises opostas ao desenvolvimento, contrários ao encontro da revolução capitalista. Mas, nos anos 40 do séc. XX, a definição moderna da teoria do desenvolvimento comprovou que instituições positivas, possibilitam acumulação de capital e incorporam progresso técnico, fundamentais ao desenvolvimento: o estado em sua condição de instituição normativa torna-se instrumento primordial ao processo organizacional, como ação coletiva para promover desenvolvimento econômico.

Dispõe Três Revoluções que caracterizaram as Revoluções Capitalistas:

a) Revolução Agrícola: Para fomentar a Revolução Capitalista do século XI, na Europa, foi necessário começar uma revolução agrícola, utilizando arados e ferramentas, para desbravar e viabilizar a exploração de terras férteis, não oriundas de erosão como as nossas, e produzisse excedentes necessários aos trabalhadores migrarem ao comércio e a indústria; primeiro instalaram-se em palácios e comércio de bens de luxo, próprios da Europa, Norte da África e Oriente Médio e depois a nível mundial, constituíram a

b) Revolução Comercial: Surgem cidades-estado burguesas: Norte da Itália, Alemanha e Países Baixos que junto à aristocracia formaram grandes estados absolutos: Inglaterra e França; com a consolidação desses estados nacionais os mercados se tornaram seguros e altamente propícios a investimentos, culminando com a

c) Revolução Industrial: A uma forte industrialização não se faz necessário só organizar regiões em cidades-estado, há de ter grandes mercados para configurar um efetivo desenvolvimento econômico. Esta evolução de mercados locais em nacionais deu-se com estratégia política e econômica, através da definição de fronteiras seguras, estados modernos e sólidos, com criação de condições necessárias aos empresários investirem na indústria e no progresso tecnológico.

Assim, o desenvolvimento econômico é um fenômeno histórico determinado por 2 premissas:

a) Surgimento das nações e formação de estados nacionais com acumulação de capital e incorporação de progresso técnico ao trabalho e ao capital;

b) Duas instituições fundamentais ao sistema capitalista: O Estado e os Mercados.

E que estas instituições possam acima de tudo garantirem:

• ordem pública e estabilidade política, um estado forte em todos os sentidos;

• bom funcionamento do mercado;

• boas oportunidades de lucro para estimular investimentos por parte de empresários;

• melhoria do padrão de vida da população, como objetivo claro de todas as nações.

• segurança, liberdade, justiça social e pleno exercício da cidadania para todos.

Desenvolvimento Econômico do Brasil durante o populismo:

História do Brasil - Luiz Koshiba - Editora Atual & Bóris Fausto - EDUSP

O texto faz uma retrospectiva ao desenvolvimento industrial, discorrendo ações de governos, detalhando os problemas ocorridos no Brasil, para com o desenvolvimento econômico, com distribuição de renda, desequilíbrios e inflação generalizada que provocou transferências monetárias, dos pobres aos ricos. Consta de observações feitas aos governos populistas de Vargas e Juscelino, entre os anos 50 e 60 e suas ações, discernindo as de sucesso, daquelas que geraram fracassos e diferenças nas aplicações de capital, entre os períodos 1955 e 1965, onde os investimentos de Capital externos foram destinados ao mercado interno; e após 1965 passaram com nova estratégia, destinados ao mercado externo, bem como aos investimentos dirigidos a alguns setores, como construção, gerando melhorias apenas no setor imobiliário em detrimento a outros setores produtivos como “têxtil”, que permaneceu estagnado.

Evidentemente, que os investidores selecionaram as oportunidades que a eles se afiguravam como mais rentáveis e de forma especulativa, provocando inchaço em setores com alto grau de concentração de capital. Ilustra o efeito corrosivo gerado pela inflação sobre os salários e o caráter cumulativo do capital em mãos da burguesia; contraindo a demanda, restringindo mercados, tornando inviável o desenvolvimento industrial autônomo e fomentando o círculo vicioso que vigorou durante o governo de Goulart, com alta generalizada de preços e a corrida do salário e preço que apenas servia para agravar o processo inflacionário e gerar crises sociais, com perda de poder aquisitivo dos assalariados. Faz uma menção ao governo de Juscelino (Plano de Metas): com a instalação de multinacionais no Brasil, setores industriais fundamentais passaram ao controle estrangeiro, que segundo Gabriel Cohn, sociólogo e especialista na obra de Max Weber, graduado pela USP em 1964, relata:

“as indústrias automobilísticas, de cigarro e de eletricidade tinham um controle externo de cerca de 80% a 90% e as indústrias farmacêuticas e mecânicas, cerca 70%; em conseqüência a burguesia nacional, passou a ser sócia minoritária de grandes corporações internacionais, com postos de comando indicados pela matriz estrangeira, o que levou ao desequilíbrio no Balanço de Pagamentos, com remessas de lucros ao exterior por conta de pagamentos de royalties, pelo uso inclusive de marcas e patentes”.

