Raízes do Brasil Resumo
Por: Giovana Torres • 24/5/2017 • Trabalho acadêmico • 1.484 Palavras (6 Páginas) • 225 Visualizações
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE[pic 1][pic 2]
Centro de Comunicação e Letras
Curso de Publicidade e Propaganda
RAÍZES DO BRASIL: RESUMO
Giovana Torres - 31714201
São Paulo
2017
Síntese
Raízes do Brasil é uma obra de Sérgio Buarque de Holanda, publicada em 1936, consiste em uma interpretação do autor sob a decomposição da sociedade tradicional brasileira e a emergência de novas estruturas políticas e econômicas. Uma visão que introduziu novos conceitos de patrimonialismo e burocracia.
Holanda busca as origens dos problemas nacionais a partir da época de colonização. Descreveu o brasileiro como um “homem cordial” que coloca os laços pessoais acima do cumprimento de leis objetivas e imparciais. Vê o Brasil colônia com pouca organização social assim recorrendo à violência e ao domínio personalista. A escravidão favoreceu os aventureiros que buscavam lucros sem grandes esforços.
A obra visa a busca da identidade nacional, a essência do homem brasileiro, reflexos de uma colonização portuguesa, de uma estrutura política, econômica e social de famílias patriarcais e escravagistas.
Capítulo 2 - Trabalho e Aventura
Neste capitulo é evidente que os portugueses, os primeiros a se lançarem ao mar, de fato estavam mais aptos para a missão do Novo Mundo.
Existem dois tipos de homens: um com olhar mais amplo, o aventureiro, e outro com olhar mais restrito, o trabalhador. O aventureiro busca colher o fruto sem plantar a árvore, já o trabalhador enxerga primeiro a dificuldade a vencer, não o triunfo a alcançar. Contudo, esses dois homens se confundem dentro de si mesmos.
O português foi o povo que melhor se adaptou na América, o modo aventureiro quem possibilitou a conquista do Novo Mundo.
Com economia escravista colonial a Europa conseguiu suprimir o que faltava em sua economia. Visando resolver o problema do trabalho, verificou-se, frustradas as primeiras tentativas de emprego do braço indígena, que o recurso mais fácil estaria na introdução de escravos africanos. O português vinha para a colônia buscar riqueza sem muito esforço, todos queriam extrair do solo excessivos benefícios sem grandes sacrifícios, além disso, eles preferiam a vida aventureira a trabalho agrícola, portanto a mão-de-obra escrava tornou-se elemento fundamental em nossa economia.
Como a terra era abundante na colônia, não havia preocupação em cuidar do solo gerando sua deterioração. Os portugueses se utilizavam de técnicas agrícolas de indígenas, o que acabou criando certa proteção às tribos e distanciando seu povo da escravidão.
Para Sérgio Buarque, os portugueses já eram mestiços antes dos descobrimentos, eram um povo mestiço que ostentavam um contingente maior de sangue negro e já conheciam a escravidão africana no seu país. O Brasil não conheceu outro tipo de trabalho que não fosse o escravo. O trabalho mecânico era desprezado, pois não era lucrativo como o trabalho braçal escravo. A violência das senzalas era negadora de virtudes sociais.
Este capítulo cita a colonização holandesa que não obteve sucesso no Brasil, tinham espírito de empreendimento metódico e coordenado, em capacidade de trabalho e em coesão social, seu caráter urbano e mais liberal não obteve sucesso.
Sérgio Buarque cita que a própria língua portuguesa era mais fácil para os índios e os negros, o que acabou por contribuir na colonização. Alem da comunicação, outro fator importante foi a Igreja Católica que se comunicava de forma muito mais simpática que as igrejas protestantes.
Esta mestiçagem constituiu uma nova Pátria.
Capítulo 3 - Herança Cultural
A vida rural possui sua marca na formação social brasileira e gera conflitos com a mentalidade urbana. A relação rural-urbano marca em vários níveis a fisionomia do Brasil.
A estrutura da sociedade colonial era rural, já que quem detinha poder nesta época eram os senhores rurais, portanto a abolição da escravatura se mostra um grande marco na história brasileira.
Em meados de 1851 observa-se um grande desenvolvimento urbano por conta das estradas de ferro, as quais estiveram muito ligadas à abolição do tráfico negreiro.
Muitos senhores rurais eram contra esta supressão e o trafico negreiro continuou mesmo depois de abolido legalmente. O medo do fim do tráfico fez com que aumentasse o número de escravos exportados para o Brasil até 1850.
havia uma incompatibilidade entre as visões do mundo tradicional e o mundo moderno consequentemente gerando conflitos. O Brasil não tinha estrutura econômica, política ou social para desenvolver a indústria e o comércio.
A princípio os homens que vinham para a cidade eram aqueles que tinham já uma importância no campo, havendo assim uma substituição das honras rurais para as honras da cidade. Os colonos continuavam achando que apenas o trabalho intelectual dignificava o homem. Em conseqüência da Revolução Industrial, o trabalhador teve que virar máquina.
O sentimento de nobreza e a aversão ao trabalho físico saíram da Casa Grande e invadiram as cidades.
A vida da cidade se desenvolveu de forma prematura e anormal.
O predomínio do ruralismo decorreu do esforço de nossos colonizadores e não da imposição do meio.
Capítulo 4 - Semeador e o Ladrilhador
A Coroa Espanhola, diferentemente da Portuguesa, criou cidades em suas colônias, pois eram sinônimos de dominação. Para Portugal suas colônias eram grandes feitorias.
Enquanto a colonização portuguesa se concentrou em sua maioria na costa litorânea, a espanhola preferiu adentrar para as terras do interior.
O interior do Brasil não interessava para a metrópole, as bandeiras de transformavam em roça, com exceção da descoberta do ouro. Desde a descoberta do ouro a metrópole passou a evitar migrações para as terras do interior. Com as minas, Portugal buscou colocar mais ordem em sua colônia.
Os portugueses mesmo sendo desleixados nas construções de suas cidades e mais liberais que os espanhóis, mantiveram firma o Pacto Colonial, impedindo a instalação de muitas manufaturas em seu território.
O povo português era prudente e almejavam que sua burguesia se torna-se parte da nobreza, não havia orgulho de classes, todos queriam ser nobres. Surge então a “Nova Nobreza” que visava principalmente suas aparecias as tradições antigas. Essa historia política de Portugal atrelada ao desejo de ser povo de fazer parte da nobreza se reflete no Brasil.
...