Kodak
Tese: Kodak. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: valdineth • 3/11/2014 • Tese • 396 Palavras (2 Páginas) • 458 Visualizações
A RUINA DA Kodak
Para começar: quem acreditaria que foi a Kodak que criou a primeira câmera digital, em 1975? Era três vezes maior do que uma caixa de sapatos. Inventada pelo engenheiro da Kodak Steve Sasson, era simples e produzia imagens em preto e branco, com 0,01 megapixel. Por essas razões, a máquina não parecia um produto muito comercializável. Mas os técnicos da Kodak continuaram a aperfeiçoar os sensores que, mais tarde, foram parar nas câmeras Nikon e Leica. Na verdade, os executivos em Rochester não estavam dormindo. Estavam bem acordados - mas com um cenário de pesadelo à frente.
Larry Matteson, outro veterano da Kodak, também se lembra daqueles dias. Chegou a ser vice-presidente sênior. Hoje é professor na Universidade de Rochester. Quatro anos depois da invenção da câmera digital, Matteson foi incumbido de elaborar um relatório sobre o futuro da tecnologia digital para a diretoria da empresa. Seu relatório parece hoje profeticamente exato. Depois de décadas concentrada no setor da química orgânica e de filmes, provavelmente seria impossível - talvez insano em termos comerciais - a Kodak tentar se reinventar e transformar-se numa empresa de produtos eletrônicos. Além disso, suas operações com filmes ainda eram muito prósperas nos anos 70 e prometiam lucros durante muitos anos no futuro. E as magras margens do mercado digital nunca iriam se comparar às do filme analógico. Assim, há cerca de 30 anos, a Kodak viu-se diante de duas alternativas: cometer suicídio ou adiar sua morte.
Houve repetidas tentativas, não muito entusiasmadas, de reorganizar a empresa. Cada nova diretoria propunha uma estratégia diferente. A Kodak investiu em sua divisão de produtos químicos para entrar no campo farmacêutico. Também tentou dominar o mercado da impressão digital - plano implementado, abandonado e depois retomado.
O azar também contribuiu para a ruína. A Kodak reduziu a produção de filmes, ao mesmo tempo em que aumentou sua presença na área digital. Em 2005, chegou a ser a maior fabricante de câmeras digitais nos EUA. Mas, com smartphones substituindo câmeras digitais, caiu para sétimo lugar nos anos seguintes. Na rival Fujifilm, seus diretores tiveram a ideia de sair das operações na área química e partir para o setor de cosméticos.
A Kodak, se pretende sobreviver, vai precisar de um milagre. Como parte do seu processo de concordata, a companhia recebeu mais US$ 950 milhões em empréstimos do Citigroup para tentar colocar suas finanças em ordem dentro d
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