FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA ATRAVÉS DA COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS

Letícia da Silva Lopes

Osnildo Teixeira

Paulo Eduardo da Silva Santos

Volmir Staudt

Professor-Marco Aurélio

Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI

Bacharelado em Administração (ADG 0187) – Gestão de Custos

12/06/14

RESUMO

A partir do conhecimento do preço de venda adequado, baseado nos custos, a organização pode definir suas metas, visando o retorno financeiro almejado pelos acionistas. Utilizando os métodos de custeios, pode- se identificar qual o produto ou serviço que traz maior retorno ou menor custo. Esses métodos servem como ferramenta auxiliar na tomada do processo de decisão, tanto de investimentos ou aumento de produtividade, buscando adequação e fortalecimento no mercado. A adoção de qual método aplicar varia de acordo com a necessidade da organização, visto que todos apresentam vantagens e desvantagens na aplicação.

Palavras-chave: Preço de Venda. Custos. Métodos de Custeio.

1 INTRODUÇÃO

Muitas empresas não conhecem o seu preço de venda mais adequado, por isso a necessidade de abordar esse assunto (Formação do preço de venda) nos setores administrativos dessas empresas. Uma vez estando esse tema dentro da empresa, começa-se a criar um interesse maior na utilização dessa ferramenta, pois ela poderá beneficiar a empresa, visto com que um preço adequado, a empresa saberá se esta atingindo metas de margem de lucro, cobrindo os custos e despesas na produção ou no exercício da atividade afim.

Quando se fixa um preço de venda de um determinado produto, a empresa estará prevendo na receita de cada unidade a recuperação dos custos e despesas necessários á fabricação e posterior venda desse produto e, alem disso, fragmentar uma parcela que possa contribuir para pagar parte dos custos e despesas fixas e também que gere um percentual de lucro. Ribeiro (2009, p.504)

São muito discutidos os critérios que as organizações utilizam para estabelecer os seus preços, ou obter os cálculos orientativos de preço, tendo em vista que o mercado atual é um fator muito determinante na formação dos seus preços, diferenciando-se de negociação para negociação, mercado para mercado, região por região e assim por diante.

Outro fator importantíssimo na formação de um preço de venda é conhecer o seu regime tributário, seja Lucro Real, Presumido ou Simples. Com o entendimento dessa importância do preço e sua formação como apresentado nos parágrafos anteriores e partindo do objetivo que é contribuir para o esclarecimento sobre a formação do preço de venda baseando-se nos custos internos em conjunto com uma pesquisa bibliográfica o artigo busca apresentar aos leitores o conceito do preço de venda e depois adentrar na sua estrutura que consiste em custos, despesas e margem de lucro, ou lucro propriamente dito, aplicação da formula do Mark-up para posteriormente abordar então a formação do preço de venda.

2 CONCEITO DE PREÇO

Conceituando o preço de venda Wernke (2004, p.126) nos diz que o preço é considerado uma expressão do valor de troca que se oferece por algo que satisfaz a necessidade ou desejo de alguém, ou seja, toda troca entre consumidor e empresa, considerando o produto ou item de desejo e o ressarcimento a empresa pela aquisição desse produto.

Mcarthy/Perreault são mais específicos e nos dizem que preço “ é o montante de dinheiro que estão dispostos a pagar os clientes, consumidores e usuários para lograr o uso, possessão ou consumo de um produto ou serviço especifico” (1997, p.277).

Todo e qualquer produto, mercadoria, ou serviço é valorizado por um preço, e para fazer uso ou consumo do mesmo, deve-se desembolsar um valor. Portanto o preço tem de ser a expressão monetária suficiente a cobrir todos os gastos e obter certo lucro.

3 COMPOSIÇÃO DO PREÇO DE VENDA

Para fixar um preço é necessário conhecer sua composição ou estrutura para posteriormente administrar a aplicação do processo para chegar ao preço de venda oferecido ao consumidor.

Conforme Ribeiro (2009, p. 25) o preço é delimitado depois de conhecermos os custos envolvidos na fabricação, as despesas e a margem de lucro desejada. Assim se esta prevendo qual custo será coberta pelas margens alcançadas na composição do preço.

3 CUSTOS

Os custos segundo Ribeiro (2009, p. 25) “compreende (sic) a soma dos gastos com bens e serviços aplicados ou consumidos na fabricação de outros bens”. Compreende-se os gastos com energia elétrica, a mão de obra, a matéria prima, dentre outros, ou seja, o custo esta relacionado diretamente com a produção, como aponta Wernke:

São gastos efetuados no processo de fabricação de bens ou de prestação de serviços. No caso industrial, são os fatores utilizados na produção, como matéria prima, salário e encargos sociais dos operários da fabrica, depreciação de maquinas, dos moveis e das ferramentas utilizadas no processo produtivo. (Wernke, 2008, p. 12)

No caso Comercial consideram-se as mercadorias, e demais custos possíveis de ser empregados diretamente a elas. Toda empresa tem condições de levantar seus custos relacionando-os aos produtos, basta os elencar estruturando em uma ficha técnica de apuração.

Os custos dividem-se conforme o volume ou quanto a sua identificação com os produtos, sendo separados em custos Diretos e Indiretos e Custos Fixos e Variáveis.

3.1 CUSTOS DIRETOS

Para Wernke (2008, p. 13) custos diretos são todos os gastos que facilmente podem ser apropriadas as unidades produzidas, ou então são aqueles que podem ser identificados como pertencentes a determinado produto ou serviço.

Bruni e Fama (2008, p. 29) expõe que os custos diretos “consistem