RESENHA CRÍTICA GRUPO EBX - ASCENSAO E QUEDA
Ensaios: RESENHA CRÍTICA GRUPO EBX - ASCENSAO E QUEDA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: mgaroli • 29/5/2014 • 969 Palavras (4 Páginas) • 674 Visualizações
A ascensão
Aproveitando ótimo momento da economia brasileira, enquanto os olhos internacionais estavam voltados para o país, Eike Fuhrken Batista ganhou projeção nacional no ano de 2008 mesmo com a crise financeira eminente.
Com perfil profissional arrojado, Eike, vendeu aos investidores estrangeiros, toda uma visão de negócios promissores no qual o Brasil se encaixaria com uma luva nas mãos dos países ricos. Ergue-se então, o império Batista do petróleo ao entretenimento.
Mas para o crescimento e consolidação desse império, Eike precisava de capital novo, que o fez lançar as empresas na bolsa por meio de IPO’s (Oferta inicial de ações).
Com esse crescimento astronômico (maior da Bovespa), os bancos acolheram o discurso de Eike, oferecendo-lhe fundos. BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento) e CEF (Caixa Econômica Federal), instituições públicas que foram expostas em cerca de 6 bilhões.
O império X ao longo dos anos foi se solidificando e ainda achava-se tempo para a administração de projetos culturais e de cunho social como a reforma do Hotel Glória, despoluição da lagoa Rodrigo de Freitas e construção de postos de polícia pacificadora em comunidades carentes.
Com os negócios de vento em popa, a soma do valor de mercado das seis empresas X (OGX, MPX, MMX, LLX, CCX, OSX) listadas na bolsa, atingiram o valor de 100 bilhões de reais (2010), consolidando Eike Batista na posição de oitavo homem mais rico do mundo.
A queda
A crise hoje atravessada pelo Conglomerado EBX ganhou força apartir do momento em que investidores estrangeiros perceberam que o retorno financeiro já não correspondia mais às promessas feitas pelo empresário.
Com a saída da OGX do campo de Tubarão Azul, a única produtora de petróleo da empresa, a credibilidade do empresário Eike Batista, até então incontestável, foi à lona.
Os erros
O grupo EBX diversificou os investimentos, mas concentrou riscos de forma infantil, pois mesmo contanto com 14 empresas nos mais diversos campos, 05 delas compondo a base, eram do segmento de minas e energia.
O grupo sofreu a integração da personalidade do empreendedor à sua cultura. Eike acabou metido em campos das suas próprias empresas que ele mesmo não teve capacidade de administrar. Segue-se exemplo do maior ágio pago da historia dos leilões da Petrobrás, gastando aproximadamente 5,3 bilhões de dólares numa campanha que não deu retorno.
O vislumbre com o valor de ações das empresas tornou o grupo dependente da Bolsa, esquecendo-se principalmente do desenvolvimento das mesmas.
O sucesso da venda de parte da MMX para grupo Anglo Amercian faz com que Eike dê origem, o plano de criar um dos maiores grupos de empresas do mundo ou simplesmente naufragar de vez. Abriu-se então capital das demais empresas.
O grupo abre espaço para executivos, com a promessa de pagamentos generosos em ações da empresa. O problema foi que não houve atrelamento dos resultados aos indicadores de saúde financeira da empresa em longo prazo, mas somente aos valores de cotações das ações na bolsa.
Dessa forma, os executivos enriqueceram antes que as empresas começassem suas atividades.
Sob o ponto da Governança Corporativa
Empreendedores de sucesso imprimem em suas companhias a sua personalidade. Eike Batista de forma desmedida, teve acesso a campos que ele desconhecia, pois a gestão não era o seu forte.
Dessa maneira, causou um conflito entre agências, desrespeitando a própria política de governança corporativa aprovada pelo Grupo em seu conselho administrativo no ano de 2012.
A remuneração dos executivos de uma Companhia, normalmente é composta de remuneração fixa, somada a um componente variável.
Esse incentivo existe para que eles conduzam com êxito os negócios da empresa, maximizando o retorno aos acionistas e alinhando os profissionais
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