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Tendências Para o Futuro do Varejo

Por:   •  15/9/2020  •  Trabalho acadêmico  •  2.008 Palavras (9 Páginas)  •  160 Visualizações

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Matriz de atividade individual*

Módulo: 2

Atividade: Fórum

Título: Tendências para o futuro do varejo

Aluno: Thiago Santos Galdiano

Disciplina: Gestão de canais de distribuição

Turma: Marketing 2019.2

Introdução

O setor varejista é de suma importância para a economia brasileira, com uma participação relevante na composição do Produto Interno Bruto (PIB) de cerca de 20% e empregando de maneira formal mais de 10,2 milhões de pessoas em todo o país (VAROTTO, 2018). Desde o surgimento de pequenas lojas familiares de bairro até as gigantes que ofereciam preços baixos, o varejo passa por processos disruptivos de inovação que alteram seus padrões tradicionais. Atualmente, o setor passa pela transformação digital, tendo como protagonista a gigante americana Amazon, onde todos precisam estar cada vez mais familiarizados ao uso contínuo da tecnologia no ambiente de venda, compra e comunicação, e atentos em como isso irá afetar no contexto operacional e nas ações dos consumidores (SALOMÃO, 2017).

O hábito de compra do consumidor tem mudado rapidamente e de forma muito acentuada devido ao surgimento das vendas digitais, da exigência dos clientes e do avanço tecnológico (SALOMÃO, 2017). Essa modificação da inteligência do processo facilitou muito a vida das pessoas e também proporcionou vantagens para os varejistas, como a coleta de informações e dados importantes de mercado. Com isso, as empresas conseguem atender melhor o seu público e criar procedimentos mais eficientes, melhorando a sua atuação e a experiência de compra (VAROTTO, 2018).

Estamos em um momento de estudar e analisar as melhores práticas para se preparar para o futuro, para não correr o risco de sair do mercado, pois a velocidade das mudanças está cada vez maior. Este trabalho tem o objetivo de analisar as principais tendências para o mercado de varejo e seus fatores mais agravantes.

Principais tendências apontadas por Kotler e Bernardino

Aqui serão apresentadas algumas tendências que podem gerar grande impacto nas relações de varejo, nas visões de Kotler e Bernardino.

Formato e composições de varejo: trata-se de como os diversos negócios podem se integrar em um mesmo espaço ou ambiente. Um fator que pode ser crucial para essa tendência é o tempo escasso por parte dos consumidores, fazendo com que busquem agilidade e lugares que atendam a maior parte de suas necessidades. Nesse caso, eles podem encontrar diversos produtos e/ou serviços que necessitem em apenas um local. No bairro onde moro, por exemplo, existe um supermercado que possui em seu interior uma farmácia, uma lotérica, caixa eletrônico e uma lanchonete próxima à saída.

Era eletrônica. Com a tecnologia cada vez mais avançada e acessível, é possível expandir de forma mais fácil e rápida, sem a necessidade de um ponto físico. Hoje já é muito comum os pontos de venda virtuais, como podemos ver no caso da Amazon, uma das maiores empresas do mundo e com a maior parte da sua atuação por meios digitais.

Concentração de mercado. Isso se deve à utilização de tecnologia de ponta para gerenciamento dos negócios, como gestão de estoque e de compras, podendo obter descontos e abatimentos ao adquirir essas mercadorias. Um exemplo são softwares específicos confeccionados sob medida para cada organização.

Aumento de poder dos varejistas. Existe uma tendência de que os varejistas detenham maiores volumes de compras, aumentando as projeções de metas de vendas dos fabricantes e dominando esse canal de acesso com os consumidores. Essa relação de poder com os fornecedores será mais favorável aos varejistas.

Concorrência entre formatos de varejos. Será a identificação mais precisa dos seus concorrentes, pois não necessariamente formatos ou produtos similares são os principais rivais. Um exemplo disso são os celulares, que por mais que os vários modelos sejam produtos da mesma natureza, possuem diversos públicos e muitas vezes nem concorrem entre si, devido a grupos cada vez mais particulares e personalizados.

Tecnologia da informação. Muito disseminada e utilizada atualmente, possibilita a redução de custos das empresas através ferramentas de controles de estoques e logística. Ela também faz com que se compreenda de forma mais assertiva os hábitos de consumo dos clientes. São exemplos dessa tecnologia o RFID, os códigos de barra, QR codes e VMI.

