Os Gêneros Discursivos
Por: Vitória Werneck • 28/4/2021 • Pesquisas Acadêmicas • 970 Palavras (4 Páginas) • 190 Visualizações
1. Gêneros Discursivos presentes na Língua Portuguesa
Rojo (2000) acentua que a definição de um gênero discursivo está relacionada a uma
esfera da comunicação. Os gêneros discursivos estão presentes no nosso cotidiano, de
maneira que, utilizamos eles sem nem ao menos notar sua presença, pois já faz parte do
nosso vocabulário. Para nos comunicarmos textualmente ou verbalmente utilizamos de
características próprias de um gênero textual, mas também utilizamos de tempo, espaço
geográfico e social para melhor adaptar nossa linguagem.
Utilizamos os gêneros textuais para classificar textos que estão ao nosso redor (e-mail,
mensagens de texto, propagandas, jornais...). Em momentos específicos podemos usar os
gêneros de uma forma mais formal, seja para reuniões, vendas, apresentações, termos
médicos, assim como em diversas outras áreas. Segundo Schneuwly e Dolz (2004),
existem cinco gêneros textuais mais utilizados, porém cada gênero pode exigir maior ou
menos domínio ou utilização delas.
Narrar: capacidade de imaginar histórias de ficção e contá-las. Esta capacidade é usada
principalmente na criação de contos, fábulas, romances, etc.
Relatar: capacidade de descrever acontecimentos vividos pelo autor ou por outro. Ela é
usada predominantemente na escrita de notícias, relatos de viagem, relatos de
experiência vivida, diários íntimos, etc.
Argumentar: capacidade de tomar decisão diante de um acontecimento e sustentar sua
posição, refutar a posição dos outros, negociar com oponentes. Esta capacidade é usada
basicamente em debates orais, artigos de opinião, cartas de leitor, etc.
Expor: capacidade de registrar e demonstrar conhecimentos, saberes, obtidos por meios
de estudos e pesquisas. Esta capacidade é usada usualmente em conferências, artigos
científicos, verbetes de enciclopédia, seminários, etc.
Descrever ações: capacidade de dar instruções e fazer prescrições. Esta capacidade é
usada bastante em receitas culinárias, regulamentos, regras de jogo, receitas médicas
etc.
Além dos textos formais e informais, temos os tipos de textos verbais e não-verbais.
Os primeiros são aqueles predominantemente escritos. Com a palavra como meio de
compreensão. São os tipos de textos mais aceitos como textos. Porém também há os textos
não-verbais que se caracterizam ou pela oralidade, pelo som, ou pela visão. Um exemplo
de texto oral é a música, que podemos chamar de textos, pois tem um autor que a direciona
ao leitor, ou ouvinte; as músicas são produzidas geralmente com um sentido; têm um
contexto e tem uma estrutura material. Mesmo as músicas que não têm letra foram
produzidas seguindo rigorosas regras, produzindo uma sensação, produzindo um sentido.
Quem compõe música sabe disso, não é possível produzir uma sem seguir as regras deste
tipo de texto.
Ao mencionarmos um país, região, estado ou cidade em específico, podemos mencionar
também que os gêneros podem contêm transformações por conta do âmbito social e
cultural da região. O campo que mais há transformações, seria o informal, pois nele há
as gírias, crenças, dialetos, costumes e isso faz que seja bem mais diversificado e por
muitas vezes incompreensível para quem nunca presenciou ou conviveu com tal
diferença.
Diante desse contexto, iremos eleger uma região do nosso vasto e diversificado país para
entendermos essa diferença linguística e entender o porquê muitas vezes algumas regiões
sofrem preconceito linguístico e no que isso pode refletir na vivência e comunicação
pessoal ou regional.
A região que vamos explorar será a região Norte do nosso país. Uma região muito rica
em cultura, dialetos que misturam as línguas indígenas com o português nativo, a
miscigenação que deu origem a diversas palavras que utilizamos em diferentes pontos do
país, com diferentes pronuncias. Uma ótima característica que diversifica o Norte, são os
diferentes povos que habitam aquela região, como os: Ribeirinhos, que são caracterizados
por povos que vivem as margens dos rios, os indígenas, caboclos, quilombolas,
extrativistas... Uma forma mais singela de demonstrar como os ideais de comunicação
podem mudar, é usando uma
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