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Finanças No Brasil

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Por:   •  20/7/2014  •  2.786 Palavras (12 Páginas)  •  418 Visualizações

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01 – Porque o Brasil precisa crescer?

Grandes tendências em curso representam desafios para o Brasil e para a economia mundial são o envelhecimento populacional, a aceleração da urbanização e as transformações tecnológicas. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciado pelo governo, é importante, porém insuficiente. 'A proposta do PAC é dobrar o investimento público, de 0,5% para 1% do PIB, o que é pouco comparado com o registrado na época do milagre econômico, nos anos 70, quando o País crescia de 6% a 7% ao ano e o investimento público representava entre 4% e 5% do PIB. O País só vai conseguir mudar o quadro de desemprego se crescer acima de 5% ao ano de forma sustentável. Nos últimos 25 anos, o PIB teve crescimento médio anual abaixo de 3%. A situação fica ainda mais complicada porque, em setores cujos negócios estão mais aquecidos, muitas fábricas ainda trabalham com ociosidade. Metade dos beneficiados por programas oficiais trabalha, mas tem renda insuficiente. Trabalhar no Brasil não garante o sustento para cerca de 20 milhões de pessoas, segundo estudo divulgado pelo IBGE. Do total de brasileiros beneficiados por dinheiro do programa social do governo federal - estimado em 39 milhões em 2004 -, 52% têm algum tipo de ocupação e, desses, 33% com carteira assinada. Mais do que o desemprego, o problema do Brasil é a qualidade do emprego. Temos pessoas que não deveriam estar trabalhando, como crianças. Os programas sociais foram responsáveis por cerca de um quarto da redução da desigualdade entre 2001 e 2004, mas os impactos da transferência de renda na economia não são significativos na maior parte do Brasil, segundo o Ipea. Hoje, atendendo a mais de 11 milhões de pessoas, os programas sociais não atingem 1% do PIB.

02 – O Brasil ainda é o pais do futuro? Qual o crescimento brasileiro dos últimos anos? Como esse crescimento se compara com a America Latina e os Brics?

O Brasil devera crescer em 2014, pelo quarto ano consecutivo, menos que a media da America Latina. Em 2014 a economia brasileira deverá crescer 2,6%, enquanto a America Latina e o Caribe devem ter um crescimento médio estimado em 3,2%. Em 2010, o ultimo ano em que o Brasil superou a media latino-americana e caribenha, o pais cresceu 7,5% enquanto a região fechou o período com o avenço de 5,9%.

Analisando esses números podemos concluir que a economia Brasileira recebe uma influencia muito grande da situação econômica internacional. Quando se tem um cenário no qual a economia internacional cresce pouco, principalmente os Estados Unidos e a Europa, surgem um reflexo no crescimento do Brasil. O Brasil terá o menor crescimento entre os países dos Brics (Rússia, Índia, China e África do Sul) informou o Fundo Monetário Internacional (FMI). De acordo com o FMI, a Rússia crescera 3%, a Índia, 5,1%, a China, 7,3%, e a África do Sul, 2,9%. Já o crescimento global foi projetado em 2,9%, em 2013, subindo pra 3,6% em 2014. No inicio da década de 70, a economia brasileira crescia anualmente a taxas superiores a 10%, e o Brasil estava designado a ser o pais do futuro, como previa o General Médici, presidente da época. Mas na ultimas décadas após o período chamando de “milagre econômico” o pais avançou pouco economicamente e passou a ser ironizado dentro e fora do Brasil como o eterno pais do futuro.

03 – Como esta a dependência brasileira do mercado externo?

A dependência do Brasil em relação a economias externas, principalmente a americana e europeia, sempre foi destacada de modo critico no mercado internacional. Com o crescimento acelerado da China nos últimos anos a relação econômica tem se tornado bilateral, marcada por uma parceria do tipo Norte-Sul (Rico e Pobre), entre duas economias em desenvolvimento. O Brasil tem se tornado mais dependente das exportações de commodities para o mercado chinês. Ao mesmo tempo, companhias brasileiras estão cada vez mais dependentes de componentes baratos produzidos na China. Na pratica, a relação Brasil-China replica a relação de dependência experimentada pelo Brasil com os EUA no período pós-Segunda Guerra Mundial. Essa dependência não é vista com bons olhos pelos economistas brasileiros, caso a China desacelere seu crescimento nos próximos anos o Brasil seria afetado em varias formas como a queda no volume de exportações, assim com o valor delas e a desvalorização do real. Uma saída para diminuir essa dependência do mercado chinês seria fortalecer a indústria nacional e fortalecer a exportação de manufaturados.

04- Qual o endividamento do Brasil? Publica, privada, interna e externa.

A divida Publica brasileira apresentou um crescimento elevado, sobretudo após o Plano Real. O perfil da divida mobiliaria refletiu exatamente a instabilidade política econômica de cada período. Ao longo dos últimos 30 anos, a composição da divida mudou bastante, assim como a maturidade e essas mudanças estão claramente relacionadas com a credibilidade de cada governo. A divida publica se relacione fortemente com os demais objetivos da política econômica. Políticas internas afetam diretamente o custo e a evolução do endividamento, as taxas de juros, cambio e inflação são determinantes neste cenário, que por sua vez afeta a credibilidade e o rumo das políticas internas.

Recentemente publicações alertaram que a Divida Publica Federal (DPF) atingiu no final de 2013 um valor aproximado de R$1,95 trilhão. Mas com a alta da moeda norte-americana, a Divida Publica Federal externa (DPFe) estão totalizando cerca de R$92,8 bilhões. Já a Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi), tem uma pequena parcela atrelada ao dólar, mas que atingiu sua maior marca em oito anos: 3,92%, totalizando R$ 73,14 bilhões. A causa do recorde foi a injeção de cerca de US$ 40 bilhões no mercado futuro nos últimos meses. Sem o swap feito pelo Banco Central (BC), este número seria bem menor: 0,65% (R$ 12,18 bilhões).

O professor do Insper - Instituto de Ensino e Pesquisa José Luiz Rossi Júnior considera que o impacto direto da alta do dólar na DPF não apresenta riscos à economia do país, visto que o Brasil é credor em dólar no exterior. Esta é também a opinião do coordenador geral de Operações da Dívida Pública, Fernando Garrido: “Se, por um lado, o aumento do câmbio tem impacto negativo pequeno no custo da dívida, por outro, ele gera um impacto positivo na relação entre dívida e PIB. Esse efeito inverso ocorre porque o Brasil é um país credor”. Já o impacto indireto, segundo o professor, se dá de três maneiras. “Como o governo vai ter que subir a taxa de juros, a parte em reais vai ser afetada, a dívida fica mais

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