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PPI PRÉVIA CONTEÚDO

Por:   •  20/3/2016  •  Trabalho acadêmico  •  4.943 Palavras (20 Páginas)  •  321 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Considerando que o ambiente do futebol vem se profissionalizando e que as formas de gestão dentro dos clubes de futebol estão se aproximando ao que acontece dentro do ambiente das empresas, o estudo de cada uma das funções empresariais (finanças, marketing, recursos humanos, tecnologia e operações) dentro desse ambiente torna-se relevante.

Especificamente no caso do marketing, é claramente divulgado nos meios de comunicação e na mídia como um todo, que os clubes de futebol estão direcionando cada vez mais suas ações para essa área. Ou seja, dados relacionados às atividades de marketing dentro dos clubes de futebol são cada vez mais constantes. E, conforme o presente estudo pretende abordar, o marketing é responsável por grande parte das receitas obtidas pelos clubes de futebol. Dessa forma, estudar e entender o desenvolvimento das atividades do departamento de marketing de um clube de futebol torna-se relevante.

Além disso, é uma área pouco estudada academicamente, ou seja, existem poucos livros, artigos e trabalhos sobre o tema do marketing esportivo, especificamente do marketing esportivo no Brasil e, canalizando ainda mais o objeto de estudo, poucos estudos sobre o marketing esportivo dentro dos clubes de futebol brasileiros. Dessa forma, materiais não- acadêmicos serão utilizados no presente estudo, devido a dois fatores principais: falta de estudos na área e a elevada divulgação de dados na mídia e nos meios de comunicação como um todo a respeito do assunto.

2. QUALIFICAÇÕES DA EMPRESA

2.1. Histórico

“Por volta das vinte horas e trinta minutos do dia primeiro de setembro de mil novecentos e dez, cinco jovens operários do bairro do Bom Retiro, reunidos sob a luz de um lampião a gás que havia numa esquina da Rua dos Italianos com a Rua Conego José Martins, discutiam a fundação de um novo time de futebol, ali do bairro, com craques ali da várzea”. (HAJA CORAÇÃO 100 ANOS DE TIMÃO; GOULART, 2010, p.18).

Inspirados na visita do time inglês Corinthians Football Club em agosto do mesmo ano, que a convite do Fluminense vieram para uma excursão pelo país, afim de, disseminar e ensinar a prática do esporte no país.

Os operários e fundadores do novo time da várzea paulista eram: os pintores de parede Joaquim Ambrósio e Antônio Pereira, o sapateiro Rafael Perrone, o motorista e cocheiro Anselmo Correa e o trabalhador braçal Carlos Silva. Esses cinco operários, tinham muitas dificuldades para fazer com que o sonho se tornasse realidade. E à base de “vaquinhas” (principal forma de administração do clube naquela época), com muito esforço conseguiram comprar a primeira bola, e os primeiros uniformes, e no dia dez de setembro do mesmo ano o Corinthians teve seu primeiro jogo, contra o, União Lapa.

Um antigo depósito de lenha foi alugado para o seu primeiro estádio, por trinta mil réis, na Rua dos Imigrantes, batizado de - o Lenheiro. Lá o Corinthians viu sua primeira vitória por 2 a 0 contra o, Estrela Polar. Mas com dificuldades para pagar as contas e o com o aluguel atrasado, o dono perdeu a paciência e trancou as portas.

Em 1926, o então presidente Ernesto Cassano compra um terreno no Tatuapé de trinta e três mil metros quadrados para um estádio definitivo, chamado Parque São Jorge. No local funcionava o clube Sírio com algumas instalações básicas. O valor foi pago com uma entrada e o restante a ser pago em doze anos.

O novo estádio foi inaugurado no dia 22 de julho de 1928. As instalações não estavam ainda todas prontas, mas logo o novo estádio contaria com 74 camarotes, arquibancadas descobertas para três mil pessoas e arquibancadas cobertas para dois mil pessoas.

Iniciou-se na década de 50 o maior tempo sem títulos do clube, foram quase 23 anos, desde a conquista do IV Centenário em fevereiro de 1956 até o dia 13 de outubro de 1977. Foi na década de 50 que Vicente Matheus assume a presidência do clube pela primeira vez e após oito mandatos ele se torna o presidente que mais comandou o Corinthians em toda sua história, foi nessa época também, que curiosamente a torcida do Corinthians cresceu de maneira surpreendente, em desencontro com os resultados que o time conseguia em campo.

Muitos por se identificar com a dificuldade do time, que lutava sempre para ganhar e perdia nas finais. Antônio Goulart (2010, p. 103-106) explica que a espera foi não só tão longa como fértil em explicações de toda ordem. Políticas, sociológicas, místicas e psicológicas. Os populistas diziam que era coisa contra o povo, pois desde que Getúlio morreu o Corinthians nunca mais fora campeão. Nessa época, o Corinthians teve grandes nomes do futebol brasileiro como: Gilmar, Rivellino, Garrincha.

Em 1976 ocorreu um episódio na história do Corinthians conhecida como a Invasão Corintiana. A torcida sentia que os tempos de derrotas estavam acabando e com o time se classificando para as semifinais do campeonato Brasileiro, invadiu o Rio de Janeiro para o jogo contra o Fluminense. Mais de 70 mil pessoas lotaram 350 ônibus e foram para o Maracanã. Está registrado no Guiness Book: O Livro dos recordes, como o maior deslocamento humano em tempos de paz. O Corinthians vencera as partidas nos pênaltis, mas ainda não seria dessa vez que o time se consagraria campeão.

Em 1977, depois de tantos anos de espera, em 13 de outubro, o Corinthians vence a Ponte Preta e acaba com o jejum. Depois de um início ruim, num campeonato longo que durou de fevereiro a outubro, a torcida inspirada no fim do jejum, mais uma vez fez a diferença e levou o time ao título, junto com ela Basílio e seu gol salvador.

Em 1979 chega ao Corinthians Sócrates Brasileiro, ou doutor Sócrates. E com ele chega também a Democracia Corintiana, nome dado pelo jornalista Juca Khifuri ao movimento político liderado por atletas. Em uma época de ditadura militar, liderados por Sócrates, os jogadores, comissão técnica e diretoria, tomavam suas decisões em conjunto, onde cada voto tinha o mesmo peso e valor. Não atuavam sós dentro de campo ou no clube, mas também demonstravam sua opinião e apoio fora de campo, como na campanha das Diretas Já. A democracia corintiana durou até inicio de 1984, quando Sócrates foi vendido. 

Em 1990, liderado por Neto o Corinthians ganha seu primeiro título nacional, dando início a uma década vitoriosa, marcada por títulos e ídolos. Com o esporte mais profissionalizado e o clube também foi na década de 90 que o Corinthians ganhou pela primeira vez os títulos nacionais mais expressivos no país. Em 1995, liderado dessa vez por Marcelinho Carioca o Corinthians vence a Copa do Brasil. Em 1998 e 1999, mais uma vez o time do Corinthians vence o campeonato Brasileiro. Antes da década de 90 o Corinthians era tido por seus adversários como um time sem expressão nacional, e terminou a década de 90 como um clube tricampeão brasileiro.

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