Ao fim o texto produz uma reflexão, sobre as razões do movimento militar de 1964 ao atestar:

“Naturalmente, as contradições engendradas pelo modelo de desenvolvimento da industrialização adotado na década de 1950, expressaram-se através do aguçamento das lutas sociais e políticas. A presença do capitalismo internacional e o seu papel cada vez mais decisivo no controle de nossa economia tiveram, por seu turno, uma importância certamente não desprezível no desfecho da luta. O movimento militar de 1964 teve aí suas raízes e as suas razões”.

Desenvolvimento e Dependência:

Fonte: Artigo publicado no Correio Braziliense, 1992 – Ruy Marini

O autor traça uma análise crítica sobre a dependência dos países da América Latina, em relação aos países desenvolvidos da ONU, afirmando que os estudos sobre o desenvolvimento ganharam força após a 2ª Guerra Mundial, quando os países tomaram consciência do abismo que os separara dos demais desenvolvidos, que conseguiram aliar riqueza material ao conhecimento científico-tenológico; a própria ONU, estabeleceu organismos em busca de diagnosticar estas disparidades, como a Cepal na América Latina que “reinou” em termos de influências de pensamento, principalmente durante os anos 50 e 60, e, constatando que:

“Os países da América Latina transferiam bens de baixo valor agregado, tipo matérias primas, por bens de alto valor agregado, industrializados e com tecnologia avançada, muito superior aos que eram transferidos, descapitalizando e “deprimindo” a condição de vida de seus povos. Assim, a Cepal acabou influenciando os países a instituírem uma política de “protecionismo estatal”, onde o Estado surgiu como agente não só regulador do sistema, mas também “construtor”, através da criação de empresas públicas, autárquicas ou estatais. Mas em meados dos anos 60, a Cepal, teve seu reinado de influências, em função da grave crise econômica que culminou com o surgimento de diversas ditaduras militares, em estado falimentar, totalmente desacreditada. Depois as ditaduras fizeram aumentar ainda mais a dependência econômica de seus países em relação aos demais desenvolvidos”.

Haja vista que os bens de menor valor agregado, produtos agrícolas/minerais, pontos fortes da América Latina, representam atualmente cerca de 25% da comercialização mundial, vez que as grandes inovações, foram mudando totalmente o quadro, através da globalização, com a inserção dos avanços tecnológicos: microeletrônica, TI (informática), indústria aero-espacial, telecomunicações e inovações no campo da biotecnologia; quanto mais, ficarem as nações, atrasadas nesta transformação, mais aumenta a sua dependência aos desenvolvidos.

O grande desafio, para entrar nesta ciranda mercadológica mundial, seria: capital, eficiência e eficácia, no que diz respeito a resultados para importação de novas tecnologias, diversidade mercadológica e principalmente mão de obra qualificada.

Por isso a dependência acabou tendo seguido um caminho inversamente proporcional, na medida que as empresas multinacionais vieram ao Brasil, não trazendo tecnologia, mas abraçando mercados, com a implantação em cargos significativos de seu próprio pessoal, aumentando o abismo tecnológico, sem melhoria de capacitação ao nosso pessoal. Em dez anos, entre 1982 e 1991, o país efetuou uma transferência de recursos ao exterior da ordem de 275 bilhões de dólares e a nossa estagnação econômica deprimiu em 9% nosso PIB per-cápita.

Inclusive os investimentos na educação e pesquisas acabaram diminuindo, principalmente devido a estagnação econômica implantada em diversos países da nossa região.

Sobretudo o autor acredita ser necessário um grande esforço para reverter essa situação; que não se deve fazer ingenuamente.

“A verdadeira integração econômica só será possível com a delegação de atribuições estatais a órgãos supra-nacionais, em maior ou menor grau, com ações de política tarifária, monetária e fiscal, como também às questões laborais, educacionais e culturais. A integração latinoamericana como arma principal na luta contra a dependência e ao desenvolvimento, não pode ser vista como algo que interessa somente ao governo, aos empresários e a economia. Ela deve ser entendida como uma grande empresa política e cultural, capaz de convocar à participação ativa, todos os setores da população”.

