Processo empreendedor
Seminário: Processo empreendedor. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: marianeflorr • 3/4/2014 • Seminário • 1.403 Palavras (6 Páginas) • 303 Visualizações
Capítulo 2: O processo empreendedor
José Carlos Dornelas, professor universitário e consultor especializado em empreendedorismo, em seu trabalho sobre novas iniciativas em negócios, aborda no segundo capítulo da obra Empreendedorismo: Transformando ideias em negócios, o processo empreendedor.
Neste capítulo ele começa falando sobre a revolução do empreendedorismo. Mostra que o avanço tecnológico tem sido tão grande que o mundo requer um número maior de empreendedores, fazendo com que hoje exista uma necessidade de se formalizarem conhecimentos, que eram apenas obtidos apenas empiricamente no passado. Hoje em dia boas ideias inovadoras, um bom planejamento, e principalmente, uma equipe competente e motivada são ingrediente poderosos quando somados, no momento adequado, acrescidos do combustível indispensável - o capital - podem gerar negócios grandiosos em um curto espaço de tempo, o que era raro há alguns anos. O contexto atual é propício para o surgimento de um número cada vez maior de empreendedores. No que se refere à educação empreendedora, os exemplos de sucesso têm sido muito mais frequentes, já que o empreendedorismo tem se disseminado rapidamente como disciplina, forma de agir, opção profissional e como instrumento de desenvolvimento econômico e social. A explicação para a focalização de um número cada vez maior de países no empreendedorismo basta analisar o que ocorre nos Estados Unidos, onde encontramos um intenso dinamismo empresarial e rápido crescimento econômico, somados aos baixos níveis de desemprego e às baixas taxas de inflação. Isso aponta para a única conclusão: o empreendedorismo é o combustível para o crescimento econômico, criando emprego e prosperidade. Todos esses fatores levaram um grupo de pesquisadores a organizar em 1997, o projeto GEM – Global Entrepreneurship Monitor, uma iniciativa conjunta dos Estados Unidos e Inglaterra, com o objetivo de medir a atividade empreendedora nos países e observar se relacionamento com o crescimento econômico. Este pode ser considerado o projeto mais ambicioso e de maior impacto até o momento no que se refere ao acompanhamento do empreendedorismo nos países.
O empreendedorismo no Brasil começou a se formar quando entidades como SEBRAE e Softex foram criadas. Antes disso, praticamente não se falava de empreendedorismo e criação de pequenas empresas. Passados 20 anos, pode-se dizer que o Brasil entra neste novo milênio com todo potencial para desenvolver um dos maiores programas de ensino de empreendedorismo do mundo, onde mais de 2.000 escolas ensinam empreendedorismo. Um fato que chamou a atenção do mundo e principalmente do Brasil, foi o primeiro relatório do GEM, em 2000, em que o Brasil apareceu como o país que possuía melhor relação entre o número de habitantes adultos que começam um novo negócio e o total desta população: 1 em cada 8 adultos. Mas a criação de empresa por si só não leva ao desenvolvimento econômico, pois existem 2 tipos de empreendedorismo, o de oportunidade e o de necessidade. No primeiro o empreendedor visionário sabe aonde quer chegar, cria uma empresa com planejamento prévio, tem em mente o crescimento que quer buscar e visa gerar lucros, empresa e riqueza, este está totalmente ligado ao crescimento econômico. No segundo o candidato se aventura neste mundo empreendedor mais por falta de opção, neste caso são criados informalmente, não tem planejamento de forma adequada e muitos fracassam. Por isso para o primeiro lugar representar algo bom para o Brasil, ele precisa otimizar o seu empreendedorismo de oportunidade. Mas para isso ainda faltam políticas públicas duradouras dirigidas à consolidação do empreendedorismo no país, como alternativa à falta de emprego, e visando a respaldar todo esse movimento proveniente da iniciativa privada e das entidades não governamentais, que estão fazendo a sua parte. O ultimo fator, que dependerá apenas dos brasileiros para ser desmitificado, é a quebra de um paradigma cultural de não valorização de homens e mulheres de sucesso que têm construído esse país e gerado riquezas, sendo eles grandes empreendedores, que dificilmente são reconhecidos e admirados.
A análise histórica do surgimento do empreendedorismo começa através do primeiro uso do termo empreendedorismo, que pode ser creditado a Marcos Polo, que tentou estabelecer uma rota comercial para o oriente, assinando com um capitalista para vender as mercadorias deste, assumindo o papel ativo, correndo todos os riscos físicos e emocionais. Na idade Média, o termo empreendedor foi utilizado para definir aquele que gerenciava grandes projetos de produção. No século XVII, os primeiros indícios de relação entre assumir riscos e empreendedorismo, ocorreram nessa época, em que o empreendedor estabelecia um acordo contratual com o governo para realizar algum serviço ou fornecer produtos. Richard Cantillon, importante escritor e economista, é considerado um dos criadores do termo empreendedorismo, tendo sido um dos primeiros a diferenciar um empreendedor – aquele que assumia os riscos -, do capitalista aquele que gerenciava o capital. No século XVIII, o capitalista e o empreendedor foram finalmente diferenciados, talvez devido ao início da industrialização. Nos séculos XIX e XX, os empreendedores foram frequentemente confundidos com os gerentes ou administradores.
As diferenças e similaridades entre o administrador e o empreendedor, ainda persistem como dúvidas. O administrador tem sido objeto de estudo há muito mais tempo que o empreendedor,
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