Kanban
Tese: Kanban. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: e1b2c3 • 30/1/2015 • Tese • 3.398 Palavras (14 Páginas) • 503 Visualizações
Kanban
HISTÓRICO:
Com o fim da segunda guerra mundial, o Japão percebeu que, para reequilibrar
sua economia, era necessário melhorar a qualidade e a
produtividade, bem como reduzir os custos de seus produtos manufaturados.
O Japão foi o primeiro país a observar detalhadamente e tratar com a devida
importância as desvantagens e os custos gerados pelo sistema tradicional
utilizado para abastecer as linhas de produção
Como seria possível trabalhar com o estoque de material na quantidade
certa e de forma sincronizada com as linhas de montagem?
• Como conseguir envolver a experiência e compromisso dos operários das
linhas de produção com as operações de abastecimento de materiais?
Possíveis soluções foram encontradas quando um executivo (chamado
Taiichi Ohno) da área industrial da Toyota do Japão, se inspirou no sistema
de abastecimento das prateleiras de um supermercado norte-americano
(figura 4), no qual se destacam as seguintes características:
UEA – ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA
• Os produtos estavam distribuídos em prateleiras e eram retirados pelo
próprio consumidor.
• As prateleiras continham maior ou menor quantidade de produtos em
função da sua demanda.
• As informações indispensáveis sobre o produto, tais como: identificação,
quantidade e preço, estavam escritos em pequenos cartões.
• A reposição era feita à medida que os produtos eram vendidos e tudo era
feito e controlado de forma visual.
Taiichi Ohno concluiu, com suas observações nos supermercados, que
os próprios clientes/repositores determinavam a hora de repor os produtos
nas prateleiras, por meio de um controle visual, ou seja, à medida que a
prateleira esvaziava alguém providenciava a reposição dos produtos. Com
base nesta filosofia de controle visual simples, a Companhia Toyota (em
1953) resolveu implantar o sistema de abastecimento do supermercado
americano, adaptando-o, naturalmente, às características de uma linha de
produção.
Figura 4 - Ilustração de um executivo japonês encontrando respostas
após análise do sistema de abastecimento das prateleiras de um supermercado
norte-americano. Fonte: Os Autores.
UEA – ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA
Desta maneira, os montadores que trabalhavam nas linhas de
produção passaram a desempenhar o papel de “clientes” ou de “repositores”
e a linha de produção era abastecida à medida que as peças e matériasprimas
eram utilizadas. A implantação do novo método começou a produzir
resultados favoráveis e, no princípio, o sistema foi chamado de “sistema
supermercado de abastecimento”.
Taiichi Ohno observou que o sistema de produção em massa implantado por Henry
Ford e usado nos E.U.A. (Moura, 2003) era eficiente na redução do custo unitário dos
produtos manufaturados durante períodos de alto crescimento da economia. Mas o sistema
estava mal equipado para os períodos de baixo crescimento (como o embargo do petróleo
árabe nos anos 70). A seu ver, o sistema de produção em massa criou um “desperdício”,
baseado nos excessos de produção inerentes ao próprio sistema. Sua teoria diz que tudo o que
existir além da quantidade mínima de materiais, peças, equipamentos e operários ( horas de
trabalho), necessária para fazer um dado produto, é “perda” e portanto, só aumenta os custos
em todo o sistema. Elimine os excessos de estoque na fábrica. Quando os problemas ocorrerem, identifique a causa e corrija-a. O processo de correção determinará a necessidade
de encontrar a causa e não de encobri-la. O Kanban começou na Toyota como um programa
para controlar o fluxo da produção em todo o sistema de produção.
O objetivo era melhorar a
produtividade e envolver a mão-de-obra. O sistema de cartão e os métodos de controle do
fluxo surgiram a partir do objetivo original.
Kanban
Segundo (Gross and McInnis 2003), o kanban foi inventado na Toyota entre o final da década
de 40 por Taiichi Ohno para minimizar os custos com o material em processamento e reduzir
os estoques entre os processos]
O kanban é uma ferramenta de controle do fluxo de materiais no chão de fábrica. Ele é um
sinal visual que informa ao operário o que, quanto e quando produzir. Sempre de trás para
frente, puxando a produção. Não só isso, ele também evita que sejam feitos produtos não
requisitados, eliminando perdas por estoque e por superprodução. Os sinais visuais podem
variar, desde a sua forma mais clássica que é um cartão, até uma forma mais abstrata como o
kanban eletrônico.
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