Internacionalização do mercado. Uma tendência onde os maiores varejistas veem uma oportunidade de exportar seus produtos e ingressar em mercados estrangeiros.

Comportamento do consumidor. Tendência em constante mudança, o que antes era de preferência do cliente ir à uma loja de departamentos, hoje a escolha passa a ser os shoppings, com alta diversidade de lojas, produtos e serviços, adicionados de áreas de lazer. Outro exemplo são os hábitos de compras, onde grande parte já são feitas por meios digitais.

Por fim, internet. Pesquisas com dados atualizados em tempo real, facilidades e garantias. Talvez a tendência mais impactante para a mudança de hábito do consumidor, pelo leque de possibilidades.

Principais tendências observadas pelo estudo

Um estudo, publicado pela a Nacional (2015), buscou analisar as perspectivas de marcas, varejistas e consumidores, observando bem como a tecnologia e os sentidos podem exercer importante papel na experiência do varejo dentro e fora das lojas. São dez tendências para o setor nos próximos anos.

O mundo como experiência de varejo. Isso significa poder comprar qualquer coisa, em qualquer lugar do mundo e a qualquer momento. As tecnologias permitem a interação virtual e a comercialização de produtos mesmo que não disponíveis em varejos tradicionais. Esse fato acaba reduzindo o caminho da compra e cada encontro pode se tornar um interesse de venda. Isso já acontece em redes sociais, por exemplo.

Pré-visualização da compra. O consumidor já tem acesso aos formatos e modelos de cada varejo sem ao menos ter presenciado fisicamente uma loja. O acesso de informações e monitoramento já é realidade, auxiliando no melhor fluxo e tráfego de pessoas nas lojas e na economia de tempo por parte dos clientes.

 Serviços habilitados para tablets. A tecnologia somada aos aparelhos eletrônicos mais recentes gera uma combinação de alto valor agregado para os varejistas, possibilitando que eles ofereçam um serviço cada vez melhor para seus consumidores. Dentro da loja é possível acessar em tempo real informações de produtos na web e assistência dos vendedores para personalizar a compra e fidelizar o cliente.

A venda do ideal. Essa ideia está relacionada em satisfazer as expectativas do cliente, que possui em sua cabeça a imagem de um produto ou serviço que corresponda exatamente com a sua necessidade. Por meio de métodos avançados de comunicação, as empresas devem tentar decifrar com mais precisão essa imagem.

Toda loja como principal. Os varejistas estão se preocupando mais com o uso do espaço interno das suas lojas, a fim de proporcionar uma imersão maior do cliente com as marcas. Dessa forma todas as unidades devem ser únicas, com características diferenciadas das demais, presença de elementos interativos e demonstração de produtos. Tudo isso para desfazer a ideia de que a compra é apenas um processo transitório.

Curadoria complementar. Os varejistas estão implementando dentro de suas lojas uma variedade de serviços e produtos complementares que sejam relevantes e importantes para seus clientes. Isso se torna conveniente à medida que facilita a experiência do consumidor por ter mais opções em apenas um local, valorizando a experiência e aprimorando a fidelização.

Decoração mutável. Como as ideias e inovações estão mudando rapidamente, é importante que as lojas desse setor sejam pensadas para que sejam facilmente modificadas e possuam alta flexibilidade de decoração. Com isso, a experiência pode estar sempre alinhada com as novas tendências e atitudes do consumidor.

Lojas levadas até o consumidor. Alguns varejistas já chegam diretamente em seu público, em diferentes locais, através de visitas e viagens. Esses pontos de encontro podem ser em casa ou até mesmo em lugares públicos e inesperados.

Show & Tell Instantâneo. A velocidade da informação permite, através de redes sociais e sites, que o consumidor acesse o feedback de amigos ou até de pessoas desconhecidas sobre determinado produto ou serviço, em tempo real. Isso faz com que o processo se torne uma “experiência social”, pois estamos falando de pessoas contribuindo com outros indivíduos sobre as melhores escolhas. Podemos observar isso nos comentários em publicações de redes sociais, por exemplo, e até mesmo nos próprios sites dos varejistas nos campos disponibilizados para essas opiniões, muitas vezes até com uma avaliação ou nota para a experiência de compra.

