Starbucks: Um fenômeno mercadológico em dose diária
Pesquisas Acadêmicas: Starbucks: Um fenômeno mercadológico em dose diária. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Beatriceee • 29/11/2014 • Pesquisas Acadêmicas • 6.440 Palavras (26 Páginas) • 415 Visualizações
Starbucks: Um fenômeno mercadológico em dose diária
Adolpho Queiroz, Dulcilene Silva, Leonardo Delonero , Luanna Cabral , Natália Battista, Nicole Slamovitz, Paola Gandolpho, Raul. ; Comin 1
Resumo: O café é um produto originado na Etiópia e conquistou todo o mundo, sendo apreciado por inúmeras pessoas. Ele já faz parte dos usos e costumes de muitos países e regiões, sendo uma bebida de forte sabor, aromática e estimulante do sistema nervoso. A comercialização deste tem um peso muito marcante na economia já que é muito solicitado pelo mundo todo e aqui no Brasil. No Século XVIII, foi precedido pela fama de "provocar idéias", conquistando, desde logo, o gosto de escritores, artistas e pensadores. Atualmente, o café se tornou um hábito mundial, e o seu consumo é algo totalmente cultural. Assim, as pessoas não procuram tomar sua dose diária de café por que são fervorosamente adeptas a ele e sim, pelo fato que esse produto representa um meio de convívio social. Algo que se aplica a esse conceito é a grande marca Starbucks, que pegou um produto comum, quase banal, e o transformou em extraordinário sucesso empresarial. Isso porque associado a esse fenômeno está a cultura, a marca e a excelência de seu produto.
Palavras- chave: café; hábitos de consumo; fenômeno cultural.
1. Introdução Bebida de forte sabor e aroma, estimulante do sistema nervoso e feita a partir de grãos, o café se tornou um hábito diário. Consumido em todas as partes do mundo, a sua produção e
1Adolpho Queiroz, é pós doutor em comunicação pela UFF/RJ, doutor em Comunicação pela UMESP e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie ;Dulcilene Silva (du-estrela@hotmail.com). Luanna Cabral (lua_tcabral@hotmail.com); Natália Battista (nathy_verceze@hotmail.com); Nicole Slamovitz (nicoleslamovitz@hotmail.com); Paola Gandolpho (pgandolpho@gmail.com); Raul Comin (ramc_raul@hotmail.com) estudantes de Publicidade, propaganda e marketing cursando a Universidade Presbiteriana Mackenzie.
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comercialização tem grande importância na economia mundial, sendo um dos principais produtos exportados nos dias de hoje. O café ainda apresenta uma substância chamada cafeína capaz de estimular o sistema nervoso e circulatório e se tornou alvo de estudo por possuir uma ação rápida e garantir mais energia, aumentar a concentração, levar à euforia e tirar o sono de quem a consome. Além disso, ela não é o único componente. Estudos mostram que existem mais de cerca de 1000 substâncias que compõem o café. Estas ajudam a combater o envelhecimento das células e até mesmo doenças como diabetes tipo 2 à cirrose, além de ajudar no emagrecimento.2 Não obstante todas essas descobertas, o café já agradava os paladares de sociedades antigas.
1.1 Origem do Café
Originário da Etiópia, o café começou a ser cultivado no Século IX por agricultores que descobriram que suas cabras quando comiam certas folhas e grãos – até então desconhecidos – ficavam muito mais ativas. Os grãos, então, começaram a se espalhar por todo o Oriente Médio, mas somente os árabes, entre os Séculos XIV e XV, criaram o hábito de torrar os grãos e misturá-los à água quente (antes disso, o café costumava ser consumido cru.)
Em 1517, o café chegou a Constantinopla e o produto caiu no gosto do público. Foi durante este período que os mulçumanos começaram a estudar os grãos de café, assim como suas propriedades terapêuticas. Foram fundadas as primeiras cafeterias em Meca e Constantinopla em 1550, mas não tardou os lugares serem fechados acusando de serem “lugares de pecado” 3. O café, então, passou a ser trocado como presente em ocasiões especiais ou como prova de amizade. O entusiasmo foi tanto que os grãos passaram a ser considerados luxuosos presentes reais. Em 1683, as cafeterias retomaram com força. A Europa passou então a conhecê-lo, aproximadamente no Século XVII e antes de 1720 mais de 300 mil sacas de café já estavam sendo consumidas por ano na Europa.4 Desse período em diante o gosto pelo café se tornou cada vez mais popular no Século XVIII e quase que universal antes de 1900.
2 Extraído do site MarkCafe, artigo „O café também é bom pra saúde‟, escrito por Autor Desconhecido, acesso dia 20 de outubro de 2011. (http://markcafe.com.br/cafeina/cafeina/575-cafetambemebomparaasaude) 3 Extraído do site MarkCafe, artigo „O café no mundo‟, escrito por Autor Desconhecido, acessado dia 20 de outubro de 2011. (http://markcafe.com.br/o-cafe/historia/1119-ocafenomundo) 4 Idem
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Com toda essa popularização, a planta começou a ser exportada e cultivada em outras partes do mundo, inclusive América Central e do Sul, onde teve grande peso na economia e grande importância nos hábitos de consumo.
1.2 O Café no Brasil
Por conta das favoráveis condições climáticas, o cultivo de café começou a se espalhar rapidamente. A planta, que chegou por meio dos franceses quando tentavam colonizar o Novo Mundo em 1727, era plantada primeiramente em Belém5 e a produção cafeeira era voltada para o consumo interno e exportação para metrópole.
Posteriormente, o café passou a ser cultivado por todo o país, passando pelas regiões do Rio de Janeiro, Vale do Parnaíba, Sul de Minas, Oeste Paulista, Norte do Paraná, entre outras.6 No entanto, foi em São Paulo que o produto mais cresceu em um período curto de tempo. Os grãos cafeeiros cultivados e produzidos aqui passaram a ser o produto-base da economia brasileira.
De 1840 até meados de 1930, o Brasil viveu um período chamado ciclo do café. Associado ao declínio da produção de açúcar e algodão, o café representava 65% do valor das exportações do país. 7 Contudo, com a crise da Bolsa de Nova Iorque, em 1929, o preço do café sofreu uma queda brusca caindo pela metade do seu valor.
Além de ter sido bom para o desenvolvimento econômico, a era do café ainda gerou investimentos em ferrovias e portos e atraiu a mão de obra européia para o país, que coincidiu com a abolição da escravidão.
Atualmente, o Brasil é o maior produtor e exportador de café e o segundo maior consumidor, ficando atrás somente dos Estados Unidos.8 Pesquisas apontam que os brasileiros no ano de 2010, chegaram a consumir uma quantidade de 81 litros por pessoa.9
5 Extraído do site Brasil Escola, matéria „O café no Brasil
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