Plano Estratégico de Marketing Yakult Sem lactose
Por: Rafael Maddi • 22/11/2016 • Trabalho acadêmico • 10.420 Palavras (42 Páginas) • 956 Visualizações
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Plano
Estratégico
DE Marketing
Yakult
Sem lactose
ADM/2016.2
Vitor Pires
Grupo: Ana Paula Freitas (11414629), Felipe Figueira (11414590),
Iago Moraes (11324402), Nathalia Nascimento (11414143),
Rafael Maddi (11414219), Ruana Sodré (11414640),
Thiago Rodrigues (11324460) e Victor Hugo Mira (11324388)
Rio de janeiro
2016
2 Oportunidades
2.1. Identificação do Problema
Grande parte da população mundial enfrenta problemas ao consumir leite, no Brasil não é diferente. A má absorção da lactose vem da ausência da enzima lactase no intestino grosso. Sem ela a lactose não é transformada em molécula de glicose e galactose, provocando distúrbios, como o acumulo de água no intestino, gerando desconforto e enjoo. Se a quantidade ingerida for alta, ela acarreta em cólicas, flatulência e diarreia. Hoje se estima que aproximadamente 70% da população brasileira tem intolerância à lactose.
O leite fermentado da Yakult, sendo um derivado do leite, estaria sujeito, em um primeiro momento, a perder consumidores em potencial devido a condições biológicas inerentes às suas vontades. Acontece que no processo fermentativo, ocorre uma redução de, aproximadamente, 30% do teor de lactose numa fermentação de 4 horas a 43 graus Celsius. Como os microrganismos participantes dos fermentos lácticos possuem a enzima lactase intracelular, protegida da ação do ácido estomacal, os problemas decorrentes da má absorção da lactose chegam a ser, se não eliminados, reduzidos a quase zero. É de pouco conhecimento a vantagem do leite fermentado para os intolerantes. "Este [produtos baixa e zero lactose] ainda é um mercado de nicho, mas que tem crescido acima de 20% ao ano", diz Laércio Barbosa, sócio-proprietário e diretor comercial da Jussara, que também atende a linha Taeq, do grupo Pão de Açúcar.
O principal objetivo da Yakult com os lactobacilos vivos, característica que tornou popular e diferenciou por anos o seu leite fermentado, é manter saudável a flora intestinal, objetivo intimamente interligado com questões de saúde preventiva, componente importante no DNA da marca. Tratando-se da marca líder do segmento, entendemos que tornar conhecidos os benefícios do leite fermentado, focando nos intolerantes à lactose, é um primeiro passo para a exploração desse mercado. A criação de um produto que reduza a lactose acima dos 30% naturais do processo fermentativo seria uma vantagem competitiva da Yakult em relação aos seus concorrentes diretos.
O leite fermentado, além de apresentar uma vida útil mais extensa do que a do leite fresco, é ainda mais nutritivo, perfeito para o público infantil. O valor nutricional de leites fermentados é superior em relação ao conteúdo de vitaminas do complexo B, importante para o desenvolvimento dos sistemas imunológico, metabólico e nervoso, quando comparado ao da matéria prima, o leite fresco. A criação de um produto extensor da linha do Yakult leite fermentado, voltado para crianças com intolerância a lactose, seria nossa proposta para aproveitar o aquecimento do mercado, a tendência dos pais em comprar produtos melhores e mais adequados para seus filhos intolerantes e a força da marca dentro do segmento em que ela já atua.
2.2. Análise Externa
2.2.1 Análise do Macroambiente
2.2.1.1 Ambiente Demográfico
Um dos grandes pontos a serem focados pelos profissionais de marketing é o ambiente demográfico, ou seja, estudar a população humana em termos de tamanho, localização, densidade, idade, sexo, raça, ocupação e outros dados estatísticos para que assim possamos entender como chegar ao consumidor, pois eles que constituem os mercados.
As mudanças da população mundial têm grandes implicações nos negócios. Uma população crescente significa crescentes necessidades a serem satisfeitas, dependendo do poder aquisitivo, pode também significar crescentes oportunidades de mercado.
Um nicho que está recebendo uma atenção crescente no decorrer dos anos é o mercado focado em pessoas com intolerância a lactose. Em média, mais da metade da população brasileira é intolerante a lactose, com isso as empresas vêem uma vantagem para explorar esse nicho. Ainda que impacte boa parte da população, não há uma lei federal que obrigue fabricantes de alimentos a identificar em suas embalagens a presença, ou ausência, de lactose.
A venda de produtos sem lactose está em constante crescimento. Alguns fabricantes têm registrado aumento de até 50% em suas linhas. Entre os supermercados, o mix e o espaço destinado a eles vêm sendo ampliados continuamente para poder dar mais foco para esses produtos. O motivo é simples: Hoje, esses alimentos e bebidas não são consumidos apenas por quem tem intolerância, mas também por pessoas que procuram uma alimentação mais saudável ou que estão de regime.
Outro grande incentivo para os supermercados focarem e investirem em alimentos e bebidas sem lactose é que eles custam normalmente de 30% a 40% mais do que suas versões comuns. A margem líquida gira em torno de 30%, contra 5% a 10% das commodities, como o feijão, mas esse percentual pode variar conforme o objetivo da rede.
Se esses produtos estiverem em alta na loja e forem importantes para o cliente a ponto de ele ir procura-lo na concorrência caso não encontrem, é possível, por exemplo, elevar a rentabilidade com aumento do volume.
"O desafio maior é manter o sabor e a textura dos produtos, para que o consumidor não tenha que fazer um sacrifício", diz Alessandro Rios, diretor e um dos sócios da Verde Campo, uma das maiores empresas com foco em produtos sem lactose.
"No Brasil, há 12 milhões de diabéticos e dois milhões de celíacos (com intolerância ao glúten), fora que 70% da população têm algum nível de intolerância à lactose. A intolerância a esta última substância é dominante geneticamente, o que faz com que a proporção tenda a crescer de geração em geração, até este índice chegar a 100%", explica Daniel Walfrid, Sócio e Fundador do Clube do Zero, em entrevista ao Mundo do Marketing.
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