A força do grupo. Existe uma ascensão das comprar colaborativas, que aumentam o poder de compra de cada indivíduo. Quando conectados, compradores que possuem interesses em comum aproveitam descontos e influenciar os produtos e serviços oferecidos. Os varejistas tem grande interesse em oferecer a possibilidade de compras coletivas, pois assim é possível realizar vendas maiores e também conseguem acessar o consumidor de forma mais ampla, aprimorando o share of mind das marcas.

Pontos de convergência

Observando o conteúdo exposto até o momento, pelos autores e pelo estudo, foi observado que os principais pontos de convergência em sua maior parte estão intimamente relacionados com tecnologia. Como já dito, o setor atravessa uma transformação digital, por isso esses pontos apresentam tamanha familiaridade.

Nesse sentido, nas duas apresentações das tendências pudemos enxergar que ambos concordam que as inovações tecnológicas facilitaram a comunicação e estreitaram o acesso dos varejistas com os clientes, fazendo com que o cliente não necessite mais ir até uma loja física, uma vez que o varejista vai até ele.

Vimos também que existe uma necessidade do varejo em integrar seus negócios, proporcionando ao consumidor uma experiência completa e acesso à uma gama de produtos e serviços em um só local, fazendo com que ele economize tempo.

Novamente na área tecnológica, é um consenso o uso da tecnologia da informação em aparelhos para melhor gerenciamento e atendimento. Esses serviços permitem o acesso de dados em tempo real e com precisão, tornando a experiência de compra e venda muito mais coesa.

A internet, desde o seu surgimento, tem revolucionado a forma como fazemos negócios, como agimos, como consumimos e nos comunicamos. É de comum acordo entre os autores que ela elevou o patamar das relações, uma vez que todas as partes são beneficiadas com seu uso.

PONTOS CONVERGENTES

Kotler e Bernardino

Estudo

Formatos e composições de varejo

Curadoria complementar

Era eletrônica

Lojas levadas ao consumidor

Tecnologia da informação

Serviços habilitados para tablets

Internet

O mundo como experiência de varejo

Principal fator que impactará o setor

De acordo com o que foi discutido ao longo desse trabalho, fica clara a unanimidade dos autores em dizer que a tecnologia irá revolucionar o setor de varejo como um todo. A chegada dessa era digital de forma avançada veio para contribuir em duas vias, para o varejista e para o cliente, onde os níveis dessas relações serão elevados.

A maior parte das tendências incluem a tecnologia como um fator importante, portanto acredito que o principal fator que impactará esse setor será a Internet, na sua forma mais inteligente. Ela que irá possibilitar que todas as outras tendências citadas sejam possíveis e concretizadas, ou até mesmo ela que irá aprimorar todas essas ideias. É muito difícil imaginar um mundo hoje sem o seu uso, pois é algo que já faz parte de nossas vidas, e cabe a nós fazermos o seu melhor uso.

Conclusão

Ficou evidenciado ao longo desse trabalho o grande impacto que as novas tecnologias possuem, uma vez aplicadas no setor do varejo. Ele também nos mostra os desdobramentos para a continuação e reinvenção das lojas físicas atuais.

É nítido que o varejo é um setor extremamente dinâmico na nossa economia, e nele serão refletidas mudanças sociais, econômicas e de comportamento que a sociedade enfrenta. Assim, podemos concluir que atualmente é um momento muito desafiador para o setor, fazendo-se necessário muito esforço, reflexão e competência dos profissionais da área. É uma questão de tempo para que todas essas tendências sejam concretizadas, e muitos players sairão do mercado caso não atendam esses requisitos.

Referências bibliográficas

10 tendências para o futuro do varejo. A Nacional, 2015. Disponível em: < http://www.anacional.com.br/blog/10-tendencias-para-o-futuro-do-varejo/>. Acesso em: 20 de maio de 2020.

Kotler, P.; Bernardino, E. C. Apostila Gestão de Canais de Distribuição. Rio de Janeiro: FGV, 2020.

Salomão, Karin. 8 tendências do futuro do varejo – e quem já está lá. Exame, 2017. Disponível em: . Acesso em: 20 de maio de 2020.

Varotto, Luis Fernando. Varejo no Brasil - Resgate Histórico e Tendências. Revista Brasileira de Marketing, v. 17, n. 3, p. 429-443, 2018.

*Esta matriz serve para a apresentação de trabalhos a serem desenvolvidos segundo ambas as linhas de raciocínio: lógico-argumentativa ou lógico-matemática.

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