Resenha do Livro Dependência e Desenvolvimento na América Latina:

CARDOSO, Fernando Henrique. FALETTO, Enzo.

Resenha por Edgar Indalecio Smaniotto – UNESP - Marília

Resenha elaborada através do trabalho dos sociólogos Fernando Henrique Cardoso e o chileno Enzo Faleto em 1965/67 no Chile, visando mostrar a dependência da América Latina, quanto as suas possibilidades de obter desenvolvimento econômico, perante os países das Nações desenvolvidas do mundo. Os autores ocupavam cargos na Cepal, uma organização da ONU.

Dentro de um fundamento teórico fundamentado na corrente Max Weber, filósofo alemão, os autores afirmam que a estrutura social e política contemporânea de países da América Latina, se modifica, quando diferentes classes e grupos sociais conseguem impor seus interesses, forças e dominações e o povo, coadjuvante no sistema de decisões na sociedade, torna-se um desafio ao sistema de conciliação e superação. Afirmam haver na década de 60, um certo crescimento industrial, mas seus agentes não haviam se organizado como sociedade de classe e não conceberam uma Revolução Burguesa no Brasil, nos padrões dos demais países do Mundo, porque a classe hegemônica desse processo não era exclusivamente burguesa, mas uma mescla com a oligarquia remanescente, e, estas classes, contribuíram a uma inserção da internacionalização da produção, de forma dependente, porque o Brasil não recebia só empréstimos de capital, mas recebia indústrias completas: cerca de 40% do parque industrial brasileiro era domínio externo, fragilizando totalmente a sociedade e a economia.

Destaque também à função centralizadora do Estado, na versão populista-nacionalista da era Vargas e na versão autoritária da ditadura militar. Na América Latina, o Estado constituía o principal patrocinador do crescimento econômico: após 1930 os grupos dominantes, faziam prevalecer sempre suas influências políticas, nas decisões sobre as econômicas e a intenção de tornar o mercado interno capaz de estimular o desenvolvimento e conduzi-lo a uma expansão auto-sustentada não foi suficiente para atenuar a dependência externa. Assim, concluem os autores que o capitalismo Latino-americano é incapaz de encontrar uma via própria de desenvolvimento econômico e social. Seus governos de alianças (setor agrário, industrial e burocrático), não são capazes de criar uma alternativa própria de desenvolvimento:

Ante a incapacidade do povo se organizar politicamente e fazer uma revolução socialista, a solução seria o desenvolvimento-associado (abrindo o mercado interno para fora, onde o estado surge como agente não só regulador do sistema, mas também “construtor”, através da criação de empresas públicas, autárquicas ou paraestatais).

Afirma que esta linha de conduta, é praticada pelas bases governistas atuais do governo Lula.

Desenvolvimento Econômico - CHINA:

O autor traça a retrospectiva da evolução rápida, repentina e verdadeira Revolução Chinesa, que ante desafios de mercados, culminou com um forte desenvolvimento econômico iniciado em 1984 com a reforma do sistema político. Tudo começou em 1976, quando a China findou a Revolução Cultural e em 1978 passou a restaurar a sua sociedade.

Especialistas afirmam que a revolução cultural de revolução mesmo não tinha nada: ninguém plantava, trabalhava e nem estudava. Tudo estava parado; quebrado: economia, agricultura e a religiosidade. Em dezembro de 1978, Deng Xiaoping, secretário Geral, acordou a nação e a fez perceber que devia haver mudanças radicais no pensamento chinês; um vislumbramento significativo: A china deveria se modernizar e se democratizar! No mesmo ano, o governo aboliu o sistema de cargos vitalício; em 1981 um relatório, condenou a Revolução Cultural, afirmando haver dado prejuízos à China; que socialismo, não necessariamente era sinônimo de pobreza. E a China passou a experimentar uma forte transformação. Em 1984, o sistema econômico chinês foi reformulado com reformas na economia, política, ciência, tecnologia e principalmente na educação. Em 1986 houve uma abertura de mercados, com instaurações de cooperações econômicas e comerciais. Assim, a economia chinesa transformou o sistema comunista soviético, que consistia numa agricultura e um parque industrial estatal arcaico e falido, num sistema cooperativo, público, privado e moderno, com setores industriais e serviços privatizados, que culminaram nos maiores crescimentos econômicos das últimas décadas (1980/1990) do mundo, da ordem de 10% ao ano, mesmo com economias estagnadas do mundo inteiro. Assim, a China em curto espaço de tempo tornou-se uma economia forte, aproveitando as oportunidades mercantis geradas do mundo globalizado do capitalismo.

