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Resenha Terceiro Setor: Uma Prática Social

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Por:   •  22/1/2015  •  1.103 Palavras (5 Páginas)  •  831 Visualizações

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No artigo Gestão do Terceiro Setor: uma prática social? as autoras Alexandra Carla Aguiar Antunes Soares e Marlene Catarina de Oliveira Lopes Melo procuram descrever as práticas de gestão do Terceiro Setor como sendo uma prática social, assim como a realidade dos gerentes dessa gestão, que através da prática social terão uma melhor compreensão de seus papéis e provocarão transformações na sociedade por meio das organizações desse setor. O trabalho foi realizado em organizações do Terceiro Setor presentes na cidade de Belo Horizonte – MG.

No Brasil vem ocorrendo mudanças significativas no que tange às organizações do Terceiro Setor, que promovem a legitimação das práticas gerenciais como práticas sociais para que os objetivos das organizações sejam alcançados através de ações estratégicas, já que com o grande crescimento desse setor e com o aumento dos problemas e da complexidade, as organizações precisaram rever a forma como estavam gerindo, visualizando que a gestão deve ter uma concepção flexível, realista e sistêmica, e sendo assim, utilizar a administração para gerir não só o mundo dos negócios, mas também as organizações que se caracterizam pelo valor não econômico, criadas pela iniciativa privada com interesses públicos e sociais, com moldes de cooperação, participação e solidariedade, ou seja, as organizações do Terceiro Setor.

Uma questão importante a ser levantada em relação às organizações do Terceiro Setor é o confronto que se dá em relação à concepção e a prática entre o seu propósito social, uma vez que na teoria esse tipo de organização deve primar pela solidariedade e o bem comum, promovidos pela prática social, porém nem sempre os sujeitos envolvidos conseguem superar esse conflito entre a racionalidade instrumental e a racionalidade substantiva. É preciso que os gestores desse tipo de organização sejam autônomos e participativos, que saibam refletir sobre suas potencialidades transformadoras e críticas e estejam dispostos as desenvolver alternativas gerenciais que permitam o exercício da cidadania, através de práticas sociais.

O professor Reed propõe quatro modelos gerenciais que auxiliam no entendimento da gestão do Terceiro Setor, que são: as perspectivas técnicas, políticas, crítica e praxeológica.

Sobre a perspectiva técnica a gestão deve ser orientada para meios que sejam focados nos mecanismos estruturais neutros e racionais, cujo objetivo é alcançar os resultados coletivos preestabelecidos e inalcançáveis sem sua aplicação. Dessa forma, as estruturas organizacionais são projetadas como mecanismos formais de coordenação e controle do desempenho de tarefas que determinam o comportamento dos atores sociais. Os modelos de relações sociais institucionalizados são estabelecidos e os gestores efetuam um tipo de controle limitado como foco no desenvolvimento organizacional, que é predeterminado e independente da vontade e da ação humana.

Sobre a perspectiva política se tem a gestão como resultado de uma dinâmica da ação humana, sendo então um sistema político em quem dominam transações negociadas entre os diferentes stakeholders de determinada organização. É destacada a questão do conflito de interesses entre grupos que se relacionam com as organizações, qualificando o ambiente organizacional como incerto.

Na perspectiva crítica as estruturas e estratégias de gestão são tratadas como apoio para a promoção e proteção dos interesses econômicos e políticos da classe dominante de um modo de produção e definem obrigações para a sobrevivência do sistema econômico. Dessa forma os gestores e os modelos organizacionais são produtos diretos do sistema socioeconômico vigente. Esse tipo de perspectiva complementa a perspectiva política, pois dá ênfase a ação humana e de certa forma negligenciam os aspectos institucionais intrínsecos às estruturas de poder e de controle da economia política de determinada sociedade.

O professor Reed considera que nenhuma dessas três perspectivas é capaz de satisfazer as dualidades das práticas gerenciais e suas complexidades e, portanto, alega que elas necessitam de uma reformulação que seja capaz de ver as práticas gerenciais de forma correta, o que poderia se dar através da gestão como prática social.

Na perspectiva praxeológica é possível realizar uma análise mais flexível e real da gestão nos níveis institucionais, organizacionais e comportamentais, concedendo as interações entre as

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