Relatório do filme A Caixa
Por: Gigibss • 30/11/2015 • Relatório de pesquisa • 741 Palavras (3 Páginas) • 623 Visualizações
Questões éticas e morais no filme A Caixa.
Filme produzido em 2009, dirigido por Cleber Vrau e lançado em 26 de março de 2010 aqui no Brasil. Esse trabalho tem como finalidade levantar os conflitos éticos e morais que os personagens: Norma Lewis, professora com uma deficiência no pé direito, interpretada por Cameron Diaz, e Arthur Lewis, engenheiro da NASA, interpretado por James Marsden, enfrentam no decorrer da trama. Também vamos avaliar suas motivações e as consequências, que levantam a questão: “Qual o preço de uma vida?”.
A história da Norma e Arthur Lewis, que junto com seu filho Walter levam uma vida normal no subúrbio. Tudo muda quando a família entra em crise pela redução do salario de Arthur, e um misterioso homem de rosto deformado lhes faz uma tentadora proposta: a caixa, apertando um simples botão duas coisas aconteceria: alguém em algum lugar do mundo morreria, e eles ganhariam um milhão de dólares. O casal tem vinte e quatro horas para decidir se vão aceitar ou não a caixa, e apertar o botão.
“Tem até às dezessete horas de amanhã, nesse horário eu voltarei para buscar a unidade botão, ela será reprogramada e a oferta será feita para outra pessoa. Foi um prazer conhece-la senhora Lewis.” (Trecho retirado do filme)
É assim que começa um inquietante debate mental e verbal sobre o assunto, o quão real eram as palavras daquele estranho? O que de tão ruim aquele botão podia fazer? E o mais importante, a solução de todos os seus problemas vale mais do que a vida de um estranho? Norma achou que sim, sem nenhuma prova que alguém de fato morreria apertou o botão, e sua falsa moral permaneceu inabalável. Mesmo contra suas crenças, ao passar de algumas horas tornaram-se milionários, se o dinheiro era real a morte também havia de ser, e isso os tornava assassinos, ou não. A morte de alguém aleatório no mundo não podia ser culpa deles, com ou sem botão milhares de pessoas morrem todos os dias.
Um ótimo exemplo ético é do personagem de Frank Langella, o Arlington Steward, um homem com parte do rosto severamente queimado, e aparenta ter sofrido muito em sua vida, mas mantem seus valores inabaláveis mesmo quando Arthur lhe aponta uma arma. É notável em seu olhar que ele confia nos planos de seus empregadores, por isso guarda seus segredos e carrega consigo a caixa, sendo o responsável por oferta-la as famílias.
A moral do filme, ou a falta dela se encontra na falsa ilusão de que não existe punição em suas escolhas, o detentor do botão tem o poder de destruir uma vida em beneficio próprio de uma forma tão segura e incrédula que lei nenhuma é violada. Simplesmente não existem provas, não se vê o sangue, ou a dor, então em suas cabeças egoístas nada aconteceu, porém a busca por respostas que tanto aflige a humanidade também está presente no filme e mergulha os personagens na busca por respostas.
A falta de moral no filme foi identificada quando um aluno de Norma zomba da deformação do pé dela. E quando esse mesmo aluno irrita o Arthur, marido de Norma. Arthur bateu no aluno no meio de uma festa de família. Foram atitudes que acabaram afetando os indivíduos em sua volta.
Os “contratantes”, donos da unidade botão ficam como juízes, analisam toda a moral da raça humana e traçam um perfil ético que deve ser seguido, eles nos explicam que tudo não passa de um teste, e só são aprovados aqueles que não apertam o botão, o teste chega ao fim se o numero de pessoas que não apertou o botão for maior do que as que apertaram, caso contrario toda a humanidade pereceria. Os Lewis não foram aprovados, e ganham uma segunda proposta; seu filho Walter esta cego e surdo, eles podem tentar conviver com essa nova dificuldade, a outra opção é Arthur tirar a vida de Norma e pagar pelo crime, assim seu filho voltaria ao normal, e ao completar dezoito anos, assumiria todo o dinheiro ganho. A escolha trás a redenção de Norma, que paga com sua vida o erro de ter apertado o botão.
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