Desenvolvimento econômico Local:

PIB de São José dos Campos em 2012 e relações com o Vale do Paraíba:

PIB (Produto Interno Bruto) do Município - Fonte: IBGE/Seade (2010)

Ano Valor SJC Valor Estado SP Valor Brasil

R$ milhões Variação % per capita R$ milhões Variação % per capita R$ milhões per capita per capita

1999 10.310 - 19.471 383.250 - 10.310 1.064.999 - 6.310,98

2000 13.572 31,64% 24880 424.161 10,67% 11.346 1.179.482 10,75% 6.886,28

2001 13.792 1,62% 24.792 463.478 9,27% 12.201 1.302.135 10,40% 7.491,81

2002 14.234 3,21% 25.098 511.736 10,41% 13.259 1.477.822 13,49% 8.382,24

2003 13.703 -3,73% 23.703 579.847 13,31% 14.788 1.699.948 15,03% 9.510,66

2004 17.338 26,53% 29.435 643.487 10,98% 16.158 1.941.498 14,21% 10.720,25

2005 16.527 -4,68% 27.543 726.984 12,98% 17.976 2.147.239 10,60% 11.709,03

2006 15.522 -6,08% 25.406 802.655 10,41% 19.550 2.369.484 10,35% 12.769,08

2007 17.637 13,62% 29.644 902.784 12,47% 22.667 2.661.345 12,32% 14.183,11

2008 20.701 17,37% 33.978 1.003.015 11,10% 24.457 3.032.203 13,94% 15.991,55

2009 22.015 6,35% 35.751 1.084.353 8,11% 26.202 3.239.404 6,83% 16.917,66

2010 24.108 9,51% 38.336 1.247.596 15,05% 30.264 3.770.085 16,38% 19.508,59

2011 25.212,47 4,58% 39.544 1.349.465 8,17% 32.454 4.143.013 9,89% 21.252,41

ÍDH de São José dos Campos e Vale do Paraíba; comparativo com as cidades da região:

Ranking IDH região do Vale Paraíba

São Paulo - BRASIL - 2012

Cidade RANKING IDH

São Caetano do Sul 1ª do Brasil 0,862

São José dos Campos 24ª do Brasil 0,807

Taubaté 40ª do Brasil 0,800

Guaratinguetá 47ª do Brasil 0,798

Caçapava 76ª do Brasil 0,788

Cruzeiro 76ª do Brasil 0,788

Tremembé 92ª do Brasil 0,785

Jacareí 157ª do Brasil 0,777

Santana do Mundaú-AL 5461ª Brasil 0,519

Brasil 85º 0,730

Tabela de informações IDH das principais cidades da região do Vale do Paraíba-SP, onde informamos inclusive a 1ª cidade e a última do Brasil, para observações.

Observamos que as principais cidades da nossa região do Vale do Paraíba estão com IDH acima da média brasileira.

Índices acima de 0,8 são classificados altos.

Principais cidades do Vale do Paraíba:

São José dos Campos, Taubaté.

Guaratinguetá e Jacareí.

O Vale do Paraíba tem 6 entre as 100 melhores cidades do país para se viver, conforme o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) divulgado em Julho de 2013, pelo Programa das Nações Unidas ao Desenvolvimento (Pnud). Considerando apenas o seleto grupo das 50 cidades mais bem classificadas do país, são 3 os municípios na região:

S. J. Campos, 0,807 na 24ª colocação; Taubaté, 0,800 na 40ª; e Guaratinguetá, 0,798 em 47ª;

Depois vem, Caçapava e Cruzeiro com 0,788 na 76ª e Tremembé com 0,785 na 92ª posição.

São José dos Campos: a 96 km da capital, São Paulo, tem uma população de 643.603 mil habitantes e Produto Interno Bruto (PIB) equivalente a R$ 24,1 bilhões - o oitavo entre as maiores cidades do estado e 22º do país - e PIB per capita de R$ 38.335,58; dados de 2012. Quinta maior cidade exportadora do país, com US$ 6,300 bilhões em produtos exportados é ótima cidade para investir e também para se viver; possui mão de obra altamente qualificada e diversos incentivos municipais que promovem o sucesso de empreendimentos, cuja economia é baseada na indústria e serviços, com: 26 mil empresas; 1.500 indústrias e 10.500 comércios.

