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Projeto de Pesquisa Cores

Por:   •  22/6/2015  •  Ensaio  •  1.196 Palavras (5 Páginas)  •  398 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO RITTER DOS REIS[pic 1]

PRÓ-REITORIA PESQUISA, PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESIGN

MESTRADO EM DESIGN

Projeto de Pesquisa:

AS CORES E A INFLUÊNCIA PSICOLÓGICA
NO CONSUMO DE PRODUTOS DE UMA MARCA

DANIEL MAZON DA SILVA

Porto Alegre RS

2015

A. Linha de pesquisa à qual o projeto se relaciona

Design, Tecnologia e Educação.

 

B. Problema da pesquisa

Como as cores podem influenciar psicologicamente o consumo de uma determinada marca?

C. Objetivos

C.1 Objetivo geral

Compreender a influência psicológica das cores utilizadas no design de embalagens na percepção de consumidores da região metropolitana de Porto Alegre.

C.2 Objetivos Específicos

  • Verificar os conceitos psicológicos fundamentais na percepção humana das cores;
  • Conhecer o que os consumidores consideram no momento de escolher um produto;
  • Investigar o percentual de consumidores que considera a cor de um produto mais importante do que outros fatores sensoriais;
  • Identificar aspectos importantes da aplicação das cores no design de uma embalagem ou produto para a aceitação ou rejeição de um produto.

D. Relevância

A cor é um aspecto de suma importância para o design, é agente de diferenciação de produtos concorrentes, identificação e fidelização de consumidores. Tem sua relevância como instrumento de comunicação, posicionamento de marca e incremento de vendas. A cor é fundamental para a construção e reconhecimento de marca, um fator determinante na comunicação como instrumento para atingir evidência no mercado, de grande competitividade.

Dessa forma o presente trabalho visa corroborar a função da cor na embalagem em transmitir ao consumidor um conjunto de sentimentos emocionais e as afirmações racionais no intuito de saciar os desejos dos consumidores por marcas de personalidade atrativa e satisfatória.

E. Referencial teórico

Inúmeros foram os pesquisadores e cientistas que se debruçaram em estudos que contribuíram para o desenvolvimento de teorias sobre a cor e as sensações provocadas nos seres humanos.

Atualmente compreendemos que a cor é uma percepção visual provocada pela ação de um feixe de fótons sobre células especializadas da retina, que transmite através de informação pré-processada no nervo óptico, impressões para o sistema nervoso (CONTI, 2009).

A ciência da cor é o estudo da percepção da cor pelo olho humano e do cérebro, proveniente do espectro visível que é a porção do espectro eletromagnético cuja radiação é composta por fótons capazes de sensibilizar o olho humano. A cor também pode ser compreendida pela quantidade de luz acromática (saturação), pela reflexão da luz (luminosidade) e pelos objetos emissores de luz (brilho) (JUNIOR, 2009).

Mas, este complexo mecanismo da visão que começa pela passagem da luz pelos olhos não é suficiente para explicar o que é a cor. É possível admitir que a percepção de cada cor seja relativa, já que parece que uma mesma cor pode ser interpretada por cada um de nós de formas diferentes.

As cores estão ao nosso redor, nas roupas que vestimos, nas paredes, na fauna, na flora, por onde olhamos. Nesse interim, Bueno (2008) cita que:

[...] a cor também foi encontrada nas pinturas rupestres. O homem da pré-história extraiu da natureza pigmentos que serviram de tinta para grandes realizações. Já os egípcios utilizaram cores muito vivas, muitas vezes misturadas ao pó de ouro ou ao pó de corpos embalsamados. Essa evolução em busca de cores cada vez mais ousadas acompanhou a evolução do próprio homem. Até hoje a pesquisa é grande em torno do que seja a cor, de como chegar a uma determinada cor e ainda como conseguir mais novidades. (BUENO, 2008, p.59).

Quando empregada de maneira correta, acredita-se que a cor proporciona bem-estar, preserva a saúde, facilita a comunicação entre as pessoas, eleva a autoestima, reduz estresses, facilita a assimilação de mensagens, aumenta a vitalidade, reduz depressão, ansiedade, angústias, síndrome do pânico, distúrbios do sono.

Para Gamito (2005), a harmonia das cores é a soma das cores que ativam em maior ou menor número as sensibilidades do olho. Essas harmonias podem ser monocromáticas ou policromáticas e contemplam inúmeras variantes, das quais destaca:

  • Harmonia monocromática: utiliza-se uma única cor em modelações de saturação e luminosidade;
  • Harmonia de cores análogas: são utilizados matizes de cores próximas em um diagrama de cores;
  • Harmonia de cores complementares: é a combinação de duas cores complementares;
  • Harmonia complementar dupla: é a combinação de dois pares de cores complementares (GAMITO, 2005).

Estes exemplos básicos ilustram os estudos sobre harmonias e a importância de relacionar entre si todas as cores de uma composição, combinando-as a um todo. É possível observar que a compreensão da harmonia é fundamental para uma experiência agradável.

Observou-se que as cores têm uma grande influência psicológica sobre o ser humano. Existem cores que se apresentam como estimulantes, alegres, otimistas, outras serenas e tranquilas. Vejamos alguns exemplos de cores e sua simbologia, conforme refere Bueno (2008),

  • Vermelho: sangue, fogo, sensação de violência e de paixão;
  • Laranja: aventura, domínio, produção e criatividade; estimula a conversação e o senso de humor;
  • Amarelo: cor vitalizante, ouro e também a inteligência: “atrai a luz”;
  • Verde; ideia da fé, liberdade, tranquilidade e afeto; cria um ambiente equilibrado, suavizante e calmo à sua volta;
  • Azul: céu, imensidão, calma e tranquilidade, sugere espiritualidade e ordem;
  • Violeta: misticismo, a tristeza; gera sentimentos como respeito próprio, dignidade e autoestima;
  • Maravilha (pink): excitação e reações imprevisíveis;
  • Marrom: terra, estabilidade, pessoas com ideais e crenças reforçadas;
  • Branco: limpeza, pureza, inocência, paz, santidade, simplicidade, bem, alma, harmonia, otimismo e modéstia. Para os orientais é a morte, o fim. Não é propriamente uma cor, é a reunião de todas as cores;
  • Preto: remete ao significado de prudência e tristeza, quase sempre é a cor da morte, do luto e da penitência; agrega ainda a ideia de sombra, noite, pessimismo, dor, temor, melancolia e angústia. Absorve a luz solar, é a ausência de cor. (BUENO, 2008, p. 63-64).

Nota-se até aqui que as cores interferem nas percepções que cada um de nós faz desde a captação por meio da visão, a codificação dessa informação pelo cérebro, sua compreensão e a maneira que relaciona essa percepção a sentimentos e emoções que suscitam sobre essas cores que os cercam, nas representações sociais e culturais que perpassam as experiências individuais de cada pessoa e sua subjetividade.

Sendo assim nota-se a necessidade de estudos de atualização na área da percepção das cores, compreendendo os significados dos consumidores locais e sua interpretação, suas preferências e particularidades. 

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