O Comportamento do Consumidor no Comércio Eletrônico do Segmento de Moda e Acessórios
Por: PatriciaLeitao • 15/10/2016 • Artigo • 4.640 Palavras (19 Páginas) • 418 Visualizações
O Comportamento do Consumidor Online no Comércio Eletrônico de Moda
Resumo: Este artigo tem como objeto de pesquisa investigar porque as pessoas compram moda pela Internet, sem a condição de provar, sendo uma das categorias que mais vende no ecommerce. A pesquisa caracteriza-se como exploratória, baseada em dados de fontes secundárias, bibliográfica e documental. Percebe-se que e a mudança de hábito do consumidor online em comprar moda pela Internet, sem precisar provar, já se tornou realidade e tem-se firmado cada vez mais, fazendo com que as empresas de moda despertem para o ecommerce e estejam conectadas com este novo consumidor.
Palavras-chaves: Internet, Comércio Eletrônico, Comportamento do consumidor, Moda.
1. Introdução
Percebe-se, historicamente, que o mundo empresarial caracteriza-se por transformações que modificam o quadro estrutural e comercial de suas empresas. A própria globalização trouxe consigo a busca incessante pelo conhecimento e por modernas formas de gestão empresarial, devido ao crescimento da competitividade e a necessidade de gerar inovação. Nesse cenário, a internet surge como instrumento que permite a comercialização de produtos e serviços de maneira eficiente, rápida e sem limites geográficos, por meio do e- commerce. Para Zilber (2002), a internet foi uma das ferramentas que possibilitou a mudança das relações de negócios “online”, permitindo que o consumidor interagisse diretamente com um sistema de informações de empresas através de uma infra-estrutura pública.
Uma das atividades que cresce significativamente no comércio virtual é o setor de moda, que, apesar de ser considerado um setor tradicional, encontra no e-commerce uma possibilidade de expansão mundial. Quando se observa, portanto, um setor tradicional como a moda entrando no mercado eletrônico fica o questionamento sobre a forma que esse segmento utilizará para responder a esse desafio e usufruir de suas vantagens. De acordo com dados levantados pelo Instituto de Pesquisa Ikeda (2009), nos Estados Unidos, o comércio virtual de roupas já era um sucesso em 2003. Segundo os dados da consultoria E-MARKETER (2009 apud IKEDA, 2009), dessa época, registravam esse segmento como o quarto mais importante, perdendo apenas para livros, música/DVDs e viagens.
O e-commerce de moda vem ganhando cada vez mais espaço no comércio eletrônico brasileiro. Se este segmento já mostrou un certo preconceito, pelo fato da venda online não permitir a prova e a percepção de roupas e acessórios, hoje, é realidade para todas as marcas e lojas do setor de moda.
Este crescimento pode ser explicado pelo fato dos consumidores estarem mais confiantes em realizar compras pela Web, de acordo com a pesquisa do Relatório WebShppers (E-BIT, 2016), já que alguns assuntos foram dificuldades anteriormente, como a troca de mercadorias, estão sendo solucionadas e as empresas percebendo dúvidas do cliente na hora da compra, decidiram investir novos negócios que prestam assessoria online.
O medo de comprar pela Internet foi amenizado através de um atendimento personalizado no site, auxiliando os novos consumidores, dando suporte e orientação sobre as melhores ofertas, peças e tamanhos. Segundo a Revista Ecommerce News (2013) com um crescimento de 17% nas vendas online e previsão de faturamento superior a US$1.2 trilhões no mundo neste ano pela primeira vez, a última pesquisa independente da Rakuten, o ‘E-commerce Index’, revela que 18,8% dos brasileiros compram mais itens online do que em lojas físicas, enquanto 30,2% compram a mesma quantidade de itens tanto na internet quanto em lojas convencionais.
O estudo sobre tendências de compras mostra que as vendas no e-commerce no mundo global estão sendo motivadas por consumidores que querem comprar roupas e acessórios, com 34% dos brasileiros comprando roupas online e 65,6% recomendando através das redes sociais produtos a amigos e familiares, de acordo com a Revista Ecommerce News (2013)
Os itens de moda impulsionaram as vendas, com um incremento de 141% nos negócios nos últimos quatro anos, segundo pesquisa realizada pela E-Consulting (2016). A categoria, que em 2009 ocupava a 15a posição no ranking das vendas on-line, passou a ficar nos primeiros lugares da lista, respondendo por 15% das vendas virtuais no País. Esta mudança, está diretamente ligada ao amadurecimento do e-commerce no País e ao predomínio de jovens e mulheres entre os principais consumidores virtuais.
E o objetivo deste artigo é saber como este segmento de moda e acessórios cresceu tanto, se tornando em número de quantidade de pedidos, o primeiro lugar no ranking de acordo com a pesquisa do Webshoppers (2016), se as pessoas não podem provar a roupa ou o acessório.
2. Referencial Teórico
2.1 Internet e o Comércio Eletrônico
A Internet mudou o comportamento cultural das pessoas e as formas de fazer negócios. Segundo LIMEIRA (2003, p.14), “o nome Internet é derivado da junção de duas palavras em inglês. international network: significa rede internacional e designa a rede mundial pública de computadores interligados, por meio da qual são transmitidos dados e informações para qualquer usuário que esteja conectado a ela.”
A Internet tornou-se a primeira mídia de massa que permite interação entre o cliente e a empresa a baixo custo e à velocidade da luz.
A Internet projetou-se uma rede capaz de facilitar a troca de informações e idéias entre todas as pessoas que tenham acesso a um computador a ela conectado. Em relação à estimativa de mercado a previsão para o ano 2004, são uns totais de 640 milhões de usuários (Emarketer,2001). No Brasil, a estimativa para 2004 é 16,4 milhões de internautas, segundo a Emarketer, 2001.
As empresas precisam de novas estratégias e novas estruturas. Porque as novas tecnologias da informação e da comunicação possibilitam que se construam novas formas de relacionamento entre clientes, empresas, indivíduos, organizações e governos.
Ser grande não é fator crítico de sucesso, mas a inovação, a agilidade e o aprendizado organizacional. A acelerada difusão da rede Internet, e das tecnologias de hardware e software a ela associada, cria novas oportunidades de negócios, tanto nos mercados organizacionais (B2B) como em mercados de consumo (B2C).
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