Índice de Gini de São José dos Campos em 2010:

São José dos Campos apresentou um índice de 0,5633 em 2010, conforme abaixo:

Índice de Gini da renda domiciliar per capita; principais cidades da região de São José dos Campos:

Período: 1991, 2000 e 2010 – Fonte: IBGE/Censos Demográficos.

Principais cidades da região: 1991 2000 2010

Jacareí 0,5597 0,5255 0,4993

São José dos Campos 0,5355 0,5742 0,5633

Taubaté 0,5415 0,5767 0,5181

Influência do ensino superior no desenvolvimento profissional na região

A região Vale do Paraíba-SP abriga renomadas instituições de ensino e pesquisa e apresenta condições favoráveis à implantação de empresas e instituições voltadas à produção de ciência, tecnologia e inovação, oferecendo forte diferencial econômico e tecnológico no contexto brasileiro e latino-americano. Dentre os fatores que tornam a região favorável à implantação de organizações ligadas aos processos de inovação, destacam-se a presença de renomadas instituições de ensino, pesquisa e inovação, com fomento a geração de emprego e renda:

• ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica);

• CTA (Centro Técnico Aeroespacial);

• Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE);

• Universidades: Taubaté (UNITAU) e ETEP faculdades;

• UNIVAP (Universidade do Vale do Paraíba);

• UNIP (Universidade Paulista);

• Universidade Federal de São Paulo;

• Fundação Cultural Cassiano Ricardo; e Banco do Povo;

• Casa do Empreendedor (salas para empresários pequenos e autônomos);

• Parque Tecnológico de 2008; com área de 12 milhões de m2 e 49 empresas, emprega 2.500 pessoas; abriga um Centro Empresarial com 25 pequenas empresas distribuídas em uma área de 6.000 m2; abriga também a FATEC; a UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo e a UNESP (Universidade Estadual de S. Paulo);

Como conseqüência, o vale oferece ao mercado uma mão-de-obra capacitada e qualificada; com um parque industrial intensivo em conhecimento e inovação, em especial: nas áreas de aeronáutica e atividades aeroespaciais; rede de serviços diversificada; bom nível de qualidade de vida urbana e ambiental; localização privilegiada (situada entre São Paulo e Rio de Janeiro, os maiores pólos econômicos do País); infraestrutura em transportes rodoviário; ferroviário e aeroviário; fácil acesso às regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro e aos municípios do interior de São Paulo, Minas Gerais e ao Porto de São Sebastião.

Reflexos da carga tributária para o desenvolvimento local e do Brasil:

Tendo em vista os reflexos da carga tributária em inibir o desenvolvimento, o governo zerou o IPI dos veículos e eletrodomésticos em alguns setores da economia, mas ainda assim o PIB teve o pior crescimento em três anos e a carga tributária brasileira atingiu 36,27% do PIB, cerca de R$ 1,59 trilhão; se faz tão avassaladora no país, que mesmo concedendo isenções, o governo não consegue deixar de “onerar” o sistema produtivo.

Os tributos que mais cresceram estão ligados a renda e ao emprego:

O INSS cresceu devido aumento de contratação, regularização da mão de obra informal e inserção de brasileiros na faixa de contribuição do Importo de Renda.

A tributação também cresce devido o “efeito cascata” regulamentado sobre a produção, onde alguns tributos incidem sobre outros, fazendo com que a arrecadação cresça, mesmo sem incremento do PIB. Na verdade para interromper a alta de impostos é necessário baixar os gastos do governo, para diminuir a carga financeira sobre os produtos industrializados. Diga-se também que enquanto não houver investimento em pesquisa e desenvolvimento e baixos gastos do governo, vamos ter que conviver com certa baixa de performance do PIB.

Conclusão:

O Desenvolvimento econômico é o maior objetivo político das sociedades modernas.

Um país aumenta sua eficácia produtiva, não somente pelo crescimento da produção, mas pelo seu desenvolvimento econômico, com qualidade, distribuição justa que resulta na redução da pobreza, melhoria das condições de trabalho, moradia e fortes benefícios sociais.

Sobre a ótica deste trabalho, tanto executores, estudiosos e leitores, todos terão oportunidade de degustar e elucidar conceitos sobre o PIB – Produto Interno Bruto, medidor da produção e riqueza de um país, Índice de Gini, medidor da concentração de renda, curva de Lorenz, gráfico representativo entre rendimento e população para avaliar graus de desigualdades e o IDH – Índice de Desenvolvimento Humano que mede o desenvolvimento humano relacionado a educação, longevidade e renda e ainda lograr o conhecimento necessário para atender a demanda

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